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5 Anos Morando na Alemanha e Voltando ao Brasil, com @pasquadev (Vinicius Pasquantonio) #104
Episode 1043rd May 2023 • TPA Podcast: Carreira Internacional & Tech • Gabriel Rubens
00:00:00 01:00:51

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Shownotes

Depois de 5 anos morando em Dortmund, Alemanha, o Vinicius Pasquantonio (pasquadev) decidiu voltar para o Brasil. E nesse episódio ele conta como era morar em Dortmund, os motivos da mudança e como está sendo morar no Brasil novamente.

Vinicius Pasquantonio

Vinicius Pasquantonio

Desenvolvedor apaixonado por soluções simples para problemas difíceis, desenvolvendo software desde 2012 com Java para web. Entusiasta de métodos ágeis, ambientes flexíveis e entrega contínua.

Créditos

Lista de Episódios

Palavras-chave:

  • Voltando para o Brasil
  • Morando fora
  • Dev no exterior
  • Trabalho remoto para o exterior

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcripts

Speaker:

Fala pessoal, bem-vindos ao TPA Podcast, aqui novamente com os meus estagiários, o Vinícius,

Speaker:

Pascoal Antônio e o Gabriel Lema.

Speaker:

Brincadeira à parte, os caras que começaram o podcast comigo voltaram hoje pra falar sobre

Speaker:

o Vinícius indo morar de volta no Brasil, certo?

Speaker:

Vinícius morava na Alemanha, pra quem não conhece a história tem o episódio número

Speaker:

um do podcast, quando você chamou a fancast, e agora tá de volta no Brasil, trabalhando

Speaker:

por lá, remotamente para os Estados Unidos, então a gente vai conversar sobre isso.

Speaker:

Pra bater esse papo, como eu disse, tem aqui primeiramente o Gabriel Lima Gomes.

Speaker:

Fala galera, bom demais, acharam que eu não ia voltar, voltei, tô aqui, tô na área

Speaker:

aí, falando de Vinícius, fala Vinícius, é um cara que eu considero pra caramba.

Speaker:

É, tem um bromance junto aí, né. Não pode ter um episódio com um sem estar o outro junto.

Speaker:

Exato, ia rolar um síndrome.

Speaker:

E o Vinícius Pasquantonio, mais conhecido como Pasquadeve. Fala, Vinícius.

Speaker:

Fala, pessoal, como vocês estão? Que prazer estar aqui de novo com vocês.

Speaker:

Pra quem não entendeu essa abertura do Gabriel Lima, tem um episódio muito bom aqui sobre as linguagens do amor,

Speaker:

linguagens do amor, que vale a pena vocês escutarem, excelente, imperdível, e batei um papo, né?

Speaker:

Eu tava na Alemanha, pra quem não conhece, ou pra quem tá maluco aí, que não assistiu

Speaker:

ainda o primeiro episódio, quase 5 anos na Alemanha, voltei agora pro Brasil com esse

Speaker:

desafio da carreira de trabalhar pros Estados Unidos numa startup, e vamos ver, né, entender

Speaker:

por que que eu voltei, o que que eu pensei, muita gente fala que tá maluco, tá saindo

Speaker:

da Europa, e eu vou te falar que, ó, foi mais difícil eu decidir voltar pro Brasil

Speaker:

do que a decisão que eu tomei pra ir morar sozinho na Alemanha, a gente pode falar um

Speaker:

um pouco sobre isso hoje. Então vamos embora. Vamos embora. Primeiro cara para quem não conhece ainda o Pascoadev fala quem é você. O que você faz aí onde

Speaker:

as pessoas te encontram. Então pessoal para quem não me conhece eu sou o Vinícius Pascoantônio. Eu tenho um canal Pascoadev também onde eu compartilho

Speaker:

minha rotina cotidiana de programação como que era morando na Alemanha e agora meio que

Speaker:

numa vida de nomad digital. Eu morei na Alemanha há quase cinco anos em 2018 eu fui para lá

Speaker:

recebi o convite e aí na época deu muito certo, eu aceitei.

Speaker:

Fui pra lá muito para sair da zona de conforto, para aprender um idioma novo.

Speaker:

Eu achava que eu sabia falar alemão chegando lá, eu não sabia falar nada, aprendi a falar

Speaker:

alemão. desafio de trabalhar com o...

Speaker:

Na verdade, eu fui muito motivado pelo desafio de ganhar em euro,

Speaker:

mas também o desafio de estar em um país que eu não conheço ninguém,

Speaker:

um continente que eu não conheço ninguém, e como que eu ia me virar, morar sozinho.

Speaker:

Enfim, foi uma experiência muito boa.

Speaker:

Só que depois de quase cinco anos, essa parte de me desafiar não fazia tanto sentido,

Speaker:

porque eu já estava na zona de conforto.

Speaker:

Eu já falava o idioma, eu já estava muito tranquilo no trabalho,

Speaker:

não estava aprendendo tanto.

Speaker:

E tiveram muitas coisas que aconteceram na minha vida pessoal que fizeram eu voltar.

Speaker:

Uma delas, se vocês não se lembram, não lembra que eu era jogador de futebol na Alemanha também?

Speaker:

Joguei quatro temporadas lá no futebol alemão, rebaixei um time no futebol alemão.

Speaker:

E o que aconteceu é que eu machuquei meu joelho, eu rompi o ligamento do joelho e fiquei sem poder jogar.

Speaker:

Então, todo o meu hobby que eu mais tinha, que eu mais gostava que era de viajar e de jogar futebol na Alemanha, não tinha mais.

Speaker:

E aí, ano passado, eu comecei a me ver numa situação em que eu tava com o joelho rompido, o time tinha acabado de ser rebaixado.

Speaker:

Não tinha muito o que fazer, tinha que ficar em casa só.

Speaker:

Sem o teu talento, né? O time rebaixado, né?

Speaker:

Sem fazer, não. Na verdade, o time foi rebaixado comigo jogando.

Speaker:

E quando eu me machuquei, a gente começou a melhorar. Tentei, tentei. Tentei ajudar, mas não deu.

Speaker:

Mas aí, tipo, isso foi o momento-chave que deu um gatilho pra eu começar a pensar

Speaker:

Pô, o que eu tô fazendo aqui na Alemanha? Tô sozinho, sem minha família, sem meus amigos.

Speaker:

Não tem nada pra fazer porque eu tô em casa.

Speaker:

Tem os impostos que são altíssimos na Alemanha, para a gente fazer uma comparação aqui,

Speaker:

na Alemanha eu pagava quase 50% de imposto, então por mais que você ganhe uma moeda mais forte,

Speaker:

você está na Alemanha, 50% já vai para o governo, e todos os gastos que você tem são em euros.

Speaker:

E outra coisa que também ajudou muito, ou que me fez motivar a querer voltar,

Speaker:

eu tenho um irmão gêmeo também, que é um cara muito bonito, e ele trabalha remotamente,

Speaker:

ele começou, pra quem não conhece, tem um episódio com ele aqui, tem dois episódios ou três,

Speaker:

que a gente falou dessa transição de carreira dele, como ele foi pra migrar de advocacia pra programação,

Speaker:

e vale a pena, se você tá pensando em fazer isso, dá uma olhada lá, muito bom, recomendo.

Speaker:

E ele, pô, ele tinha um ano de experiência, já tava trabalhando pros Estados Unidos ganhando em dólar,

Speaker:

e ele mandava foto pra mim todo dia, aí, Vinícius, horário de almoço? Na praia.

Speaker:

Se liga que almocinho que minha mãe fez, não tem cozinha.

Speaker:

Recebendo em dólar, pagando em real, e o cara tinha um ano de experiência na área,

Speaker:

eu tinha 10 anos de experiência no ano passado, eu pensando, o que eu tô fazendo aqui, ganhando quase igual no fim das contas,

Speaker:

o que ele ganha por conta do imposto.

Speaker:

Tendo que fazer tudo o que eu tenho que fazer, sem a mordomia de ter a família, sem os amigos,

Speaker:

sem poder viajar tanto, porque eu tava machucado, e aí comecei a pensar, comecei a ver o mercado, se valeria a pena eu voltar,

Speaker:

E também no trabalho, eu estava muito puxado, a verdade é que eu não estava aprendendo tanto, eu estava na mesma empresa já todo esse tempo,

Speaker:

então eu já meio que estava numa posição muito confortável, eu já tinha me estabilizado na empresa, já tinha meus projetos que eu era meio que líder e dono,

Speaker:

então o que eu tinha que aprender de alemão, o que eu tinha que aprender da tecnologia, o que eu tinha que aprender dos desafios de produto,

Speaker:

eu não estava aprendendo tanto, era mais responsabilidade, eu vi que ia ser um pouquinho difícil ganhar um aumento lá,

Speaker:

Porque a Alemanha é assim, eles não investem tanto para você crescer,

Speaker:

até porque a quarta dívida é muito alta, então você não precisa receber muito como no Brasil.

Speaker:

Para você ter uma vida melhor, você tem que ganhar muito mais, e as empresas pagam muito mais.

Speaker:

Então, todos esses pontos começaram a fazer eu querer voltar para a praia, voltar para o Brasil,

Speaker:

e aí eu comecei a pensar e comecei a ver se valeria a pena, e em dezembro...

Speaker:

Essa parada foi meio disruptiva, a questão da pandemia trouxe isso de uma forma muito diferente.

Speaker:

As pessoas sempre trabalharam remoto na nossa área, isso sempre foi normal,

Speaker:

Mas parece que no tempo de pandemia pra frente,

Speaker:

não eram só as big companies que começavam a contratar gente remotamente,

Speaker:

as pequenas também começaram a contratar, porque falaram, pô, tem gente boa morando no Brasil, eu vou contratar,

Speaker:

vou pagar o mesmo salário que eu pago aqui pra galera que mora aqui no meu país.

Speaker:

Só que tipo, lá pro brasileiro vai ser muito mais alto, então as pessoas começaram a entrar muito mais nisso.

Speaker:

O que você acha que foi esse gatilho na pandemia? Eles falaram que agora sempre puderam fazer, mas o que você acha que mudou?

Speaker:

Muito doido a mentalidade de só a pandemia ter empurrado isso.

Speaker:

Que nem tu falou, as empresas grandes ou as empresas que já eram mais para a frentex,

Speaker:

elas sempre souberam que estavam para trabalhar remoto e não tinham preconceito.

Speaker:

Eu acho que rolava muito preconceito, porque a maioria das outras empresas tão acostumada com funcionário que trabalha a vida inteira na empresa, que tem que estar

Speaker:

lá no lugar.

Speaker:

Meu próprio trabalho na Alemanha era assim, meu chefe gostava de dar as pessoas no escritório,

Speaker:

ele falava que era bom pra ele dar uma passeada no escritório pra ver o pessoal, pra poder

Speaker:

conversar e na real eu acho que era pra poder meio que ver quem tá trabalhando, na cabeça

Speaker:

dele se eu tivesse em casa eu ia estar no YouTube.

Speaker:

Era o Michael Scott aí. Mas eu ia estar fazendo algumas coisas assim.

Speaker:

Mas parece que as empresas por necessidade, por terem que abrir mão do trabalho presencial,

Speaker:

e ter que dar essa possibilidade para as pessoas trabalharem remoto,

Speaker:

eles começaram a ver que, opa, o pessoal trabalha no remoto e está fazendo o que tem que fazer.

Speaker:

O pessoal está mais feliz, está mais contente, o trabalho está sendo entregue.

Speaker:

E é o que você falou, as empresas do exterior, para contratar um sênior que, no Brasil, vai ganhar um salário astronômico

Speaker:

comparado com os brasileiros e que, comparando com o salário que é para os Estados Unidos, é baixo,

Speaker:

vale muito a pena, os dois ganham.

Speaker:

Então, por isso, também, acho que começou a ter...

Speaker:

Começou a falar menos preconceito.

Speaker:

O Gabriel também trabalha em Portugal, trabalhava remoto, acho que também pode falar disso daí.

Speaker:

É, na real eu tô remoto agora, na minha anterior a gente tava remoto ainda, mas era empresa portuguesa mesmo,

Speaker:

e também foi por causa da pandemia, e aí continuou, e aí virou um pouco opcional.

Speaker:

Pela regra tinha que ir duas vezes por semana, mas ficava meio pra cada gestor, sabe, então dependia do teu time,

Speaker:

e o meu era todo mundo remoto, uma vez por mês a gente ia lá.

Speaker:

Então isso quebrou mesmo, quando chegou a pandemia acabou quebrando alguns mitos,

Speaker:

E aí a empresa viu que dava pra continuar remoto, não só dava, como ela cresceu tanto

Speaker:

que a certo ponto nem daria pra todo mundo voltar pro escritório mais, sabe, porque

Speaker:

durante a pandemia teve muita gente nova que chegou.

Speaker:

Tem essa também, é verdade.

Speaker:

E eu vi muito esse retrocesso, né, cara. Eu vi bastante esse retrocesso de algumas empresas brasileiras aqui, aí que nem você

Speaker:

comentou agora dessa portuguesa também, eu não sabia, mas eu vi mais empresas brasileiras

Speaker:

Mas fazendo isso, de voltando a ir presencial, pelo menos, sei lá, duas vezes por semana.

Speaker:

Não sei na real o que motiva isso, né? Na nova, quando eu fui procurar, eu queria ter certeza que, um, também tivesse escritório,

Speaker:

que eu pudesse, mas não era prioridade, mas a prioridade mesmo é que fosse remoto, sabe?

Speaker:

Então hoje a minha, ela é remota, mas eles têm o escritório.

Speaker:

E o contrato diz que eu trabalho remoto, sabe?

Speaker:

Então, parte da minha equipe tá em Londres, parte tá em Coronha, tem algumas pessoas aqui em Porto, né,

Speaker:

algumas em Lisboa também, mas não na minha equipe, mas na empresa em geral.

Speaker:

Mas todo mundo tá remoto, e isso foi uma coisa que eu priorizei.

Speaker:

Quando eu queria sair da anterior, eu tava fazendo várias entrevistas, né,

Speaker:

e eu priorizei a que me deixasse trabalhar remoto mais tempo, né.

Speaker:

Porque, apesar de poder ir pro escritório, acho que a facilidade que tem, né,

Speaker:

de tá fazendo esse podcast, até porque eu consigo ter tempo pra editar,

Speaker:

vem de estar remoto e não perder 30 minutos e ir até 30 minutos de volta.

Speaker:

E o que o Gabriel falou faz todo sentido da parada do escritório,

Speaker:

porque no meu caso, uma das coisas que fez o meu chefe começar a ver trabalho remoto contra os olhos

Speaker:

é que durante a pandemia cresceu o time, a gente teve contratações, só que o escritório é o mesmo.

Speaker:

E na hora de voltar, não tinha mais lugar pra todo mundo.

Speaker:

E aí ele começou a ter dor de cabeça de, putz, preciso alugar uma outra sala, mas aí é mais caro.

Speaker:

Eu vou retacionar o time, eu vou fazer metade do time vir em um dia, outra no outro.

Speaker:

Então a gente ganhou dois dias home office da semana.

Speaker:

E isso daí era um passo gigantesco pro meu chefe, porque ele era meio relutante com o trabalho remoto.

Speaker:

E como o Gabriel falou também, isso foi um dos motivos de eu querer ir pro Brasil, porque já tava bem tranquilo, já tava bem seguro na nossa área, que sim ou sim a gente consegue um trabalho de moto.

Speaker:

É muito tranquilo conseguir trabalho pra fora, e isso é uma coisa que me deu mais conforto, tanto que quando eu fui me demitir da Alemanha, não tinha nada ainda, não tinha nenhum outro trabalho.

Speaker:

Eu só fui me demitir porque eu queria voltar pra qualidade de vida do Brasil, eu queria voltar pra praia, voltar pra estar com a minha família, sair do frio e poder fazer as coisas que eu gostava de fazer antes.

Speaker:

E uma das coisas que também fez eu querer voltar foi uma viagem que eu fiz com um amigo meu, o Matheus Pessoa, que também tem...

Speaker:

Eu sou o marqueteiro aqui do meu podcast.

Speaker:

O Vinícius, cara, ele tá profissional. Eu queria falar antes, aí não deu, mas ele faz...

Speaker:

Acha os pontos de fazer um anúncio aqui.

Speaker:

Exatamente. Fala o anúncio, fala o episódio, continua falando o tema, volta...

Speaker:

Só falta apontar no YouTube os pontos onde a gente tem... Tá profissional mesmo. Eu tô com inveja.

Speaker:

Hoje a gente vai por aqui, com o Matheus Pessoa que também falou, tem episódio com ele aqui, programador, ele foi viajar, fazer uma viagem para Barcelona e Madrid e falou

Speaker:

Pô mano, eu tô aqui em Barcelona e Madrid e na Irlanda, vem comigo. Eu fui visitar ele e aí fazia muito tempo que eu não saia com os amigos mesmo do Brasil.

Speaker:

E aí viajar com ele, lembrar de como que é a amizade do brasileiro, que por mais que eu tinha os amigos no futebol, vou viajar com eles agora no meio do ano, não é a mesma coisa.

Speaker:

Uma coisa você segue teus amigos brasileiros que você conhece há 10 anos, 11 anos, é.

Speaker:

Outra cultura, é outra parada, me fez também querer voltar.

Speaker:

E aí foi engraçado porque a gente foi viajar, ele voltou domingo para o Brasil, segundo

Speaker:

a fila eu fui falar com o meu chefe, falei cara, seguinte, como tá aí o horário de

Speaker:

almoço, acabou o horário de almoço, fui falar com ele, pô e aí, da hora, não sei

Speaker:

o que, né, o Borussia ganhou, não sei o que, pô, quero me demitir.

Speaker:

Foi bem direto porque eu não sabia como falar, mano, porque no trabalho tava muito bom, tava

Speaker:

bem tranquilo, ninguém tava esperando, eu não tava esperando, foi uma decisão do momento assim.

Speaker:

E eu não sabia como falar, o que eu ia fazer, e eu só sabia que era fim de novembro, todo,

Speaker:

dezembro eu ia pro Brasil pro Natal, e eu pensei, mano, eu vou me demitir agora porque

Speaker:

eu faço aviso prévio, eu não quero deixar os caras na mão, mas eu já quero voltar

Speaker:

em dezembro já, sem ter apartamento aqui, sem ter vínculo nenhum aqui, pra não ter

Speaker:

que voltar, pra ir pro Brasil e começar de novo a vida.

Speaker:

Eles foi bem bacanas.

Speaker:

Como assim? Sim, a gente tinha o one on ones, eles perguntavam, né, pô como que tá?

Speaker:

Até porque eu fui o primeiro assim, estrangeiro de fora da Europa a ir pro trabalho

Speaker:

e eles tiveram uma outras experiências com outros pessoal de fora da Europa e não deu muito certo de adaptação.

Speaker:

Então eu me adaptei muito bem, muito também por eu querer aprender e por eu jogar futebol e por eu fazer amizade fácil.

Speaker:

Então eles se preocupavam em eu não querer sair. E na hora que eu me demiti, que eu pedi pra sair, eles fizeram questão de conversar, de oferecer mais dinheiro, de oferecer pra mim trabalhar no Brasil.

Speaker:

Isso daí foi bem legal, foi um reconhecimento muito bom.

Speaker:

Mas até então ele não tinha essa trava por trabalhar remoto? Aí é que tá.

Speaker:

Aí é que tá, mano. Mudou muito. Eu poderia, tipo, antes, no último one-on-one que eu tive com o meu chefe, ele falou, cara, tu podia ficar um meizinho no Brasil trabalhando remoto, né?

Speaker:

Porque aí eu sempre ia em dezembro pra ficar as férias aqui no Brasil, aproveitar o verão no dezembro, janeiro e voltava em fevereiro.

Speaker:

Ele falou, cara, tu pode, tu tá com saudade, tu pode ficar um mês no Brasil além, então tu fica janeiro, faz fevereiro remoto trabalhando pra ver como que é e volta.

Speaker:

Só que todo mundo sabe que, porra, eu trabalhando remoto, eu trabalhar remoto da Alemanha e trabalhar remoto do Brasil, a mesma coisa, não muda nada.

Speaker:

O timezone é diferente, mas eu acordar mais cedo, não ia mudar nada, tá ligado?

Speaker:

E meu chefe meio que tava relutante pelas coisas que eu falei de querer ter o pessoal lá.

Speaker:

E a coisa que mudou era a necessidade, né? Como eu falei, eu quero ir embora, eu vou me demitir.

Speaker:

Falei, mano, fica do Brasil. No Brasil vai poder ganhar mais porque ele não tem que pagar o imposto que ele paga pra mim na Alemanha.

Speaker:

Então, ao invés de eu ganhar X, eu podia ganhar Z e ia ser um salário melhor.

Speaker:

E eu falei, cara, não quero pensar nisso agora, eu quero realmente sair, ficar sem fazer nada de janeiro, dezembro, aproveitar minha família, praia

Speaker:

e qualquer coisa eu falo em fevereiro, tipo, seria meu plano beta, eu pensava, mano, eu vou tentar um trabalho aqui, eu acho que eu consigo, pela experiência que eu tenho,

Speaker:

e se eu não conseguir, pelo menos tem empresa na Alemanha que me ajudou muito, que foi muito bacana, só tenho a agradecer

Speaker:

Por mais que eu te fale do meu chefe, mano...

Speaker:

O último dia na Alemanha a gente saiu, foi com a família dele almoçar, ele fez questão de me levar no aeroporto.

Speaker:

É um cara que eu tenho contato até hoje, os caras me deram camisa assinada pelo time inteiro.

Speaker:

Então por mais que eu saia eu tenho uma ligação muito boa com a empresa, uma relação muito boa.

Speaker:

Só que eu tava numa fase da minha vida que eu queria voltar pro Brasil, trabalhar remoto, pra ganhar mais dinheiro.

Speaker:

Porque se tu for parar pra pensar, a vantagem de a gente estar na Alemanha é de a gente estar no Brasil.

Speaker:

Então deixa eu expor aí. Deixa eu só perguntar porque tu vai entrar no ponto mesmo que eu quero falar que é.

Speaker:

Quando a gente conversou naquele episódio e eu sigo o teu Instagram,

Speaker:

uma coisa que tu falava muito forte era a qualidade de vida que tu tinha lá era muito melhor do que no Brasil.

Speaker:

E tu falou um ponto né, eu sei que é claro que, e aí eu comento sempre que é momento de vida né.

Speaker:

Tipo, o que é qualidade de vida pra ti em momentos diferentes significa coisas diferentes.

Speaker:

Então, eu queria que tu explicasse pra gente, né, no teu ponto de vista, quais eram as coisas legais de estar lá.

Speaker:

E tu até já falou um pouco, né, quando tu falou da sua fratura no joelho.

Speaker:

Mas, enfim, quais eram as coisas legais de estar lá, sabe, e por que tu ficou tanto tempo?

Speaker:

Porque é bastante tempo, não é tipo, tu não gostava e foi segurando.

Speaker:

Tu tava feliz que tu sempre falava isso e sempre compartilhou sobre essa felicidade lá.

Speaker:

Só que, ao mesmo tempo, tu tá bem feliz no Brasil também.

Speaker:

Tu já tá falando que tu tá aí, que tá gostando, tá bronzeado, quem tivesse ouvindo o áudio do Vinícius tá bronzeado, tá mesmo indo pra praia.

Speaker:

Tem os pássaros de fundo aí, né? Acho que tu não tinha lá em Dortmund, sei lá, tanto pássaro que tu tinha na tua casa.

Speaker:

Não tinha, não tinha essa maravilha de que as correntinhas.

Speaker:

Então quem tiver ouvindo aí, os pássaros não, é edição, é o Vinícius mesmo, no fundo.

Speaker:

Então, cara, o que que tava legal lá, pra quem tiver indo e tu consegue considerar assim, cara, tu foi pra Dortmund, isso aqui foi muito legal.

Speaker:

Então é bom fazer esse gancho porque é legal a gente voltar 5 anos atrás para entender,

Speaker:

quais eram as vantagens de estar lá quando eu fui e o que mudou.

Speaker:

Que nem eu falei, a maior motivação minha para ir para a Alemanha era sair da zona

Speaker:

de conforto e aprender e crescer. Aprender o idioma, que não é fácil.

Speaker:

Ter essa experiência de trabalhar com uma empresa alemã, ter essa experiência de morar fora.

Speaker:

Isso daí, depois de cinco anos, eu não tinha mais isso.

Speaker:

Eu já estava muito confortável, não era mais uma de...

Speaker:

Tipo, era zona de conforto a Alemanha pra mim, porque eu já sabia falar o idioma,

Speaker:

já sabia trabalhar, eu já sabia onde ir, eu já sabia... Eu estava muito tranquilo.

Speaker:

Então, eu não tinha mais a vantagem de aprender um idioma, não tinha a vantagem de aprender o trabalho,

Speaker:

e não tinha a vantagem de ter essa experiência de morar sozinho,

Speaker:

porque isso tudo eu já tinha absorvido e aprendido.

Speaker:

As vantagens que tinha era eu poder viajar, isso... Viajar na Europa é muito fácil, você consegue, eu tava vendo aqui, tipo, eu vendo, planejando a minha viagem pra Europa no meio do ano,

Speaker:

Avião, low cost, 20 euros, 30 euros, 100 euros, é muito pouco pra quem ganha em euro

Speaker:

Então você tem essa oportunidade de poder viajar pra onde você quiser, de conhecer outros lugares,

Speaker:

De aproveitar, você que gosta de viajar, é muito bom.

Speaker:

Você tem a possibilidade de ganhar uma moeda mais forte, só que aí, hoje em dia não é mais tão vantagem

Speaker:

Há 5 anos atrás era mais difícil você ter um trabalho remoto,

Speaker:

Eu lembro que para você ter um trabalho remoto na minha área, tinha que estudar estruturas de dados, algoritmos, eram uns testes mais específicos, que eram mais difíceis,

Speaker:

que daria para estudar, daria para se preparar, mas hoje em dia é muito mais fácil, tem muito mais oportunidade para quem quer trabalhar remoto do Brasil para fora,

Speaker:

e ainda mais com a experiência que eu adquiri lá na Alemanha. Hoje em dia, para mim, com esses anos de experiência na Alemanha, eu tenho 11 anos na área,

Speaker:

Então é muito mais fácil eu conseguir que uma empresa justifique a minha contratação,

Speaker:

e não tem mais tanto esse problema de ganhar uma moeda forte, eu consigo ganhar no Brasil

Speaker:

ou consigo ganhar na Alemanha. O futebol é o mais difícil.

Speaker:

Igual a gente estava falando no começo, ficava restringido as big companies, você tinha

Speaker:

que trabalhar, mas era...

Speaker:

Ou no Brasil também, as empresas boas, sempre era aquilo, ou uma empresa que pagava bem

Speaker:

mas era horrível de trabalhar, que era uma consultoria, um legadão da massa, ou uma

Speaker:

que era muito boa de trabalhar, mas pagava mal, porque eles tinham mesa de pingue-pongue,

Speaker:

tinha um cafezinho, tinha um fruto no café da manhã e aí não pagavam.

Speaker:

Era esse o cenário que a gente estava.

Speaker:

E aí, bom, hoje não é mais assim, um trabalho remoto, né?

Speaker:

E uma das coisas que eu mais gostava de fazer era jogar futebol, porque eu cresci fazendo

Speaker:

esporte, jogando futebol e eu não sou bom, né?

Speaker:

Eu sou programador, eu jogava futebol amador, jogava bola na praia, só que na Alemanha

Speaker:

Eu tinha a experiência de ser profissional, porque eu estava num clube que eu recebia

Speaker:

para jogar, assim, recebia 15 euros por partida, mas tinha fisioterapeuta, eles tinham material

Speaker:

esportivo, tinha o calendário de treino, tinha o calendário de jogo oficial, tinha a mulher

Speaker:

que fazia o almoço para a gente.

Speaker:

Toda a experiência de ser um jogador de futebol.

Speaker:

Sem a responsabilidade e sem o salário astronômico. E quando eu machuquei o meu joelho,

Speaker:

e quando também meus amigos que jogavam bola comigo todos esses anos começaram a ter filho e parar de jogar,

Speaker:

começou a não ficar mais tão divertido e não dava mais tanta vontade de treinar e de jogar.

Speaker:

Então isso também influenciou bastante, porque eu fiquei sem hobby, né?

Speaker:

Na Alemanha não tinha muito o que fazer.

Speaker:

Os amigos que eu tenho eram ou do trabalho, que eram muito mais velhos,

Speaker:

Os caras tinham a idade do Gabriel, eu acho, uns 40 anos, 41, então eles não têm a mesma rotina.

Speaker:

Tipo a tua aparência, assim, né? Uns 50. Pô, obrigado. Sim, sim. Os alemães são bem mais presença, né? O pessoal fala isso.

Speaker:

E aí, o futebol era uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Não tinha tanto, esse foi um ponto.

Speaker:

E o outro ponto era, cara, eu cresci em Santos, então, por eu morar na praia, eu não dava tanto valor.

Speaker:

Sempre que eu ia em janeiro passar as férias que eu via cara olha que maravilha

Speaker:

morar lá da praia poder ficar o dia inteiro me bronzeando que é o que eu mais gosto de fazer quando eu vou na praia

Speaker:

ser água limpa, areia branquinha, andar de barra forte na psicologia,

Speaker:

por que choras portugal?

Speaker:

Água de coco top, caldo de cana, churros aqui na geografia tem água de coco

Speaker:

mano a gente não dá tanto valor pra isso por ter isso sempre E morar fora todos esses anos mudou um pouco a minha visão e perspectiva do que vale a pena e o que é importante e o que não é.

Speaker:

Hoje em dia eu dou muito mais valor morar lá da praia e poder na hora de almoço, 20 minutos ali, me bronzear, caminhar ali.

Speaker:

Ou fim de semana poder correr na praia, ou poder correr de noite e tomar uma aguinha de coco.

Speaker:

Tá muito chato. Calma aí. Tu vai me apressar e se bronzear?

Speaker:

Pô, é lógico que não. Tu tá fazendo Topless?

Speaker:

Não, mas eu tenho aquele cenoura e bronze bronzeador pra poder acelerar a fructose.

Speaker:

Cenoura e bronzeador.

Speaker:

Tipo, por ele em Santos, eu nunca conheci...

Speaker:

Não, tem algumas pessoas que fazem. Mas eu conheci pouquíssimas pessoas que iam se bronzear.

Speaker:

Tipo, bronzear não é só uma consequência de estar indo na praia.

Speaker:

E é engraçado que... trabalhar em São Paulo e Jundiaí depois, Campinas, e a galera falava, não, você vai pra praia e tal, né?

Speaker:

Cara, você vai muito pra praia? Eu falei, ah, vou, mas mais de noite, assim, de dia eu acho que eu nem vou.

Speaker:

Eu também, eu também. O prédio sempre é muito mais legal à noite. Exato.

Speaker:

Porque, pô, tem a onda lá e tal, né? É um negócio muito... É, o café, água do sol, ali, comer aquele camarão duvidoso.

Speaker:

Exatamente. O CPE, né?

Speaker:

Cara, aqueles CPFs inhonestos. CPF tinha um amigo meu que falava o seguinte,

Speaker:

era ótimo, cara, você comprava um lanche e ganhava uma sessão de quimioterapia

Speaker:

pra aguentar o lanche.

Speaker:

Pra quem não sabe, CPF é um lanche gigante, honesto, que vem tudo, mano, vem tudo.

Speaker:

Não é possível te comer sozinho.

Speaker:

Olha esse Vinícius, cara, tá muito profissional. Porque antes, quando vocês falavam as paradas,

Speaker:

eu tinha que dar o contexto, agora, pra quem não sabe, cara, que diferença.

Speaker:

Da última vez que você se poupou pra agora, cara, eu tô impressionado.

Speaker:

Continua, continua. Morar em Santos.

Speaker:

Que quem menos corre é bom, né? Não tem mais chance.

Speaker:

E aí, todos esses pontos começaram a me fazer pensar, mano, vamos lá, vamos botar na balança.

Speaker:

A vantagem de estar no Brasil. Família, consigo ganhar mais dinheiro, muito mais,

Speaker:

porque no fim das contas, não era o meu salário, mas por exemplo, se eu ganhasse 2 mil euros no mês,

Speaker:

Vinha na minha conta 1.000 euros, 1.200.

Speaker:

Trabalhando, e aí 1.200 euros, tem que pagar aluguel, tem que pagar tudo em euro,

Speaker:

sobrava, eu conseguia, sei lá, juntar, sei lá, 300 euros no final do mês.

Speaker:

Morando no Brasil, eu conseguia juntar isso em réu, se for parar pra pensar com o salário que a gente ganha de programador.

Speaker:

Se eu conseguisse um trabalho remoto, aumentava muito isso, porque os impostos são muito menores.

Speaker:

Então, eu ganho mais dinheiro no Brasil do que na Alemanha.

Speaker:

No Brasil eu tenho praia, eu consigo me bronzear. Na Alemanha, só no verão, e era difícil.

Speaker:

No Brasil eu tenho minha família. É então, no Brasil eu tenho a minha família, tenho uns amigos, eu também consigo viajar mas não é tanto, aí ponto pra Alemanha.

Speaker:

Qualidade de vida que é uma coisa que eu, tô parecendo o Lula aqui, Gabriel vai ficar bravo, deixa eu mudar isso aqui.

Speaker:

Gabriel vai ficar bravo. Cara aí ó, tá vendo cara, tá tudo tão errado que até...

Speaker:

Uma das coisas que eu falei que é qualidade de vida, isso não tem comparação, a qualidade de vida na Alemanha é muito diferente.

Speaker:

Por exemplo, eu tenho um iPhone aqui que eu comprei na Alemanha, eu não consigo ir na rua e gravar stories tranquilo,

Speaker:

eu não consigo sair tranquilo, eu sempre saio e fico olhando com medo de alguém me roubar,

Speaker:

eu não tenho o conforto ou a segurança que eu tenho na Europa, isso não tem comparação, acho que vai demorar pra gente ter.

Speaker:

E essa questão de viagem, talvez até dê elas por elas, né, porque você ganha mais e você até consegue viajar mais,

Speaker:

que você vai ter um salário melhor aqui também. É que você sente mais, que você fica,

Speaker:

pô, vou ter que pagar mais caro essa passagem. Lá é muito mais barato, mas...

Speaker:

Nem tanto, eu acho que é mais a cabeça que eu tinha antigamente, porque antigamente eu pensava,

Speaker:

Pô, eu vou viajar no Brasil, que chato.

Speaker:

Vou fazer o que no Brasil? Eu tô no Brasil, vou pra, sei lá, pra Salvador, pra Angra, vou pro Sul.

Speaker:

Hoje em dia, é um paraíso aqui, vocês sabem que o mundo é meu playground.

Speaker:

Só que antes eu era meio babaquinha, né? Eu queria ir pra Europa pra poder ir num país novo, tirar fotinha, pegar o irmão pra por na geladeira.

Speaker:

Hoje em dia, os destinos que eu quero fazer não são mais assim, eu não ligo tanto pra conhecer um país novo.

Speaker:

Eu dou muito mais valor pra estar no Brasil e poder ir pra Bahia, pra Salvador, pra Recife, pra Natal, que eu não conheço.

Speaker:

E eu vou fazer esse ano, do que ir para a Europa. Então, viajar é meio que elas por elas.

Speaker:

Você não tem tanta facilidade com os low costos como você tem na Europa,

Speaker:

mas se você se organizar, que não é o meu caso, mas se você se organizar bem, você consegue também pegar passagens baratas

Speaker:

e tem destinos incríveis na América do Sul.

Speaker:

Argentina, por exemplo, Uruguai, no próprio Brasil, Nordeste eu quero conhecer,

Speaker:

ir para BH, ir para Santa Catarina, dá para viajar legal.

Speaker:

Eu acho que o que mais muda mesmo é a qualidade de vida, e a segurança que você tem.

Speaker:

E é uma das coisas que eu falo com amigos que são pais, se você tem filho, eu acho que vale muito a pena você ir para a Europa,

Speaker:

você criar seu filho lá, por conta da educação que ele vai ter, sem você ter que gastar fortuna,

Speaker:

é muito comum você aprender dois idiomas, aprender três idiomas na Europa, é muito comum isso, e a segurança, né?

Speaker:

Segurança acho que é o mais diferencial do Brasil para a Europa.

Speaker:

É, é verdade. Interessante, faz sentido. E também acho que a compra de alguns materiais, como o da Apple, é bizarramente.

Speaker:

Coisa boba, comprar um microfone igual o meu. Hoje, quando eu comprei foi 60 euros, aí eu já vi, dois anos atrás, eu já vi que está 100.

Speaker:

Mas beleza, fui ver o preço no Brasil, ou da Mi Band, eu queria dar um para a minha mãe.

Speaker:

Cara, eu não paguei nada aqui, eu fui ver, quase comprei e mandei, eu só não fiz o microfone que meu irmão queria, eu fiz isso, comprei aqui e mandei pra ele, que não é caro né, mandar pacote, é uma caixa também, mas ficou mais barato do que comprar aí no Brasil, então tem talvez essas coisinhas né, porque acho que serviço aqui é muito caro né.

Speaker:

É, essa é a diferença do Brasil. Tem pessoas pra limpar a casa, ou algumas coisas, salão.

Speaker:

Talvez, acho que isso é muito caro, mas me parece que comprar produtos, eu sinto que aqui é mais barato.

Speaker:

Sim, isso é uma diferença mesmo. É que quando eu vim da Alemanha eu trouxe tudo, né?

Speaker:

Então, sei lá, o Mac, o iPad, microfone. É.

Speaker:

Mil vezes mais barato lá, e além de ser mais barato, você tem segurança lá, né?

Speaker:

Então você não tem medo de comprar um carro bom que seja ou um celular bom, porque ninguém vai te roubar.

Speaker:

Dificilmente vão te roubar.

Speaker:

E no Brasil o dinheiro não tem tanto poder, esse é um problema também.

Speaker:

Mas aí se tu ganha em dólar, em euro, é mais fácil.

Speaker:

Só que mesmo assim, ganhando em dólar, em euro, pra tu comprar um Mac no Brasil,

Speaker:

é três vezes mais caro por conta de imposto, é muito mais difícil.

Speaker:

E é o que tu falou, o serviço também é mais caro lá e eu acho que anda muito com...

Speaker:

Porque todo mundo tem meio que uma qualidade de vida boa e não tem que trabalhar tanto para ter as coisas que as pessoas querem ter.

Speaker:

Então eu vi isso, por exemplo, meu chefe, o filho dele estuda na mesma escola que uma mulher que trabalha no caixa do supermercado.

Speaker:

Não desmerecendo, mas o poder existir é diferente. E mesmo assim...

Speaker:

Comparando com no Brasil, dificilmente isso aconteceria. Isso nunca aconteceria.

Speaker:

Mas esse é o ponto, porque eu concordo. E a diferença de qualidade de ensino no Brasil,

Speaker:

tipo, eu já falei, eu estudei na escola na zona noral de Santos,

Speaker:

e eu não era bom aluno também, então isso agrava.

Speaker:

Mas quando eu entrei na faculdade, ou quando eu fui estudar pro Enem, dava pra ver a diferença.

Speaker:

Eu falei, cara, tipo, eu nunca tive essas paradas aqui na escola não, sabe?

Speaker:

O que o pessoal falava, tem que aprender isso e isso.

Speaker:

Então, me preparar foi diferente. Então tem essa diferença, né? Agora você tá falando que,

Speaker:

O teu chefe, alguém que trabalha no supermercado, os filhos estão numa escola semelhante.

Speaker:

Claro que a vida não vai ser a mesma, porque aí tem mais facilidade, né?

Speaker:

Ou nem supermercado, por exemplo, o chefe, os funcionários do chefe, os filhos têm a mesma padronificação.

Speaker:

Eu acho que o padrão de vida é muito... No Brasil eu nunca vi.

Speaker:

Eu lembro da escola, do chefe que a gente tinha, na área de TI, nunca vi, sem as mesmas escolas.

Speaker:

E uma das coisas que eu acho muito interessante, o Gabriel também deve poder falar bem, porque ele está na Europa lá,

Speaker:

é que independente de quanto você ganha, sei lá, um salário mínimo, você consegue, você não precisa se preocupar tanto com o preço.

Speaker:

O que eu tô querendo dizer é que se você vai no mercado fazer compra, por exemplo no Brasil, a gente tinha que ir no atacadão pra poder comprar e tinha que ficar vendo qual o produto.

Speaker:

Então não é comprar a Danone, é comprar o genérico.

Speaker:

Aqui, aqui não, na Europa, roupa, carro, comida, todos os genéricos são de qualidade, são, sei lá, Nike, Adidas, é uma roupa barata pra você comprar na Europa.

Speaker:

Na Alemanha, os carros de quem não tem tanto poder aquisitivo era uma BMW, pô.

Speaker:

Aonde no Brasil isso vai ser?

Speaker:

E você não ter tanta preocupação de ter que se matar, de ter que trabalhar.

Speaker:

Feriado, e depois das sete não abre o shopping, eles fecham.

Speaker:

É muito louco essa mentalidade.

Speaker:

No Brasil a gente abre porque quer que o pessoal compre pra gente ganhar dinheiro, e quem trabalha gosta

Speaker:

porque aí vai poder trabalhar e ter mais comissão.

Speaker:

Na Alemanha é assim, não, vai pra casa descansar. Eu não quero que ninguém trabalhe no fim de semana,

Speaker:

eu não quero que ninguém trabalhe nos feriados, porque a gente não precisa disso, a gente não tem que se matar.

Speaker:

Nossa preocupação é qualidade de vida, os problemas deles são outros.

Speaker:

É desbalanceado a parada, né? Fala de crédito, se for comparar, a gente não tem cartão de crédito na Alemanha, por exemplo.

Speaker:

O que a gente parcela são as compras grandes, tipo, ou casa, ou um carro, ou sei lá, uma TV, mas

Speaker:

é tudo débito ou dinheiro, é muito louco.

Speaker:

E eu acho que também pra gente ver, resumir os benefícios e as desvantagens de morar,

Speaker:

se eu fosse falar com o Pascunha de 5 anos atrás, falava, vai pra Alemanha,

Speaker:

se tu quer, tenha esse sonho de ir pra Europa, acho que é uma experiência única.

Speaker:

É fácil pra mim falar agora que eu tô no Brasil, que o Brasil é o melhor,

Speaker:

porque eu já aprendi alemão, eu já conheci a Europa, eu já viajei,

Speaker:

eu já tive toda essa experiência que eu nunca teria no Brasil,

Speaker:

e isso me fez crescer demais.

Speaker:

Então, 100%, eu falo sem dúvida que eu iria de novo se eu pudesse,

Speaker:

se eu tivesse a oportunidade há cinco anos atrás de morar na Europa,

Speaker:

só que depois desse tempo todo eu já aprendi o que eu tinha que aprender,

Speaker:

eu já vi o que eu tinha que ver, e se eu quiser voltar para a Europa eu consigo,

Speaker:

eu consigo, com o trabalho que a gente tem,

Speaker:

pegar um avião, passar umas férias lá, e hoje eu estou numa fase mais de querer estar no Brasil com a família

Speaker:

também ter mais mobilidade e meio que viajar pela América do Sul, pelo próprio Brasil

Speaker:

que eu não conheço nada e eu tenho vontade de conhecer.

Speaker:

Eu falei com os amigos esse ano, o que eu quero fazer é de acompanhar o meu Timão,

Speaker:

então quando isso jogar fora de casa, eu já vou ver o calendário do brasileiro para

Speaker:

ver quais cidades que eu vou e aí já consigo unir o último ao agradável.

Speaker:

Consigo ver os jogos do Corinthians que eu não assistia quando eu estava no Brasil,

Speaker:

por não ter dinheiro, por não ter tempo, e agora eu consigo.

Speaker:

Fui para a Alemanha para poder ver todos os jogos da Champions, que era outro sonho que eu consegui realizar.

Speaker:

E ver o Corinthians na Libertadores eu não assisti. E se for para ver, o Gabriel sabe.

Speaker:

Não tem nem comparação, mano.

Speaker:

Os jogos no estádio do Corinthians. Quem é a Champions?

Speaker:

Quem? Não chega aos pés.

Speaker:

É outra vaida. Não tem cachorro no campo, não tem a torcida empurrando.

Speaker:

Tem o caramelo entrando no campo, lá invadindo.

Speaker:

Rubens, quando tu vier para o Brasil a gente tem que realizar aquele sonho de ir de terno para a arena.

Speaker:

Eu fui ver Corinthians e Palmeiras agora no Paulistão, realizei um sonho.

Speaker:

Eu acho que não era o jogo ideal para ir de terno, porque a turma não ia aceitar também, eu acho, ter uma almofadinha de terno lá no DER.

Speaker:

Vai parar na internet.

Speaker:

Pegar um jogo mais tranquilo dá para a gente fazer isso.

Speaker:

Porque tem que ir com roupa caráter para entrar no estádio. Mas qual que é a ideia do DER?

Speaker:

Não, porque, cara, a roupa que tu vai pra aquele estágio tem que ser bem vestido, tu não vai com essa camisa aí, que que é esse pássaro aí?

Speaker:

Dessa marca, não sei. Mas não é uma camisa dessa, tem que tá bem vestido.

Speaker:

Essa é a ideia, simples assim.

Speaker:

A regra de estilo, as melhores marcas tem pequenos logos assim, coisas bem discretas na camisa, pra mostrar que é de qualidade.

Speaker:

Dica de estilo, eu vou mandar o Instagram de estilo pra vocês.

Speaker:

Por isso que nós das flamengos da tribuna, a nossa camisa do Sokka era grandão aqui, tipo, caralho.

Speaker:

Verdade, camisa que cabia metade de mim naquele tempo.

Speaker:

Caraca, gente. Não, tu gostava de roupa curta naquele tempo, pegava roupa curta que você queria.

Speaker:

Eu adorei, adorei, o shortinho do Sokka já era pequeno, eu adorei, fiquei com ele um bom tempo ainda, verde limão.

Speaker:

Tu gostava do fartinho do Sock?

Speaker:

Enfim, voltando ao primeiro episódio, a gente tá falando, a gente trabalhou numa empresa

Speaker:

junto, né, e só que era o nome do sistema, e a gente participou da corrida de 10km, né,

Speaker:

e tinha a camisa da empresa, então, só que o Gabriel Lima pegou um short muito menor

Speaker:

do que deveria, a camisa menor, e ele correu de baby look.

Speaker:

Canalha, canalha, ele escolheu, ele botou lá. Ele escolheu, todo mundo escolheu.

Speaker:

No formulário, parou, parou.

Speaker:

Ele não lembra que era GGG. Todo mundo escolheu a Gabriela, não é com essa, mas voltando, legal, é interessante entender isso, né.

Speaker:

E acho que até mais para quem estiver ouvindo também, né, que qualidade de vida é subjetivo e depende do momento de vida, né.

Speaker:

Cada momento a gente quer uma coisa diferente e o Gabriel Lima, por exemplo, está em uma cidade mais interior, né, porque tem criança em casa, né,

Speaker:

Então, isso acaba mudando onde tu quer estar.

Speaker:

E eu acho que isso acaba exemplificando, porque Vinícius, tu contou qualidade de vida,

Speaker:

tu falou que eu tenho mais qualidade de vida na Alemanha, depois tu falou que eu tenho mais qualidade de vida no Brasil.

Speaker:

Mas acho que fica claro, tipo, qualidade de vida é o quê? E aí tu foi listando, o que eu digo que é qualidade de vida aqui, o que eu digo que é aqui.

Speaker:

Então, porque pra mim vale mais a pena. E também, o que tu fala, se tu tivesse se casado por aqui, tivesse tido filho, né?

Speaker:

Provavelmente todas as decisões poderiam ser diferentes. Talvez Brasil mesmo, mas talvez uma cidade diferente, então acho que isso acaba moldando muito o que a gente quer em cada momento.

Speaker:

E acho que isso que é o legal, né? Tanto faz, vamos pro Brasil de novo, depois Argentina, eu consigo ver tu morando na Argentina,

Speaker:

entendo que tu vai. Pode ser, né?

Speaker:

É exatamente isso, é muito perspectiva. A qualidade de vida que eu achava que era boa há 5 anos atrás já não é mais a mesma.

Speaker:

Porque meio que eu me acostumei, é o que eu falei, eu iria de novo se eu pudesse, eu acredito que o mais difícil seria não ter ido e ficar a vida inteira pensando

Speaker:

Putz, por que eu não fui para a Europa, como que seria, o que poderia ser?

Speaker:

A bagagem que eu tenho hoje em dia depois de ter ido para lá, não tem dinheiro que paga a experiência,

Speaker:

Por exemplo, o trabalho que eu estou hoje eu só consegui por conta da experiência que eu tive na Alemanha,

Speaker:

Então até no próprio processo seletivo, eu falar que eu fui para a Alemanha, que eu aprendi alemão, que eu aprendi coisas rápido

Speaker:

e falar toda a experiência que eu tive trabalhando na Alemanha com clientes europeus

Speaker:

fez eu me destacar entre os candidatos.

Speaker:

Então, cem por cento...

Speaker:

Se você tem interesse, se você quer se jogar e quer ir para um outro país, quer ter essa experiência, vale a pena.

Speaker:

O máximo que vai acontecer é que você vai bater a cabeça e falar, putz, não era bem isso que eu queria.

Speaker:

E volta, se você tiver a possibilidade. Mas a qualidade de vida hoje que eu vejo mudou, as perspectivas mudaram.

Speaker:

Como tu falou, se eu tivesse um filho, seria diferente, como o Gabriel Lima que tem uma filha.

Speaker:

Então para ele vale mais a pena ter uma casa, um lugar maior para poder ter criança, para ele crescer.

Speaker:

Trabalha remoto também, mais tranquilinho em Jundiaí, são outras perspectivas e eu me vejo morando na Argentina.

Speaker:

Eu gosto muito de aprender idiomas, estou aprendendo espanhol agora, e lá me encantar, entendeu?

Speaker:

Vem pra Jundiaí, cara. É maravilhoso. Vem pra Jundiaí, pô, fica pertinho aqui. Pô, cara, tu fala da boca pra fora?

Speaker:

A gente marca um churrasquinho aqui, pô.

Speaker:

Pô, Vinícius. Tua mulher vai deixar? Ela vai, cara, ela vai entender, ela vai entender. Eu vou, pô, nada me prende aqui, nada me prende aqui.

Speaker:

Cola aqui, cara. Vocês continuam essa conversa aí depois no privado.

Speaker:

Tudo particular. Outra coisa da hora de falar de perspectiva, acho que nem vai por isso daqui.

Speaker:

Mas um negócio que eu consegui fazer com a minha irmã a gente conseguiu dar, tipo esse apartamento que a gente tá aqui

Speaker:

é alugado. A gente comprou um no mesmo prédio pra dar pros meus pais, pra minha mãe.

Speaker:

Pô, mãe, isso daí não tem nada que pague, mãe. Por isso que pra mim é tranquilo.

Speaker:

Essa é uma vida de famoso já, né?

Speaker:

Não, deixa no ar, cara. Por que tu gostaria disso? É um AP... Não, não sei.

Speaker:

É um AP que é a 2 minutos da praia. E aí minha mãe trabalha no Guarujá, então ela não tem que ficar viajando de Santos pro Guarujá o tempo todo.

Speaker:

Por isso que a gente tá aqui também.

Speaker:

E como eu não tenho nenhuma raiz, nada que me prenda, eu consigo ter mobilidade.

Speaker:

Pra mim não faz tanto sentido ter um apartamento agora. Eu queria muito comprar um em Santos, mas falando com o meu irmão, a gente vê.

Speaker:

A gente vê, faz mais sentido.

Speaker:

Até por gratidão e por conta, se eu tô aqui hoje é por causa dos nossos pais, não tem como ter aprendido inglês, criação, coordenação motora,

Speaker:

eu ter sido atleta de futebol lá, muito por conta da coordenação motora e dos estímulos que eu tive,

Speaker:

e é muito legal chegar nessa fase da minha vida e poder falar, aqui no arquivo confidencial,

Speaker:

eu realizei o sonho de dar uma casa pra minha mãe e essas paradas que é da hora de falar, que a gente não fala tanto, às vezes esquece

Speaker:

Eu não falo tanto disso no Instagram, até por não querer, eu não gosto de falar de dinheiro, ou de quanto ganha, ou do que eu gasto o dinheiro.

Speaker:

Mas é legal de mostrar que família é importante, um dos motivos de eu voltar pro Brasil foi a família.

Speaker:

E agora, quitando esse AP, a reforma que ela tá fazendo lá, que ela quer fazer, aí eu começo a ver o que eu faço.

Speaker:

Se eu pego um AP em Jundiaí, se eu vou pra Porto, o que eu faço.

Speaker:

Provavelmente eu vou pra Argentina e continuo viajando aí pelo mundão, até porque o mundo é meu playground.

Speaker:

Eu quando cheguei nesse momento de trabalhar remoto, eu pensei muito em morar fora também, fazendo a venda, isso que você falou,

Speaker:

foi uma coisa que eu balanceei pra caramba, de ir pra fora, ou até mesmo pra Inglaterra, onde tem meu cliente lá,

Speaker:

ou outro país da Europa mesmo, sei lá, o que fosse mais parecido com o nosso clima, tipo Portugal, ou algo assim.

Speaker:

Mas eu coloquei tudo na balança. Eu sou meio filosófico com as coisas, vocês sabem que eu também,

Speaker:

gosto de estudar essa parte de teologia e penso bastante na vida como um todo.

Speaker:

Fico meio que viajando às vezes. Eu falo, cara, tipo, essa questão de filho pra mim contou bastante também,

Speaker:

e pra mim ajudou a escolher onde eu moro agora, porque é uma cidade mais segura e a educação aqui, até pra escola pública, é a melhor, uma das

Speaker:

as melhores do Brasil, é muito diferente do resto do Brasil até.

Speaker:

E eu pensava, cara, eu vou passar alguns anos longe da minha família, tipo,

Speaker:

quem garante que nada vai acontecer nesse tempo, sabe?

Speaker:

O que é mais importante pra mim nesse tempo?

Speaker:

E meio que eu decidi, falei, vou ficar aqui, vou aproveitar esse tempo, e acabou que,

Speaker:

é um privilégio pra gente gigantesco isso também, porque a gente pode escolher ficar aqui.

Speaker:

Porque pra muitos pode ser uma escolha mais autêntica, né, eu vou ficar aqui, beleza pela família,

Speaker:

mas vou ganhar bem menos. E beleza, é a escolha da família.

Speaker:

Pra gente, acaba que a gente tem um privilégio gigantesco de muitas vezes,

Speaker:

que nem você falou, trabalhar aqui, viver essa escolha pela família, pelos amigos que você já tem desde mais novo,

Speaker:

e mesmo assim ganhar muito bem.

Speaker:

Poder ter aprendido inglês, né? É, ter aprendido inglês, é uma vantagem muito grande.

Speaker:

E só da gente ter estudado a nossa área, né?

Speaker:

No começo, hoje eu vejo uma galera tentando entrar na nossa área e às vezes nem gosta, cara.

Speaker:

E eu troco uma ideia... Cara, é muita sorte, assim, eu penso nessas vezes, que é muita sorte eu cair numa área que eu gosto de primeira, assim, é muita sorte.

Speaker:

A minha mina mesmo fala, as pessoas falam, ela fala que é muito bom.

Speaker:

Não era legal ser programador, 11 anos atrás não era da moda, não era hype ser programador.

Speaker:

A gente deu muita sorte mesmo de começar e também de manter essa amizade que a gente tem, de se incentivar.

Speaker:

Pô, cara, eu acho que eu nem falei pra vocês, na minha entrevista, eu tive que fazer um dojo.

Speaker:

Era um dojo TDD para o programa e eu dei tema, por causa de duas vezes que a gente fez lá na Edge,

Speaker:

que o Gabriel começou e falava, não, vamos fazer um TDD aqui, vamos fazer um dojo, vamos fazer um Catar.

Speaker:

E depois, eu participando de processos, entrevistando o pessoal, o pessoal que está no Facebook e no Google,

Speaker:

os caras não sabem o que fazer, eles não têm ideia do que é desenvolvimento incremental, escrever teste.

Speaker:

E eu falei, caraca, velho, se não fosse os Gabriéis lá atrás de me ajudar a incentivar.

Speaker:

Mas é o que você tá falando, Gabriel. O privilégio que a gente tem, não é que não tem como.

Speaker:

A gente é muito privilegiado de estar aprendendo isso hoje em dia.

Speaker:

E hoje em dia, depois de todos os anos que a gente tem experiência, a gente tá muito mais privilegiado, mano.

Speaker:

Porque tá maluco. A gente tá numa posição muito boa.

Speaker:

O primeiro trampo é tenso, né, cara? Novamente eu dei sorte pra caceta nessa

Speaker:

do primeiro trampo, né? O Vinícius também, graças ao Bacic, né?

Speaker:

Nós dois. Mas mas eu sei que tem mais dificuldade para entrar.

Speaker:

Então, que foi?

Speaker:

Não, nunca critiquei, só deixei aqui a gratidão eterna a ele, tá maluco.

Speaker:

Se não fosse ele ainda estaria aqui hoje.

Speaker:

Sim, então. Mas é mais difícil mesmo, a gente já está na situação que facilita.

Speaker:

Acho que assim, diminuiu um pouco.

Speaker:

Vamos ser claros que o mercado hoje está muito mais complicado.

Speaker:

Não dá pra gente só sair de empresa sem pensar duas vezes como antes.

Speaker:

Agora as coisas já estão mais complicadas, vários layoffs, demissões.

Speaker:

Essa época específica agora, né?

Speaker:

Isso, mudou. Mas, com tudo em mente, eu sei que algumas pessoas discordam, mas com tudo em mente, eu ainda acho que a gente tem certo privilégio na área.

Speaker:

Sei que também a gente estuda pra caramba, né, na área. Tipo, todos nós, a gente sempre teve que manter, estudando muito pra se manter vivo, continuar aprendendo, as coisas vão evoluindo.

Speaker:

Então tem todo esse balanço, assim, tipo, tem privilégio, mas também tem toda a parte difícil que é de estar em TI.

Speaker:

É legal tu falar isso, porque a gente tá falando aqui que a gente tem privilégio, que já tem 11 anos, só que,

Speaker:

eu no trabalho que eu tô, se eu não estudar, vou mandar embora o cara que entrou comigo.

Speaker:

O cara tem 9 anos de experiência na área. A gente tem que sempre se estudar, porque senão não existe isso.

Speaker:

Tem que sempre estudar, tem que sempre estar sexualizando, tem que sempre estar querendo crescer.

Speaker:

O dia que a gente investiu em Kekon naquela época, né, tipo a gente era júnior,

Speaker:

livro, qual era o salário, o dia que a gente investiu R$1.000,00, Caelon, fazendo treinamento

Speaker:

na Caelon, comprando o livro, então a gente investiu bastante.

Speaker:

Muito sábado indo para São Paulo para estudar, vendendo muito sábado, vendendo mão de lá.

Speaker:

Estava falando, momento de nostalgia, estava falando com a minha esposa, acho que ontem

Speaker:

disso, não sei porquê, o que eu vi, sei lá, acho que eu vi o certificado da Caelon,

Speaker:

se eu não me engano, sei lá o que eu vi.

Speaker:

E aí eu falei, meu, nessa época... Ah, não, já sei. Eu tava limpando o meu Twitter, né.

Speaker:

Eu vi que a primeira conta que eu segui foi o Devin Sampa, algo assim.

Speaker:

Eu fui para um evento lá em 2019 ou 2018.

Speaker:

Na abril, foi. E pra mim, era maluco como a cidade era gigante, sabe?

Speaker:

Pegar o ônibus, pegar o trem, metrô e trem.

Speaker:

E as vezes que a gente ia pra São Paulo, lembra, a gente ficava bom, tipo...

Speaker:

E Santos não é uma cidade grande, né? Meio milhão de pessoas, e ela é grande.

Speaker:

De Zona Norte pra praia é 45 minutos, né?

Speaker:

É, é, é. Cara, esse foi o tema dessa nossa época.

Speaker:

Mas, tipo, e eu tava pensando nisso, E eu falei, caramba, que louco, né?

Speaker:

E novamente, como o Gabriel Lima falou da filosofia, eu também fiquei pensando, eu entrei aqui

Speaker:

nos 10 minutos só pensando na vida, de quanta coisa já aconteceu.

Speaker:

São Paulo parecia um mundo enorme, né? E depois trabalhar lá já era algo normal.

Speaker:

Depois ir pra fora parecia algo impossível.

Speaker:

Depois, cara, tô aqui em Toronto.

Speaker:

Tipo, passou um tempo. Depois morar fora é impossível, né? E acontece.

Speaker:

E agora, a volta que dá, né? De volta pra Santos com...

Speaker:

Aí convence, a gente nem sabe quais são os próximos passos, né?

Speaker:

Então a vida é mesmo muito louca. E essa cabeça que você falou que mudou, você é muito maluco,

Speaker:

de você falar assim, pô, voltei hoje, mas hoje já olho lá pra fora com um olhar diferente,

Speaker:

tipo, não fico mais... só esse fato de você não superestimar ir pra Europa, né?

Speaker:

O medo passa, né?

Speaker:

Isso. Você fica tranquilo, pô, já estive lá, já sei como é que funciona,

Speaker:

Posso ir lá, posso voltar, tipo...

Speaker:

Especialmente brasileiro, né, que tem a síndrome de virar lata, mano.

Speaker:

A gente cresce escutando que o Brasil é o pior de todos e que lá fora é muito bom.

Speaker:

Isso é caralho. Não compara as praias daqui, o pessoal daqui, a cultura daqui.

Speaker:

O problema é a qualidade de oportunidade que a gente tem, a gente não tem as mesmas oportunidades lá.

Speaker:

Pô, é muito louco, fui na Áustria, tem uma faculdade lá que tem 700 anos.

Speaker:

A faculdade é mais velha que o Brasil, velho.

Speaker:

Não tem como comparar. Aí a gente pode entrar na parada de...

Speaker:

O Brasil tá lá faz tempo, né?

Speaker:

Tipo, 500 anos, alguém deu pra gente, tá ligado? Quem falou, opa, agora sim esses seres aqui são pessoas.

Speaker:

Não, nem pessoas, mas enfim.

Speaker:

Mas eu entendo que tu fala que a tradição tá lá há muito tempo, mas eu acho que uma coisa que muda também,

Speaker:

e eu só parei a pensar isso há pouco isso no meu tempo, que a pobreza é diferente, tá ligado?

Speaker:

Eu acho que tu ver alguém em situação de miséria na Europa é mais difícil.

Speaker:

E quando eu comecei a ver mais isso assim, tava refletindo, eu falei, cara, que parada bizarra,

Speaker:

porque pra gente, alguém pobre, é... Sei lá, é bizarro, né? Tu viver sem comida.

Speaker:

E acho que aqui dentro da União Europeia, tem bairros que são muito pobres, tem bairro que parece favela, mas acho que não tá no mesmo level as coisas, e acho que isso muda.

Speaker:

Então as pessoas vão ter mais oportunidades, a maioria das pessoas.

Speaker:

Me parece que até as casinhas onde são bairros muito simples, seriam favelas, aqui vai pra gente,

Speaker:

que você percebe a padronagem das casas se construindo muito próximas umas das outras.

Speaker:

E os bairros são mais simples, tem menos coisa em volta, mesmo assim é diferente na Europa,

Speaker:

me dá a impressão, na maioria dos países.

Speaker:

A gente tem mais oportunidade, sim. No geral, não quero pintar aqui que todo mundo tem,

Speaker:

não, tem gente que é miserável também, porque tem dinheiro, mas eu acho que a quantidade,

Speaker:

falando só a gente pode entrar no Brasil é gigante mas não é só isso mesmo pensando

Speaker:

em porcentagem acho que aqui as pessoas até mais pobres até tem um pouco mais de chance

Speaker:

do que a gente lá especialmente na Alemanha é incrível a preocupação que eles têm

Speaker:

em acabar com isso primeiro o imposto de metade eu já paguei metade do imposto imposto para,

Speaker:

não só alemão para refugiado para quem vem de outro país eles têm muita preocupação

Speaker:

e que as pessoas tenham dignidade, então eles pagam moradia, pagam educação, pagam transporte, pagam comida.

Speaker:

Tu vê, era engraçado porque pra tu saber quem que é, meio que não tem muito mendigo, morador de rua.

Speaker:

É até difícil de tu ver porque as roupas que o pessoal usa não parece roupa de quem não tem dinheiro ou de quem é miserável.

Speaker:

Então tu só sabe que a pessoa tá numa situação menor porque ela tá revendo lixo pra pegar garrafa pra reciclar.

Speaker:

E muitas das vezes o pessoal faz isso porque quer ficar bebendo na rua.

Speaker:

Porque tem opção de ir para um lugar que tem mais apoio, só que não vai ter tanta liberdade que é o que o pessoal quer.

Speaker:

E aí é outra questão, já.

Speaker:

Sim, eu acho que só deixar claro assim, a gente vai achar pessoas mineralizadas, eu sei que talvez algumas pessoas vão falar

Speaker:

Ah, mas você não falou disso aqui, você não viu tal coisa, a situação em Portugal já não é a mesma do passado, a situação em tal país, guerra, preço da gasolina

Speaker:

Eu sei, sei galera, a gente sabe, a gente tá falando mais de forma geral mesmo, então existem casos específicos

Speaker:

Eu vou pegar o gancho também, antes da gente começar a falar, Vinícius, eu queria saber de como que é voltar ao Brasil, tá ligado?

Speaker:

Porque tá um tempo aí, eu queria saber como que foi a impressão de começar a morar novamente.

Speaker:

Mas antes disso, Gabriel Lima vai ter que sair, né? Pai de família, tem compromisso, então...

Speaker:

A daqui pra frente. Espero que você não fique com ciúme, Gabriel Lima, que você vai ter saudade do Vinícius no episódio.

Speaker:

Vou ficar, mas... Enfim, considere-se abraçado, Vinícius. Um cheiro no cangote aí.

Speaker:

E vem pra juntar aí, cara. Porra, faz isso. Tá ao vivo.

Speaker:

Tô ao café. Tô ao café com uma cervejinha. Chega aí. E o Bromancy tá de volta, né? Agora.

Speaker:

Falou gente, um abraço, sempre bom ver vocês. Só que explosão, só que explosão?

Speaker:

Pra mim é aqui ó, tá indo na cabeça do Rubens, beleza. Tá, tá, é isso mesmo. Tô no meio.

Speaker:

Mas, falou Gabriel Lima, até a próxima.

Speaker:

Music.

Speaker:

Qual que é a sensação de voltar a morar no Brasil? Porque eu já ouvi muita gente falar,

Speaker:

que tem dificuldade, não tá acostumado, mas como que é no teu caso?

Speaker:

Porque já se acostumou com outro padrão de vida, né?

Speaker:

Porque tu ia pro Brasil todo ano e passava um tempo, né? Então eu imagino que não foi tão difícil pra ti, porque tu sempre conviveu com isso,

Speaker:

mas queria ouvir de ti como que foi.

Speaker:

Cara, vou...

Speaker:

Assim, é bem diferente de você vir ficar um mês no Brasil nas férias.

Speaker:

Eu até tinha medo de quando voltar ter uma impressão errada,

Speaker:

Porque uma coisa é tu voltar pro Brasil e ter que trabalhar, ter a rotina, outra coisa é tu voltar pro Brasil e ficar um mês sem se preocupar com nada, só férias, praias, saindo.

Speaker:

Então, eu consegui, não tive esse problema, não tive essa falsa impressão.

Speaker:

E eu acredito que eu também...

Speaker:

Cara, eu não concordo com essas pessoas que falam isso, eu acho meio... meio babaca. Pessoal fala que...

Speaker:

Vamos lá, como eu posso dizer? 5 anos é bastante, mas não é tanto tempo pra eu esquecer como é o Brasil.

Speaker:

Eu acredito que se eu fosse mais novo e tivesse ido pra Europa e ficasse 10 anos, 11 anos, sem voltar pro Brasil, uma coisa.

Speaker:

Só que não deu tanto tempo pra eu desacostumar, desaprender.

Speaker:

É lógico, por exemplo, na Alemanha eu não podia atravessar a Rua Nacional Vermelho.

Speaker:

Isso aqui no Brasil, primeiros dois dias, eu ficava parado. É coisa errada, é fácil de...

Speaker:

Só que aí depois... já aprende.

Speaker:

Só que eu não tive nenhum problema de adaptação, Até por eu trabalhar remoto, então eu não tenho que pegar fretado, não tenho que pegar ônibus, eu não sei como que é o trânsito,

Speaker:

eu não tenho esses problemas que eu tinha antes no começo da carreira e que hoje não tenho mais graças a trabalhar remoto.

Speaker:

Então isso muda demais, eu não tenho problema de ter que acordar cedo pra pegar fretado, eu não tenho problema com horário.

Speaker:

Por trabalhar pros Estados Unidos, eu tô uma hora na frente agora, então posso trabalhar às 10 da manhã.

Speaker:

Então, você acordar de manhã, ir treinar ou ir pra praia ou não fazer nada e trabalhar tranquilo.

Speaker:

Não tive nenhum problema com readaptação. Eu entendo quem fala que é difícil,

Speaker:

especialmente para quem mora em países que são mais restritos na Europa.

Speaker:

Tu entende? Tu falou que acha meio babaca? Eu acho babaca, mas eu entendo.

Speaker:

Eu acho babaca. Eu não concordo, mas eu entendo. Até porque eu tenho amigos que falam isso.

Speaker:

Falam, é, o Brasil ziu ziu, olha só, os caras querendo tirar vantagem,

Speaker:

ou que absurdo, tá sujo aqui. Não, eu te entendo também. Essa parte eu acho...

Speaker:

Eu não sou muito fã, mas entendi. Eu não sei se é sobe a cabeça ou quer se achar superior, eu não sei, cada um tem o

Speaker:

seu ponto de vista, mas na minha cabeça é meio babaca, mas eu entendo.

Speaker:

Se for comparar mesmo, não tem comparação sei lá, atendimento, qualidade, segurança,

Speaker:

como a coisa funciona, organização.

Speaker:

Depende do que tu acha que é melhor ou pior, eu prefiro o atendimento do Brasil, mas o

Speaker:

O pessoal consegue ser mais invasivo, né, às vezes.

Speaker:

O pessoal tem mais intimidade, fala mais. Depende muito, cara, depende muito.

Speaker:

Depende do estilo da pessoa, né, é isso que eu tô dizendo.

Speaker:

Depende, depende. A organização é diferente. Pontualidade é diferente. Agora, isso, cara.

Speaker:

Mas isso já me incomodava no Brasil, né. A gente pode dar exemplo desse podcast aqui,

Speaker:

que começa atrasado sempre. Cara, eu fico maluco aqui.

Speaker:

Eu nem respondo o Whatsapp enquanto vocês falam, vou atrasar, mas sem exageração,

Speaker:

mas isso no geral, a pontualidade da gente, e com os amigos, vamos sair aqui, a Vitória

Speaker:

não é dessa cultura, da nossa cultura, né?

Speaker:

Cara, ela fica maluca. Eu já sou assim também um pouco, então, putz, vai sair com alguém, é, isso é uma

Speaker:

das paradas que eu queria mudar na gente, sabe?

Speaker:

Eu gosto muito da improvisação, de, vamos sair, vamos, bora.

Speaker:

Mas cara, tipo, é duas horas, é duas horas, ou duas e dez, beleza?

Speaker:

Ah, não, tô no ônibus. Mano, você sabe o tempo que o ônibus demora, cara.

Speaker:

Eu não falo nada, no geral, né.

Speaker:

Mas cara, essa...

Speaker:

Se tivesse alguma coisa pra mudar assim, no geral, no Brasil, sabe?

Speaker:

Eu gosto da flexibilidade que a gente tem, no geral, de... disso,

Speaker:

mas quando ela se repete sempre, com as pessoas, sabe?

Speaker:

Ah, não, tipo, chega meia hora depois, uma hora depois, saindo de casa agora, é a hora de a gente estar se encontrando, sabe?

Speaker:

E é mentira, pô, não tá saindo de casa.

Speaker:

Tá indo tomar banho ainda, pô. Tá indo tomar banho, é. É que eu sempre fui a pessoa que atrasava.

Speaker:

Então isso é uma coisa que eu tive que mudar quando eu fui pra Europa,

Speaker:

porque eu comecei a depender de carona, por exemplo, pra jogar bola,

Speaker:

Aí eu demorava 5 minutos, 10, os alemães ficavam bravos e falavam Pô, o que é isso? O horário é o horário, tem que sair antes.

Speaker:

E aí eu aprendi a ser pontual. E agora eu voltar pro Brasil, eu meio que consegui

Speaker:

não ter que mais me esforçar com isso. Então eu tô bem mais tranquilo e bem mais relaxado.

Speaker:

Porque eu posso voltar a me atrasar com calma, 10 minutinhos, 15 minutinhos.

Speaker:

Mas é muito diferente. Os serviços, ônibus, trem, ou atendimento, sei lá,

Speaker:

se você marcar um médico ou se você marcar algum atendimento que tem horário.

Speaker:

Tu já sabe que aqui no Brasil tu vai chegar lá e vai ter que esperar, vai ter aquela

Speaker:

Small talk, porque o cara que corta o cabelo tá com três na frente ainda, não é o horário que tu marcou.

Speaker:

Ou o médico tem o atraso, ou se tu vê que o ônibus vai sair às dez, não é às dez que vai sair.

Speaker:

Então, isso é muito diferente mesmo. Mas eu não tive problema nenhum.

Speaker:

Porque eu não tenho tanta responsabilidade, né. Então, a responsabilidade é o trabalho.

Speaker:

Eu consigo trabalhar de casa, e o que eu vou fazer fora do trabalho não é tão crítico assim, vamos dizer.

Speaker:

Então, eu não lembro o que é que esperar. É mais tranquilo lá.

Speaker:

Muito bom, Venecius. Muito bom. Legal. Depois de vários episódios juntos, é bom ter você aqui de volta.

Speaker:

E muito mais profissional, né?

Speaker:

Vai me facilitar muito a edição. Porque mandou muito bem aí, em todas as transições,

Speaker:

de fazer os anúncios aí de outros episódios.

Speaker:

Parabéns. Tenho que tomar umas aulas contigo. Antes de fechar, cara, queria deixar aberto o espaço pra ti, dar a palavra final aí.

Speaker:

Talvez eu coloque a música do Rapa de fundo, né?

Speaker:

Pô, bota aí, ó, Vinte Santos e Charlie Brown. Vinte Santos e Charlie Brown.

Speaker:

Você não coloca porque teria que pagar o royalties, né? Mas...

Speaker:

Deixa a mensagem final, deixa os teus links aí, porque eu passo com a débito.

Speaker:

De quando tu tava no podcast pra agora, né, tem, sei lá, 10 vezes mais, muito mais.

Speaker:

Acho que tu tava aí 7 mil pessoas, agora tá chegando nos 50, então deixa todos os links aí.

Speaker:

Cresceu, é? Então, o pessoal que não me conhece, eu tenho um canal no YouTube, no TikTok, no Instagram,

Speaker:

mas forte no Instagram, eu mostro minha rotina, eu passo com a Dev, dá uma moral lá, segue lá.

Speaker:

E se você quer saber mais ou quer conversar também, manda mensagem pra mim, eu sempre respondo.

Speaker:

Às vezes demora, mas eu sempre respondo todo mundo.

Speaker:

Se você tá em dúvida, pensando em morar pra Europa, se vale a pena, o que você pode fazer,

Speaker:

ou se você tá na Europa e tá pensando em ir pro Brasil e quer mais insight, mais experiência,

Speaker:

vamos trocar uma ideia, chamar lá.

Speaker:

E, cara, foi muito bom participar de novo.

Speaker:

Nostalgia. Felizmente eu não tenho que editar agora, não tenho que fazer os cortes.

Speaker:

É bem melhor ser o convidado.

Speaker:

Tu tinha, mas não fazia, então... Não mudou. Tu não precisa dar desculpa.

Speaker:

É bem melhor ser o convidado e não ter que me...

Speaker:

Me colocar numa situação ruim de não fazer e ter que justificar e me dar uma desculpa.

Speaker:

Mas, é... Bom tempo. Muito bom participar de novo.

Speaker:

E, cara, feliz demais de estar aqui, qualquer coisa, se vocês quiserem, mandem a mensagem.

Speaker:

E um prazerão falar contigo de novo, Gabriel, ver que você está bem.

Speaker:

O Gabriel Lima também, que saiu antes, não mudou nada, né? É a última chegada e a primeira a sair, como sempre.

Speaker:

Não mudou nada. Mas...

Speaker:

Agora tem filha, né? Então ele tem uma desculpa, pelo menos, mas é isso.

Speaker:

O apelido Gabrille, né? O Star, não é à toa.

Speaker:

Era Estrelinha. Brilha muito.

Speaker:

Cara, deixar também que a gente vai fazer outro episódio para falar de como está sendo o trabalho remoto para a empresa dos Estados Unidos.

Speaker:

Eu vi que tu estava lá em Nova York por um tempo, depois foi para não sei aonde, já vai para Ilhas Britânicas, sei lá, que tu falou.

Speaker:

Então acho que vale a pena contar também de como está sendo essa diferença do teu trabalho na Alemanha e agora trabalhar com a galera dos Estados Unidos.

Speaker:

Isso, isso. Você vai ter bastante viagem e aí trabalhar remoto e meio que ter essa vida de nômade muda muito.

Speaker:

Muito e eu acho que vale a pena a gente conversar sobre isso,

Speaker:

tem bastante gente que também tem interesse em viajar, em ter essa esse estilo de vida. Fica pro próximo episódio. E

Speaker:

E quem tiver ouvindo, pode fazer.

Speaker:

O que que pode fazer? 70% das pessoas que ouvem o podcast ou assistem no YouTube não seguem, cara. Não, é mentira.

Speaker:

Estão vacilando, né? Então, galera, quem estiver ouvindo aí no Spotify, Apple, Deezer, ou assistindo no YouTube, não esquece de seguir.

Speaker:

É muito importante mesmo. O podcast tem crescido nesse ano mais do que nunca.

Speaker:

Então, isso é legal, mas pra continuar crescendo a gente precisa de mais pessoas seguindo, mais pessoas compartilhando.

Speaker:

Fica o meu agradecimento a quem já tá fazendo isso. Como era lá no passado, lembra?

Speaker:

Que tinha mó galera que vinha pro YouTube pelo WhatsApp. Continua.

Speaker:

Então quem tiver aí compartilhando no WhatsApp, muito obrigado.

Speaker:

Não sei quem é você, mas eu acho que é uma...

Speaker:

Interessante, porque não sou eu. Então não sei quem tá fazendo.

Speaker:

Anônimo ou anônima, muito obrigado por isso.

Speaker:

Vinícius, vamos parar por aqui. A gente já tá conversando há quase duas horas, né?

Speaker:

A gravação tem uma hora, mas já estamos, como sempre, há muito tempo por aqui.

Speaker:

Obrigado novamente, cara. Fico felizão de tu estar participando.

Speaker:

Já queria gravar com vocês há muito tempo, mas a agenda, né, demora seis meses, no mínimo, pra conseguir gravar.

Speaker:

Mas conseguimos, então, fico muito feliz pelo episódio de hoje, cara.

Speaker:

Teve a bancada, não tive que cancelar, pra ir pros Estados Unidos de última hora, mas é isso.

Speaker:

Tô vendo aqui que tá saindo sol, vou aproveitar pra me bronzear hoje.

Speaker:

E a gente se fala depois no próximo novo vídeo. É isso. Abraço.

Speaker:

Music.

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