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Product Manager em Copenhague, Dinamarca, com Gabriel Gomes - Processos Seletivos Lentos #108
Episode 10831st May 2023 • TPA Podcast: Carreira Internacional & Tech • Gabriel Rubens
00:00:00 01:04:11

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Shownotes

O Gabriel Gomes volta ao TPA Podcast, e desta vez abordando a experiência de morar e trabalhar em Copenhague com a família. E ele compartilha sobre as complexidades de mudar para um novo país com um animal de estimação, além de discutir as diferenças culturais que encontrou ao trabalhar na Dinamarca.

Gabriel Gomes

Formado em análise de sistemas e pós graduado em design de serviços, começou a carreira como desenvolvedor e logo migrou para a área de produtos após passar um período estudando nos Estados Unidos. Acumula 7 anos de experiência trabalhando com gerenciamento de produtos, teve passagem por empresas de telecomunicações, consultoria de estratégia e design e atualmente é Product Manager na SumUp em Copenhagen, na Dinamarca.

Créditos

Lista de Episódios

Palavras-chave:

  • Product Manager no Exterior
  • Product Manager na Dinamarca
  • Morando na Dinamarca
  • Morando em Copenhague
  • Mudando para Europa com Cachorro
  • Processos Seletivos para Europa

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcripts

Speaker:

Fala pessoal, bem-vindos novamente ao TPA Podcast, aqui o Gabriel Rubens e de volta

Speaker:

o Gabriel Gomes, que já fez o episódio falando sobre como que é ser Product Manager, né,

Speaker:

e também falou um pouco sobre Product Owners.

Speaker:

E hoje a gente vai fazer a continuação, lá naquele episódio eu já comentei que

Speaker:

ele estava morando em Copenhagen e hoje a gente vai falar sobre isso, como que é trabalhar

Speaker:

e morar em Copenhagen com a família, né?

Speaker:

Tu não foi sozinho, então isso torna a experiência diferente. Tudo bem?

Speaker:

Tudo bem, cara. Pô, legal estar aqui de novo.

Speaker:

É, pois é, vamos lá. Já estou, agora a gente completou um ano morando aqui,

Speaker:

então acho que é bom que tem um pouco mais de experiência acumulada aí pra tentar dividir com a galera e tem esse lance de,

Speaker:

mudar com a família também, né, que faz toda a diferença, assim como eu ouvi de outras pessoas aí nos outros episódios,

Speaker:

que quem teve filho aqui na Europa e tal, a gente, no caso, o nosso filho nasceu no Brasil,

Speaker:

mas aí tem um processo de mudança que é um pouco mais complexo, o cachorro,

Speaker:

todo o pacote que vem junto aí de mudança, não é só tomar a decisão de pegar um avião

Speaker:

e tem bastante coisa que vem depois desse.

Speaker:

Tô animado, vamos lá, trocar uma ideia.

Speaker:

Vamos embora, vamos embora. Cara, eu não sabia que tinha cachorro também, né?

Speaker:

Pelo podcast eu comecei a descobrir o quão complexo é mudar com animais, dependendo do lugar, mais complexo do que a própria pessoa.

Speaker:

É, tem regras específicas de vacina que você precisa dar a X tempo antes de você trazer o animal.

Speaker:

Muda também de acordo, qualquer forma que o animal vem, se ele vai vir num voo conectado com uma pessoa que também está voando com ele,

Speaker:

ou tem o caso, por exemplo, como foi o caso do meu cachorro, quando o animal vem disparteado como cagaviva,

Speaker:

aí tem trâmite diferente pra saída no Brasil, tem uma empresa que apoiou esse processo

Speaker:

e aí aqui todo o trâmite de alfândega, putz cara, é de fato bem mais complexo do que a mudança de uma pessoa

Speaker:

E a Dinamarca é um país que tem bastante regras específicas para animais e tal.

Speaker:

Precisa ter seguro pra cachorro, vixi, são várias coisas.

Speaker:

Então, vamos pro primeiro passo que é sobre morar fora. Como que surgiu essa ideia, né?

Speaker:

Acho que vale falar também que eu já te conhecia desde Santos, né?

Speaker:

E tu também conhece o Gabriel Lima e o Vinícius, né?

Speaker:

Eu não sabia que tu conhecia o Gabriel Lima, a gente tava conversando agora antes de começar,

Speaker:

que tu conheceu ele também indo pra São Paulo.

Speaker:

Então, a gente já sabia do Vinícius morando fora, né? Ele foi primeiro que eu, então já ouvi um pouco dele, assim, e tu também.

Speaker:

E tu tá um ano aí, então voltando lá, da onde que partiu essa ideia?

Speaker:

E aí depois eu queria saber até porque a Dinamarca, porque acho que tu tem menos brasileiros aí, né?

Speaker:

É, acho que sim. Então vamos lá. Acho que a vontade de mudar, de vir pra Europa, na real, é uma curiosidade que eu sempre tive desde muito novo.

Speaker:

Assim, meu pai, ele tem dois primos que se mudaram novos assim, e hoje moram na Suíça,

Speaker:

estão lá há vários anos e tal, e eu me lembro quando eu era criança, essa foi a

Speaker:

primeira, sei lá, devia ter uns 12 anos, foi a primeira vez que cogitou, passou pela

Speaker:

minha cabeça assim, a possibilidade de vir para a Europa, foi quando eu conheci um desses

Speaker:

primos do meu pai, que estava no Brasil, mas aí, tipo, isso ficou na minha cabeça,

Speaker:

ainda existia todo um caminho assim, em inglês e tal, muita coisa que precisava acontecer ainda antes, sabe?

Speaker:

Quando eu tinha 19 anos, eu fiz um intercâmbio para os Estados Unidos, foi um programa do governo,

Speaker:

e fui para estudar inglês para os Estados Unidos, né? Então, tive esse tempo legal, assim, de universidade lá,

Speaker:

Mas, ainda assim, era uma experiência no sentido de poxa, tô aqui aprendendo inglês, tô estudando tecnologia,

Speaker:

mas não fui pra lá pra morar lá.

Speaker:

Eu sabia que teria que voltar, era uma coisa de encontrar e tal.

Speaker:

Beleza.

Speaker:

Depois que eu voltei para o Brasil, fui trabalhar, estava trabalhando na área de tecnologia.

Speaker:

Um outro evento que me passou pela cabeça essa possibilidade foi quando eu estava trabalhando numa empresa alemã,

Speaker:

e no primeiro ano, todo funcionário dessa empresa alemã, eu trabalhava na unidade de São Paulo, do Brasil,

Speaker:

a gente passava por um curso, três semanas na Alemanha para meio que ter uma imersão assim na cultura da empresa e tal.

Speaker:

E esse momento de imersão, existem outras pessoas da empresa também que vão lá de diversas outras partes do mundo.

Speaker:

E eu um dia conversei, assim, tive uma conversa com um cara que na época,

Speaker:

sei lá, acho que ele tinha uns 23, 24 anos,

Speaker:

tinha acabado de entrar na empresa e a gente conversou bastante, assim,

Speaker:

sobre como era morar na Europa, as diferenças, assim, sabe, de educação,

Speaker:

de qualidade de vida, toda a parte de ele estava no momento da vida enquanto jovem,

Speaker:

que tinha acabado de terminar um mestrado, mas, pô, tinha feito um mestrado sem gastar um tostão,

Speaker:

sabe, tudo pago pelo governo e ele recebendo pra isso, e ele estava numa posição ali entrando no

Speaker:

mercado de trabalho e aí eu fiquei com aquilo na cabeça, né, que cara que legal, toda essa,

Speaker:

estrutura diferente, sem contar na segurança e tal, para estudo. Fiquei com aquilo. Minha,

Speaker:

esposa também tinha essa vontade, a gente conversava sobre isso, ela já tem a cidadania

Speaker:

europeia por conta da família e ela tinha essa vontade também, sabe? Só que a gente

Speaker:

pensava, quem sabe um dia a gente vai, né? Vamos começar a fazer isso e tal. E, cara,

Speaker:

que muito por conta do LinkedIn assim, recebia também, além de ter essa essa ideia um pouco mais longe, eu recebia muito

Speaker:

contato de de recrutador assim, de pessoas mais sobretudo da Alemanha assim, às vezes também de Portugal e tal.

Speaker:

Perguntando se eu tinha interesse sobre vagas, isso tudo antes da guerra e tal, era um outro contexto que que o

Speaker:

nosso mercado tava e às vezes eu fazia, sabe, os processos seletivos, mas ainda sem colocar muita muita força nisso, sabe?

Speaker:

Conversava assim com algumas empresas, tudo meio preliminar, sabe? Já sabendo que

Speaker:

pô, vai chegar uma hora que eu vou virar chave e beleza, né? Uma hora vai aconteceu.

Speaker:

E isso aconteceu, na real, essa virada de chave aconteceu pra gente,

Speaker:

então é uma coisa, né, a gente enquanto casal já queria, já tinha essa vontade.

Speaker:

Essa virada de chave aconteceu, na verdade, pra mim no momento da pandemia mesmo no Brasil.

Speaker:

Eu passei por uma segunda rodada de layoffs que teve na minha empresa,

Speaker:

eu também fui nessa rodada e aí aquilo pra mim foi o ponto chave, assim, sabe,

Speaker:

de começar a colocar mais foco nas entrevistas,

Speaker:

de começar a me preparar melhor para os processos que eu estava fazendo e tal.

Speaker:

E aí, passei mais, acho que uns oito meses, mais ou menos assim, ainda no Brasil.

Speaker:

E aí, até que finalmente surgiu a oportunidade de vir para a Dinamarca.

Speaker:

E aí, deu certo. O trampo rolou. E aí, a gente veio para cá em março do ano passado.

Speaker:

Então, foi mais ou menos isso, assim, sabe? Eu acho que fui mordido por esse bichinho lá atrás, ao longo da vida profissional,

Speaker:

se desenvolvendo, tendo contato, às vezes, com... fazendo projeto em inglês e tal,

Speaker:

ficava na cabeça essa coisa de, putz, será que a gente pode ir, né?

Speaker:

Será que a gente vai e tal?

Speaker:

E aí, cara, enquanto família, a gente decidiu junto, foi mais uma questão de acontecer

Speaker:

o trampo, receber a proposta, e aí a gente veio pra cá.

Speaker:

E aí você tinha falado também sobre Dinamarca, o porquê da Dinamarca.

Speaker:

Na real, assim, não estava nos nossos planos iniciais. O nosso plano inicial era ir para Portugal, assim, porque a gente depois que decidiu...

Speaker:

Tu falou comigo, né?

Speaker:

Eu tô lembrando agora de ter algum converso contigo, uns dois, três anos atrás sobre Portugal.

Speaker:

Exatamente, porque esse era o nosso plano A, né? Então, eu já tinha falado contigo, falava com outras pessoas que estavam aqui e tal.

Speaker:

Então a ideia era a gente vir pra cá, ir pra Portugal, fazer um teste, alugar um imóvel por alguns 6, 8 meses

Speaker:

pra ter esse tempo de fazer o teste e aí na Europa conseguir um emprego.

Speaker:

Então quando surgiu essa oportunidade de fazer o processo pra Dinamarca,

Speaker:

eu já tinha ouvido falar que era um lugar muito bom pra criança, um lugar que tinha qualidade de vida bem alta,

Speaker:

Gosto bastante de bicicleta e tal, e aqui é uma coisa bem forte também para o povo,

Speaker:

então eu sabia, conhecia por esses pontos, mas foi só quando eu entrei no processo seletivo mesmo

Speaker:

que eu comecei a me aprofundar, ver que aqui era um lugar bem estruturado,

Speaker:

que poderia fazer sentido para a gente.

Speaker:

E aí a gente veio meio que...

Speaker:

Pô, foi um lugar que casou, a oportunidade de trabalho apareceu, e aí a gente veio.

Speaker:

Então, assim, não foi uma coisa tão planejada assim de vir para a Dinamarca.

Speaker:

E o que a gente vê, né, da Dinamarca é sempre muito sobre isso,

Speaker:

sobre o bem-estar social, sobre a organização, mas eu acho que isso deve ter outro lado, que é o imposto.

Speaker:

É, é. Tudo isso realmente é muito bom, assim, segurança, educação,

Speaker:

infraestrutura, transporte.

Speaker:

O transporte é uma coisa incrível, tanto no sentido de você ter ciclovia para tudo quanto é lado,

Speaker:

como a qualidade do transporte ser boa, ser bem integrado, sabe?

Speaker:

Geralmente você tem uma, duas, às vezes três opções de modais diferentes para você escolher para chegar no mesmo lugar, sabe?

Speaker:

Desde a cidade... tem um canal que passa pela cidade e você pode pegar um barco e pagar da mesma forma que você paga um ônibus, sabe?

Speaker:

Então, tudo isso é muito legal, mas de fato vem com um custo alto,

Speaker:

assim, uma carga tributária que no teu salário,

Speaker:

o imposto que você é cobrado é de acordo com o teu salário, assim, então, se você ganhar mais, você vai também ter mais imposto, né,

Speaker:

e aí as pessoas, pra ter, vamos dizer assim, uma equalização no acesso aos serviços tipo moradia, educação,

Speaker:

Existem alguns auxílios do governo que são pensados para também, às vezes, a pessoa que não tem um salário tão alto.

Speaker:

Conseguir ter o mesmo estilo de vida e acesso à mesma escola, sabe, o mesmo transporte, então é isso, assim,

Speaker:

eles tentam ter esse cuidado de quem pode pagar um pouco mais de imposto paga, porque tem um retorno,

Speaker:

E aí quem precisa de um pouco mais de assistência, recebe assistência através de alguns auxílios sociais.

Speaker:

E eu acho que é parecido um pouco isso com Portugal também, né?

Speaker:

Sim, sim, eu acho que sim. Eu não sei se no mesmo nível daí,

Speaker:

porque o pessoal fala que os países nórdicos, ele tem um retorno muito maior do imposto que tu paga, né?

Speaker:

Isso aqui eu acho muito difícil comparar, mas eu sei que quem tem família gosta bastante de Portugal.

Speaker:

O pessoal sempre reclama da carga tributária, principalmente quem é solteiro, mas quando você tem família diminui um pouco.

Speaker:

Mas claro, ter filhos é caro, é bem caro, então não é para ter filho para pagar menos imposto, como às vezes eu vejo algumas pessoas brincando, né.

Speaker:

Mas a galera fala que tem um retorno porque a educação pública que o pessoal fala que é boa.

Speaker:

Novamente, o que falo só porque eu não tenho experiência própria, né?

Speaker:

Sim.

Speaker:

É, aqui de fato é muito bom. Meu filho tá numa escola, que é uma escola pública, só que a gente paga até ele completar, se não me engano, 5 anos

Speaker:

e a gente paga porque eu tô nessa faixa salarial que eu não sou elegível ao auxílio de educação.

Speaker:

Na real, a gente até ganha um auxílio bem pequeno por conta da minha esposa, que ela é cidadã europeia,

Speaker:

mas é uma coisa tipo assim, sei lá, 10% do valor, é bem simbólico assim,

Speaker:

e isso é uma coisa que também vai acumulando conforme...

Speaker:

Quanto tempo que a gente tá aqui na Europa, então tipo, a gente tá aqui há só um ano,

Speaker:

então a gente ganha X porcentagem, aí a gente vai ficando mais tempo aqui,

Speaker:

e aí esse auxílio vai aumentar um pouco mais, entendeu?

Speaker:

Mas daqui a um, dois anos, a gente já para de pagar totalmente e aí, tipo, dos cinco anos até o resto da vida, não gasta um tostão com escola.

Speaker:

A menos que...

Speaker:

Tem gente que opta por colocar, por exemplo, o filho no ensino médio,

Speaker:

ah, quer estudar numa escola internacional, que aí é uma escola que não fala dinamarquês,

Speaker:

fala só inglês ou até outras línguas dependendo da escola.

Speaker:

E aí, essa é uma opção dos pais, que tem pai que também quer fazer isso.

Speaker:

E aí, pode colocar nessa escola e ir pagando.

Speaker:

Eu vou voltar nesse ponto mais sobre estilo de vida daqui a pouco,

Speaker:

porque acho que tem mais coisa pra gente falar que tu comentou aí sobre qualidade, transporte, etc.

Speaker:

Só que eu queria voltar primeiro na entrevista. Tu mencionou, tu teve o lay-off e aí foi quando tu começou

Speaker:

a procurar mais essas vagas fora certo sim quantas entrevistas tu fez cara tipo tu fez várias ou eles só te chamaram na dinamarca para ir,

Speaker:

Na real, eu devo ter feito, sei lá, depois dessa fase assim, eu devo ter feito uns 3 ou 4 processos seletivos.

Speaker:

E uma coisa que eu já tinha muito ouvido falar por pessoas que passaram por um processo,

Speaker:

mas é que todos os processos eram muito longos, muito demorados, as etapas dentro do processo.

Speaker:

Então se você tem uma ideia, o meu processo acho que dessa mapa deve ter levado uns 4, talvez 5 meses até.

Speaker:

Porque foram várias etapas conversa com uma pessoa e faz que não sei o que a gente pode falar no detalhe.

Speaker:

Mas mas foi isso assim eu fiz uns acho que uns quatro processos e o da Samar que foi o que deu certo também quando eu já estava mais no final

Speaker:

assim do processo dessa mapa eu decidi focar até para,

Speaker:

sabe diminuir também a eventual frustração e aí eu e aí acabou dando certo assim aqui nessa mapa e aí eu saí dos outros processos

Speaker:

seletivos que eu estava mas foi demorado foi foi tenso assim no sentido de ficar,

Speaker:

aguardando entre uma etapa e a outra expectativa e preparação e tal.

Speaker:

Mas tu quando tua empresa vai contratar alguém que tá aí na dinamarca mesmo

Speaker:

também demora tanto assim ou é só pra você? Não, eu acho que eu acho que é um

Speaker:

pouco mais rápido desde que eu tô aqui assim a gente contratou uma pessoa desenvolvedora foi metade eu acho desse tempo que demorou

Speaker:

Ainda foi um pouco, vamos dizer assim, longo, mas foi metade do tempo, sabe, que natural, né?

Speaker:

No processo envolvia, sabe, um monte de coisa, de patrocínio de visto, de a família se mudar e se planejar e tal.

Speaker:

Então, por um lado, eu acho que foi até bom, assim, pra gente, sabe, ir se preparando pra essa ideia, sabe, sobre a mudança,

Speaker:

Tudo que eu falei de trâmites que eu tinha que organizar do meu cachorro, ele teve que operar e não sei o que.

Speaker:

Então, teve um lado bom também, mas sim, costuma ser mais rápido quando a pessoa já tá aqui perdida.

Speaker:

Entendi, faz sentido até pra, como tu falou, despreparar e também se quiser desistir, né?

Speaker:

E você precisa ter garantias maiores pra trazer alguém.

Speaker:

E como que foi o processo? Isso, então o processo começou com um screening, assim, tipo uma entrevista rápida com a hiring manager, que é a minha atual chefe.

Speaker:

Então, foi um processo que eu fui, por uma indicação, e aí eu comecei o processo dessa forma.

Speaker:

Fiz essa, tipo, pra ter um fit inicial, assim, sobre as minhas experiências e tal.

Speaker:

O que eu já fiz, o porquê que eu tava pensando em me mudar, e aí eu comecei a falar com...

Speaker:

Acho que a segunda etapa foi eu falar com uma outra pessoa, que era, se eu não me engano, como se fosse um par,

Speaker:

ele era um Senior Product Manager de outro time,

Speaker:

não era meu par, mas uma pessoa que teria uma atuação relativamente parecida,

Speaker:

com a minha, no time pro qual eu precisava entrar.

Speaker:

E aí também foi uma pessoa que tinha uma trajetória profissional assim mais técnica que a de produto hoje,

Speaker:

mas também tinha um histórico assim mais técnico que nem o meu, então foi legal nesse sentido.

Speaker:

Depois eu tive uma outra etapa que foi conversar com o líder aqui da minha unidade de negócio, que é a minha tribo,

Speaker:

tive essa etapa de conversar com ele acho que foi a terceira etapa e aí tudo isso

Speaker:

também foi conversa não teve até então não teve nenhum case preparação e tal,

Speaker:

então essa foi a terceira etapa depois eu fiz um case aí eu fiz esse case recebi um case tive uma semana para preparar ele e aí fiz o apresentei o

Speaker:

o que é para a minha para a minha líder e também para esse outro para essa outra

Speaker:

pessoa que é o líder da tribo.

Speaker:

Então fiz esse esse case e aí cara depois do case.

Speaker:

Eu acho que ainda tive mais uma última conversa assim mas para tipo alinhamentos

Speaker:

finais assim beleza deu certo o case e aí entra mais numa fase de você

Speaker:

conhecer o time sabe tipo valores culturais a essa última etapa que tem também na Samar que é uma uma prática como assim de outras empresas uma

Speaker:

entrevista que é a última mesmo que é de fit cultural que chama de Barreiser.

Speaker:

Essa entrevista Barreiser é tipo assim é uma pessoa um líder de uma outra que não é a qual eu trabalho hoje, é uma pessoa bem mais sênior, tipo, level de VP.

Speaker:

Ele faz uma entrevista comigo pra garantir que no sentido de cultura e entrega, tipo, meu perfil,

Speaker:

eu sou uma pessoa que vai ser bar-raiser pra essa mapa.

Speaker:

Então, tipo, pensa que as pessoas... Elevar a barra, sim. Exatamente.

Speaker:

Elevar o nível da empresa.

Speaker:

É, e garantir que a gente contrate sempre pessoas que, pensa que esse barrazer era uma pessoa que não participou em momento nenhum do meu processo,

Speaker:

um cara de uma outra tribo, então ele é uma pessoa que tem um olhar, vamos dizer assim, mais neutro no processo.

Speaker:

E aí conversando eu com ele assim, ele fez uma avaliação de que, pô, se as coisas que eu priorizava, sabe, situações hipotéticas assim de trampo,

Speaker:

fazia sentido com o que era a expectativa dessa mapa, assim, essa foi, acho que, uma das entrevistas mais tensas, assim, que eu já fiz

Speaker:

em questão de preparação, sabe, se você joga no Google Bar Razer Interview, tem uma porrada de coisa, por exemplo, acho que a Amazon, que é conhecida por fazer esse processo e tal

Speaker:

um monte, sabe, aquelas perguntas difíceis, assim, que você precisa tirar lá do fundo a resposta e...

Speaker:

Perguntas técnicas?

Speaker:

Não técnicas, perguntas mais hipotéticas de situações, como você enquanto gerente de produto reagiria.

Speaker:

E também meio que através de exemplos, criando cenários e aí sempre pedindo para que eu ilustrasse isso que eu entendia como o caminho

Speaker:

ou como uma forma de entender o processo.

Speaker:

Coisas que eu tenha feito até então, sabe, que contribui pra isso, sabe, o porquê que eu penso dessa forma.

Speaker:

Entendi. E disso tudo, teve... principalmente na parte técnica, primeiro, teve alguma coisa que tu sentiu

Speaker:

que era diferente do que tu fazia no Brasil ou, em geral, era parecido com as outras vagas pra produto?

Speaker:

Cara, eu senti na real que não teve muita diferença assim não, era bem parecido na real em processo de produto, sabe?

Speaker:

Uma coisa que eu senti que foi muito legal assim foi a troca no case em si, sabe?

Speaker:

O case que eu tava apresentando, as perguntas que me fizeram foram perguntas super relevantes

Speaker:

e aí eu meio que estruturei o case num mirror board e teve interação dessas pessoas comigo ali no case

Speaker:

então não teve diferença no sentido de conteúdo do case que era esperado era relativamente parecido com o case de gerente de produto no Brasil,

Speaker:

Mas eu acho que teve uma interação muito boa, foi conduzido de uma forma bem legal,

Speaker:

que me deixou tranquilo assim, sabe, na apresentação do case.

Speaker:

Tá, e tudo em inglês, né? Tu já sentia confortável pra fazer isso, depois daquele intercâmbio no passado?

Speaker:

É, assim, eu me sentia confortável pra fazer entrevista em inglês,

Speaker:

pra apresentar o case em inglês e tal, mas é aquilo, né?

Speaker:

Eu não tava usando, eu tava trabalhando numa consultoria e só fazendo projeto pro Brasil, sabe, no último ano.

Speaker:

Então eu não tinha a fluência, assim, sabe, o conforto e tal que você atinge depois de um tempo, sabe?

Speaker:

Mas eu tive a sorte também que a minha chefe é brasileira, então as entrevistas que eu fiz só com ela foi em português.

Speaker:

E aí foi isso, sabe? Então isso ajudou bastante, mas só um ponto que assim que eu entrei na empresa,

Speaker:

eu vim trabalhando assim desde então, e trabalho até hoje, sabe?

Speaker:

Tipo, em comunicação em inglês, em, sabe, como você de fato estrutura as suas ideias assim,

Speaker:

que pra mim como produtor é uma coisa super importante.

Speaker:

Mas no começo do processo, o importante foi passar a mensagem e aí se deu pra fazer.

Speaker:

Hum, é interessante. Então a tua chefe aí, ela é brasileira?

Speaker:

É, a minha chefe é brasileira. Também em Copenhague? Também em Copenhague, é.

Speaker:

Ah, isso já ajudou um pouco, né? Deixou um pouco mais tranquilo.

Speaker:

Nossa, muito, muito cara. Ajuda muito, principalmente pra gente identificar esses pontos de melhoria

Speaker:

para mim de carreira e tal, então isso ajuda bastante.

Speaker:

Music.

Speaker:

Passar agora para o momento de decidir mudar porque teve pelo menos uma resposta positiva tu teve né e aí tem que planejar com esposa, filho, aí tem,

Speaker:

patch, então como que foi isso?

Speaker:

É cara, foi assim, a gente eu recebia a resposta positiva de tipo, eu ia começar na empresa, acho que isso foi em novembro, e aí existia uma necessidade da

Speaker:

empresa de eu começar rápido assim, tipo, antes de o visto ser aprovado, residência e tal, então,

Speaker:

eu comecei, eu entrei na empresa trabalhando remoto em dezembro, e só me mudei para cá em março, eu,

Speaker:

Eu recebi, vamos dizer assim, a carta de residência de aprovação, acho que foi, sei lá, no começo de final de janeiro, eu acho, começo de fevereiro, e aí foi isso, assim, foi tudo bem rápido, na real, porque o ponto é uma coisa, beleza, comecei a trabalhar, eu assinei um contrato com a empresa, que eu fui contratado pela empresa do Brasil,

Speaker:

para, enquanto o processo de vista estava acontecendo, eu poder trabalhar, já poder contribuir com o time.

Speaker:

E aí, assim que eu comecei oficialmente na empresa, a gente começou, né, os trâmites.

Speaker:

Tive que fazer a operação do meu cachorro, da vacina pra poder viajar.

Speaker:

Você começa a vender tudo dentro da casa e você entrega o imóvel que você tá morando.

Speaker:

E aí eu tive mais ou menos esses três meses aí, que foi três meses e meio.

Speaker:

Do momento que eu recebi a resposta positiva, até finalmente vir.

Speaker:

Teve um ponto que, se eu tivesse a cidadania europeia, poderia ter sido mais rápido,

Speaker:

que é a parte de receber o visto de residência, sabe?

Speaker:

Se você é cidadão, você pode até vir pra cá com visto de turista,

Speaker:

chegar aqui no... como chama assim, a parte de... como se fosse um cartório.

Speaker:

E aí você dá a entrada, você é cidadão europeu, tem um contrato de trabalho, vem morar aqui.

Speaker:

Eu precisei fazer isso lá do Brasil, então em dezembro a gente começou esse processo.

Speaker:

A Dinamarca tem um escritório que cuida desse tipo de processo prático pra Dinamarca, Noruega, Suécia, que fica no Rio de Janeiro.

Speaker:

Rio de Janeiro, aí eu fui lá no no Rio de Janeiro nesse,

Speaker:

escritório, fiz biometria, fiz a partir do meu filho, se entrega algumas documentações e tal e aí depois de algumas

Speaker:

semanas eu recebi a a resposta positiva. Então foram uns três meses e meio aí tenso assim de de correria, sabe? Vender tudo,

Speaker:

deixar tudo organizado e tal e depois quando chega aqui tem a que é montar a vida aqui. Cara, qual que é a sensação da casa esvaziar, né?

Speaker:

Tu falou que tem que vender tudo aí e tu tá ainda nessa expectativa, se vai ou não vai, né?

Speaker:

Porque você tem que esperar chegar a aprovação desse cartório, vamos dizer.

Speaker:

É. Ah, cara, é uma sensação engraçada assim, sabe? Tipo, acho que vai começando a se tornar realidade, sabe?

Speaker:

As coisas pra você comprar, minha casa vai ficando vazia, você vai vendendo as coisas e tal. e tal.

Speaker:

Por um lado é bom de tipo, você começa a fazer as coisas antes e não deixar tudo pra última hora, né?

Speaker:

Porque aí você não tem o que fazer com as coisas, aí tem que ficar dando, arrumando gente pra levar e tal.

Speaker:

Então, por esse lado é bom, mas dá aquela sensação de, putz, é agora, né?

Speaker:

Realidade e agora que a gente tá se mudando mesmo. Então, acho que a expectativa só vai aumentando conforme as coisas vão...

Speaker:

Você vai se desfazendo de tudo no Brasil.

Speaker:

E agora pensando na tua chegada aí, na parte do trabalho, eu queria saber como foi teu processo de on-board com o time,

Speaker:

como que tu começou o trabalho em si.

Speaker:

Novamente, é um contexto diferente, tu tá em outro país, agora tu não tem tua chef só pra falar inglês,

Speaker:

inglês quando foi na entrevista e agora é hora de começar o trabalho em inglês e provar o trabalho

Speaker:

nessas primeiras semanas também. Como que foi isso? Eu acho que uma coisa me ajudou que foi ter

Speaker:

começado lá do Brasil então começar a conhecer o time de casa sabe participar das cerimônias do

Speaker:

time e tal isso eu acho que foi uma coisa que me ajudou não fez eu chegar aqui com a sensação de

Speaker:

conhecer as pessoas por um outro lado 70 80 por cento do meu time não trabalha aqui em Copenhague

Speaker:

o nosso o time técnico quase todo na Ucrânia então a galera não tá presencialmente no escritório.

Speaker:

Sabe então ainda teve isso de a diferença foi que eu comecei a trabalhar no mesmo horário no

Speaker:

horário praticamente uma hora só de diferença que ele sabe agora é teve o

Speaker:

lance de desenvolver desvoltura assim no inglês sabe de se sentir mais confortável ou menos confortável sabe com apresentar as coisas e com conduzir

Speaker:

facilitar reunião e tal então tipo isso foi uma jornada que acho que está sendo

Speaker:

ainda até hoje assim já melhorou bastante mas é quando você chega aqui que realmente as coisas mudam assim sabe então tive esse tempo de ajuda aí

Speaker:

Mas na prática, ao vivo, foi quando as coisas começaram que eu cheguei aqui.

Speaker:

A gente dá sorte de ter pessoas distribuídas, tem gente que tá em Berlim, tem gente que tá na Ucrânia,

Speaker:

tem gente que tá na Polônia, então isso é uma coisa que a gente lida normalmente, do time distribuído.

Speaker:

E tu lembra o que foi a primeira coisa que tu teve que começar a fazer?

Speaker:

Duas coisas, né? O processo de on-board, tipo, tu passou aquelas, sei lá, primeiros dias aprendendo sobre a empresa, etc.

Speaker:

Ou tu já caiu direto com o teu time pra trabalhar com eles?

Speaker:

É, eu comecei a fazer on-boarding, tipo, falando com as pessoas, conhecendo sobre as áreas da empresa e tal.

Speaker:

Só que eu entrei no meio de um projeto já que, tipo, tava pegando fogo, assim, sabe?

Speaker:

Tava indo pra produção, uma migração que a gente tava fazendo, sabe, a minha área de negócio ela vem de uma aquisição de uma outra empresa e tal

Speaker:

e a gente tava no momento de descontinuar esse outro produto e todo mundo passar a usar o nosso produto da SumUp mesmo.

Speaker:

Então foi meio que chegar no olho do furacão assim, cara, acho que foi real, assim, foi muito de...

Speaker:

Acho que por um lado foi legal que eu já consegui ajudar o time, consegui tocar algumas coisas,

Speaker:

identificar alguns gaps onde eu poderia ajudar, porque a minha chefe, antes de eu chegar,

Speaker:

ela estava fazendo um trabalho de dois pianos, e aí eu cheguei junto com um outro gerente de produto,

Speaker:

e aí a gente chegou e começou a tocar essas frentes separadas, sabe?

Speaker:

Então já cheguei naquela de precisar fazer ao vivo assim e precisar já começar a ajudar o time, sabe.

Speaker:

Tem a complexidade que é um produto financeiro que eu trabalho, eu trabalho com produtos de invoices.

Speaker:

Então, cara, tem muita coisa específica assim de regulação, de compliance, regras específicas por países

Speaker:

que por mais que eu quisesse, cara, ler tudo nas primeiras duas semanas, não adianta, na prática eu não ia aprender as coisas, sabe?

Speaker:

Precisava de um tempo mesmo pra tocar, mas, cara, também tive muita ajuda aqui do time,

Speaker:

tenho muita sorte assim de trabalhar com um engineering manager que é muito bom também,

Speaker:

tenho muito tempo de empresa, então também tive bastante ajuda nesse sentido.

Speaker:

Que legal. E como que é trabalhar com esse time internacional aí?

Speaker:

O que você sentiu diferente, mesmo remotamente, de cultura de trabalho?

Speaker:

É, cara, acho que principalmente remotamente é o nosso ponto assim que é desafiador, porque a gente,

Speaker:

como eu falei, a maior parte do time tá na Ucrânia e desde que começou a guerra a gente não viu os caras presencialmente, assim,

Speaker:

Eles não puderam sair do país estão lá até hoje porque isso acontecia assim alguns off sides e aí de vez em quando todo mundo se encontrava em um país.

Speaker:

Só que todo o time que está na Ucrânia está lá desde que a guerra começou sabe.

Speaker:

Então o desafiador para a gente é ter esses momentos fora de trabalho fora de alguma reunião que a gente consiga se se conectar assim sabe.

Speaker:

É uma coisa que eu vejo muito que você fala, às vezes, nos episódios de fazer happy hour com o time

Speaker:

ou tem aquela semana que todo mundo se encontra pro off-site, aí almoça junto e tal.

Speaker:

Nesse sentido, é mais difícil de se conectar com essas pessoas.

Speaker:

Além disso, tem as diferenças culturais, né, que cada pessoa de lugares tem forma de trabalho diferente.

Speaker:

Então, tudo isso entra na conta. Mas eu acho que uma coisa que eu senti muito na SunMap, cara, é que tem gente de todo lugar do mundo,

Speaker:

com culturas muito diferentes e times muito diversos, então acho que todo mundo tá nessa,

Speaker:

E aí acaba, eu acho, conseguindo criar um balanço legal e um respeito muito bacana.

Speaker:

Mas pensando na galera da Ucrânia, né, Slávicos, acho que a gente tem talvez menos contato no Brasil, assim, o que tu sentiu de mais diferença trabalhando com eles ou nada?

Speaker:

Ah cara, eu acho que a diferença do pessoal da Ucrânia pra gente do Brasil é que eles são muito mais direto ao ponto, assim, sabe, são muito mais pragmáticos e não tem muito o que a gente tem no Brasil, sabe, de

Speaker:

aqueles 5, 10 minutos antes da reunião, conversar e pô, e aí, como é que estão as coisas e não sei o quê.

Speaker:

Eu acho que essa é a principal diferença, assim, pra gente.

Speaker:

Que é uma coisa que, por exemplo, no meu time, quando eu entrei, tinha uma pessoa da França também.

Speaker:

Então, tipo, a gente se conectava bastante por isso, que era mais parecido nesse sentido, sabe?

Speaker:

Só que é aquilo, é diferente inicialmente, sabe? Conforme você vai trabalhando mais tempo com as pessoas,

Speaker:

você vai criando um pouco mais de afinidade, você vai criando algumas interações sociais

Speaker:

que melhoram, assim, sabe, eu acho que, pro time.

Speaker:

Mas continua sendo diferente, assim, como um todo.

Speaker:

Cada galera tem umas características diferentes, assim, sabe.

Speaker:

E aí a gente vai lidando com elas.

Speaker:

O time vai meio que criando uma unidade assim sabe as coisas que fazem sentido para o time ou que não fazem sentido para o time.

Speaker:

E a gente procura sempre estar todo mês discutindo assim essas coisas sabe para criar o nosso jeito de trabalhar.

Speaker:

E só eles sentem essa diferença assim ou todo mundo não no Brasil sentiu.

Speaker:

Eu acho que só cara eu acho que só porque hoje no meu time como eu falei, a maior parte do pessoal de lá, então acho que a principal diferença que eu vejo é com o time de lá.

Speaker:

E tecnicamente, como tu se sente aí na empresa comparando com o que tu via no mercado brasileiro?

Speaker:

Eu não sei se tu consegue falar pelo mercado daí também, tu já foi para alguns eventos? eventos. Tchau!

Speaker:

É, cara, eu acho que tem uma diferença que eu senti assim na SumUp, eu acho que é muita maturidade assim na SumUp de tecnologia, sabe?

Speaker:

Muita discussão de processos ou discussões de projetos assim, que são bem, muito bem estruturadas, sabe?

Speaker:

E eu vejo muita gente boa, muita gente que faz um trabalho excepcional no sentido de documentação, de processos bem definidos

Speaker:

e pessoas responsáveis pelas coisas com uma certa estrutura que até então eu não tinha visto.

Speaker:

Então isso pra mim foi uma coisa que foi bem diferente, assim, que eu tive que correr atrás bastante, assim, sabe?

Speaker:

Acho que a gente de produto tinha muito essa, assim...

Speaker:

Eu tinha muito isso, assim, né, do Brasil, de que tava sempre apagando incêndio e, sabe, putz, reunião pra caramba e não sei o que e tal.

Speaker:

A principal coisa que eu tive que me adaptar aqui também foi, sabe, eu conseguir ter tempo também, sabe,

Speaker:

pra gerar documentação, pra preparar melhor as coisas que a gente tá fazendo, sabe,

Speaker:

e aí eu acho que isso acaba... é aquele lance de tipo, eleva um pouco assim, eu acho, a barra da gente, sabe,

Speaker:

pra... putz, tá todo mundo fazendo... você sente que, caraca, tá todo mundo um nível acima, assim,

Speaker:

Você precisa meio que correr atrás, assim.

Speaker:

E eu senti bastante isso, assim, na SumUp, sabe? Muita coisa que é, como eu falei, de processo, de documentação

Speaker:

e uma exigência técnica assim bem grande, bem grande.

Speaker:

Isso é bom, não dá para relaxar, quando a gente está no momento, ainda no começo, é uma sensação meio ruim,

Speaker:

tu acha que está sempre atrás, mas ao mesmo tempo é legal porque, principalmente para quem quer crescer na carreira

Speaker:

tecnicamente, acho que é sempre bom quando tu está em volta de um grupo que tu acha que tu tem ainda muito para aprender,

Speaker:

com eles assim, diferente.

Speaker:

Exato. Eu achei excelente isso, cara. Ficava muito assim na minha cabeça, sabe, com esse lance da área de produto, assim.

Speaker:

Você vê gente discutindo em meetup, aí apresentando case e não sei o que lá. Só que acho que na prática, assim, o dia a dia da coisa é um pouco diferente, sabe.

Speaker:

E às vezes eu sentia que eu tava progredindo na carreira, mas o aprendizado não tava seguindo tanto nessa linha assim, sabe?

Speaker:

E aí aqui foi um momento de conseguir dar dois passos pra trás, assim, identificar alguns pontos que eu precisava trabalhar nesses pontos, sabe?

Speaker:

Pra aí sim entrar numa progressão diferente, sabe?

Speaker:

E pra mim, na real, cara, também foi muito bom, porque eu não tava trabalhando diretamente com um time de produto,

Speaker:

tipo, time de tecnologia, sabe, ter vários devs no time e tal, já tinha, sei lá, quase três anos.

Speaker:

Eu trabalhei em consultoria antes, então eu tava sentindo muita falta disso, sabe?

Speaker:

Teve esse momento também de eu voltar pra um dia a dia de tecnologia e discussões mais

Speaker:

aprofundadas tecnicamente, entendeu?

Speaker:

Então teve um pouco disso também. Costoria é legal porque tem várias coisas diferentes, né?

Speaker:

Então tu se põe em vários contextos, mas empresa de produtos tem...

Speaker:

Acho que tem uma diferença de todo mundo tá alinhado na mesma coisa que costoria nem sempre tá.

Speaker:

Eu entendo isso, eu senti também quando eu fiquei um tempo na gostoria e depois fui para produto.

Speaker:

E não dizendo qual é o melhor ou o pior, porque na real eu gosto dos dois, mas,

Speaker:

a sensação de estar a empresa inteira com a mesma meta é muito mais legal de trabalhar,

Speaker:

muito mais fácil às vezes de falar com as pessoas.

Speaker:

É, eu penso de uma forma parecida, mas eu tenho para mim que o que eu gosto mesmo é

Speaker:

de trabalhar na empresa, é uma coisa que com consultoria às vezes eu ficava um pouco frustrado

Speaker:

que era com a falta de conseguir dar continuidade com os projetos, a falta de ter um espaço para,

Speaker:

tomar decisões e mudar caminhos ao longo do projeto porque às vezes uma coisa que foi vendida

Speaker:

a gente precisava entregar alguma coisa no final do projeto e aí acho que você tem menos espaço

Speaker:

para essas pivotadas assim, enquanto você está fazendo produto dentro da empresa,

Speaker:

eu acho que você tem muito mais gestão e capacidade de impactar nessas coisas, sabe,

Speaker:

mudança de direção e tal.

Speaker:

Isso é uma coisa que eu gosto mais, que olhando para trás acontece com bastante frequência.

Speaker:

E sobre a cidade agora, novamente tu mudou nesse contexto com tua família inteira, né,

Speaker:

E acho que o mais legal é que já passou um ano aí então já conseguiu viver todas as diferenças de estações temperatura.

Speaker:

Então como está sendo morar em Copenhague com o que tu esperava durante aquele período estava pesquisando.

Speaker:

E na realidade o cara eu.

Speaker:

Agora que eu posso falar que já passou o inverno a gente está tendo dia de sol quase todo dia.

Speaker:

Mas acho que a gente se adaptou bem aqui, a gente conseguiu encontrar um lugar bacana pra morar

Speaker:

eu moro a 18 minutos de bike do meu escritório, é super perto, é um lugar bem localizado

Speaker:

então acho que a gente deu sorte nesse sentido, é bem difícil de encontrar apartamento

Speaker:

tem gente que fica, sabe, pesquisando por muito tempo e tal, a gente conseguiu dar uma sorte e achar um lugar legal.

Speaker:

Então, nesse sentido de moradia, a gente tá bem, é lógico que paga-se por isso, né, paga muito caro assim,

Speaker:

pra poder morar mais perto da cidade. Eu nem sei se eu faria a mesma coisa hoje, se eu fosse escolher,

Speaker:

Talvez eu iria morar num lugar um pouco mais longe pra gastar um pouco menos com o aluguel.

Speaker:

Então, enfim, é um dos aprendizados, né. Eu tô preso no lugar, já falei no outro episódio, mas eu tô preso no lugar porque

Speaker:

quando eu cheguei era muito caro e foi por um tempo, mas aí os preços estouraram que eu tô num preço,

Speaker:

agora, vai aumentar agora, então agora eu já vou poder, já vou ter coragem de começar a olhar outro lugar,

Speaker:

um pouco mais longe, mas talvez tu vai sentir isso se os preços continuarem aumentando dessa forma, que

Speaker:

É muito caro, mas daqui a dois anos, três anos, tudo em volta já subiu, mas tipo, talvez pela sensação de querer ficar mais próximo do centro, mais próximo das coisas no começo, né?

Speaker:

Exato, foi isso que a gente queria, porque o pensamento foi, a gente não conhece muito bem a cidade.

Speaker:

A minha esposa também, ela veio sem um trampo fixo, então a gente queria ficar perto da cidade pra ela ter mais possibilidade de se movimentar pra tudo quanto é lugar.

Speaker:

Tanto ela como eu também no trabalho, com mais proximidade, entendeu?

Speaker:

E aí o nosso pensamento foi esse, primeiro vamos ficar num lugar mais perto

Speaker:

e aí depois, agora daqui pra frente, quem sabe a gente pode avaliar pra um lugar mais longe.

Speaker:

Mas enfim, essa foi na parte de moradia que a gente teve esse acerto, vamos dizer.

Speaker:

Do outro lado de clima, cara, o inverno de fato foi bem complicado, assim, o inverno aqui é bem escuro,

Speaker:

é muito tempo cinza, tempo de chuva, poucas horas de luz no dia e tal, e é aquilo, né?

Speaker:

Você já faz pouca coisa assim fora de casa, no inverno você faz menos ainda.

Speaker:

E aí foi uma adaptação que a gente precisou passar, sabe?

Speaker:

Foi o primeiro ano, foi complicado e tal, mas a gente sobreviveu, sabe?

Speaker:

Trabalhava e tentei procurar manter uma cadência que a cadência que eu tenho até hoje,

Speaker:

de ir três vezes por semana pro escritório, sabe?

Speaker:

Isso é uma coisa boa pra mim, a minha esposa também trabalhou legal no final do ano, assim,

Speaker:

então isso pra gente foi complicado, foi difícil o inverno, sabe, porque eu tenho

Speaker:

filho também, meu filho não vai mais em parquinho assim quando tava no inverno, né.

Speaker:

Porque é frio demais e tal, mas é aquilo também, todo dia ia pra escola e aí a galera

Speaker:

fala muito aqui de não existe tempo ruim só existe a roupa ruim a galera os

Speaker:

chineses alemão fala isso e é isso você aprende a tá cara tá na chuva tem que

Speaker:

sair de bike e você vai de bike na chuva mesmo e paciência criança vai para a

Speaker:

escola todas as crianças não sei se já viu aquele macacão do corpo inteiro assim,

Speaker:

e aí vão para a escola com esse macacão e é isso assim você vai se adaptando

Speaker:

assim os prós olhando pra trás assim os prós eles são melhores assim do que os

Speaker:

contras sabe então é a adaptação que você passa por ela e e vai uma hora você

Speaker:

chega. Mas o que tu conseguiu fazer no inverno? Dava ainda pra sair? Tinha alguma coisa que tu conseguia fazer com teu filho?

Speaker:

Sabe algum programa assim pra ele existir? Porque na escola deve ter né? Na escola

Speaker:

Eu acho que eles já estão adaptados para isso, então eles não vão parar de ter educação física pelo inverno, mas tu conseguia também?

Speaker:

A gente fazia algumas coisas mais em lugar fechado, aqui tem como se fosse um parque de criança, que é um lugar fechado, que a gente ia.

Speaker:

Uma coisa que o pessoal faz muito aqui em Copenhague, ainda mais família que tem filho, é comprar o Saison Péza,

Speaker:

um ingresso que você compra que te dá direito a ir no lugar

Speaker:

ilimitadamente pelo ano inteiro.

Speaker:

E aí a gente tem o Season Pass do zoológico, então a gente pode ir sempre no zoológico de graça,

Speaker:

só paga se consumir alguma coisa lá dentro.

Speaker:

Tem o Tívoli, que é como se fosse um parque de diversão aqui em Copenhague, a gente também tem o Season Pass.

Speaker:

Então é isso, a gente enquanto pais vai criando essas atividades que mesmo com o inverno a gente faz assim.

Speaker:

Tem também aqui piscinas públicas que são fechadas, então no inverno fica com aquecimento e tal.

Speaker:

Você até paga um valor, que você pode pagar ou num valor assim no dia assim pra usar,

Speaker:

ou você pode também comprar o Saison Pé, sabe.

Speaker:

Então também teve dia que a gente foi e tal. E tirando isso, é encontro com os amigos assim,

Speaker:

alguns amigos brasileiros que a gente já fez na casa dos amigos.

Speaker:

Outro dia os amigos vêm na nossa casa e tal.

Speaker:

E é isso assim. Foram esses tipos de atividades que a gente fez.

Speaker:

Legal e cara que dá pra fazer aí no geral tirando o inverno.

Speaker:

Tu falou muito de bicicleta né. Até tu falou que vai trabalhar de bicicleta então dá pra ver que,

Speaker:

tu comentou também no começo que tem bastante ciclovia. Mas no geral, o que são os maiores atrativos da cidade?

Speaker:

Cara, eu acho que é um atrativo não só da cidade, assim, mas do estilo de trabalho dinamarquês

Speaker:

é que tem um grande balanço, assim, sabe, entre vida pessoal e vida profissional.

Speaker:

Eu também vejo a galera... falou bastante disso, assim, de outros países nos episódios, né.

Speaker:

E eu acho que é muito parecido, assim, cara.

Speaker:

Dão quatro horas da tarde e todo mundo precisa pegar filho na escola, precisa buscar e é isso assim, o dia acaba assim, sabe?

Speaker:

E não tem aquela pressão que a gente tem no Brasil sobre ficar até mais tarde.

Speaker:

É estranho você ficar até mais tarde, sabe? No escritório trabalhando e tal.

Speaker:

Então isso é uma coisa assim, normal pra Dinamarca, sabe? Outro ponto é a gente já falou a gente falou de bike de transporte.

Speaker:

Isso é muito bom assim muito segurança a sinalização nas ciclovias entendeu.

Speaker:

Até se você não tiver a sua bike você tem acesso a um valor super acessível você conseguir assinar,

Speaker:

como se fosse uma empresa que você tenha a sua bike ali todo mês e aí a manutenção inclusa sabe tudo pensado,

Speaker:

pra que as pessoas andem mais de bike assim sabe, você conversa com dinamarquês é muito comum que durante a semana de segunda a sexta, por mais que as vezes algumas pessoas tem carro, segunda a sexta ninguém usa carro assim sabe, pra trabalhar, pra escola e tal,

Speaker:

É, bike ou ônibus ou trem, entendeu? Tem uma coisa aqui que é muito bom de transporte, cara, que é...

Speaker:

Eu não sei se eu falei disso, mas é a integração de um transporte com o outro, sabe?

Speaker:

Você facilmente conseguir...

Speaker:

Cara, você tá andando de bike, você não paga pra você levar sua bike no trem,

Speaker:

tem bastante espaço pra deixar as bikes no trem, sabe?

Speaker:

Aí no metrô tem os horários que são os quais que você pode entrar com o bike, entendeu?

Speaker:

Então existe esse cuidado assim, sabe, pra ter não só a estrutura de ter os modais,

Speaker:

mas que eles sejam adaptados assim, sabe, pra você conseguir fazer as coisas.

Speaker:

E aí é aquilo, né, bike, quem gosta de bike também, muita gente não só usa como

Speaker:

um transporte assim, sabe, mas também, sabe, pra treinar, pra andar de bike em grupo e tal.

Speaker:

Muita gente fazendo isso então isso é uma coisa que você vê bastante aqui agora que

Speaker:

o tempo vai ficando bom né primavera verão tal a galera assim depois do trabalho assim

Speaker:

às vezes faz alguma atividade na semana que vem o pessoal do meu trabalho vai se encontrar

Speaker:

para jogar tênis sabe é tipo tênis mas é aquele pedro sabe com aquela raquete de

Speaker:

Sim, isso é uma febre aqui também.

Speaker:

Minha equipe da Espanha joga isso toda semana também.

Speaker:

É, então é isso assim, acho que são essas coisas mais ou menos que estão envolvidas.

Speaker:

Mas é bem massa cara, acho que a gente passou esse primeiro ano assim e conseguindo se estabelecer bem.

Speaker:

E o que tu tá achando difícil em morar aí?

Speaker:

Normalmente esse ano... tu falou do inverno, beleza, o inverno eu já imaginava, mas eu fiquei até surpreso, assim, não surpreso, né, porque se o país tem um inverno tão frio, ele tem estrutura, então, beleza, mas isso ajuda, mas o que mais, assim, é difícil dessa vida de imigrante aí na Dinamarca?

Speaker:

Cara, acho que a principal dificuldade, principalmente pra gente que tem filho, é a falta de uma rede de apoio, assim, sabe?

Speaker:

Por mais que agora a gente já tem amigos e consegue ter um pouco mais, não é a mesma coisa que a gente tinha no Brasil, sabe?

Speaker:

Você precisa de alguma ajuda, de família e tal, você sempre tem isso, sabe?

Speaker:

Então, eu acho que essa é a principal dificuldade que eu vejo de morar fora, assim, sabe?

Speaker:

Você tá distante da tua família, da tua rede de apoio, seja ela amigos ou família.

Speaker:

E aí é meio que você e o teu parceiro ou a tua parceira tem que dar um jeito de fazer

Speaker:

as coisas assim, sabe.

Speaker:

Na prática fica mais difícil assim, às vezes, geralmente, né, você vai sair muito

Speaker:

menos, que é o que acontece com a gente, sabe.

Speaker:

Então, você tem, acho que, menos tempo, vamos dizer assim, de fazer algumas coisas

Speaker:

porque você precisa se adaptar mas é aquilo vai construindo

Speaker:

também uma rede de apoio nova e aí quem sabe vai amenizando um pouco mas essa eu acho que é a principal principal dificuldade

Speaker:

assim a falta de uma rede de apoio e tu acha fácil fazer amizade aí com os dinamarqueses.

Speaker:

Não cara não é que é bem difícil.

Speaker:

Uma coisa que eu já tinha ouvido falar assim e eu senti bastante.

Speaker:

Primeiro que tem um pouco de dinamarquês na Samap, 95% das pessoas que estão no escritório da Samap não são dinamarqueses, então começa por aí assim.

Speaker:

Segundo que, por mais que às vezes quando tem dinamarquês, é aquilo né cara, a galera morou aqui a vida inteira, eles têm os amigos deles, eles já têm a vida deles e são um povo naturalmente mais fechado,

Speaker:

então é um pouco mais difícil, sabe, de você furar essa bolha.

Speaker:

De criar, de ter amizade com alguém. Acho que até rola, mas demora, demanda um pouco mais de insistência.

Speaker:

E a tendência do que eu vejo é todo mundo que é de fora acabar fazendo mais amizade com quem também é de fora,

Speaker:

sabe, que tá numa caminhada parecida.

Speaker:

Tuas amizades aí são mais com os brasileiros ou teve mais alguém de fora aí que tu conseguiu?

Speaker:

Cara, mais com brasileiros assim e também algumas outras pessoas do trabalho.

Speaker:

No meu trabalho também tem português, tem uma pessoa do Egito que é bastante amigo assim,

Speaker:

um espanhol que também é muito amigo.

Speaker:

Então minhas amizades são praticamente todas ou brasileiro ou é gente de fora assim.

Speaker:

Sim, amizade é uma das coisas mais complicadas morando fora assim, ainda mais com família, né.

Speaker:

Porque quando você está sozinho, você consegue ir para qualquer rolê aleatório e ajuda.

Speaker:

Mas com família você tem algumas limitações e prioridades diferentes.

Speaker:

É um monte de vida diferente.

Speaker:

Cara, mais uma coisa que eu lembrei é que a gente falou de dificuldades.

Speaker:

Um ponto que eu passei por um pouco de perrengue aqui foi para entender um pouco mais do sistema de imposto.

Speaker:

Sabe o que que de imposto é cobrado na tua folha salarial tal eu por exemplo o

Speaker:

que aconteceu comigo por um detalhe eu deveria ter me cadastrado no sistema de

Speaker:

imposto daqui pra eu ter o meu cartão de imposto não fiz esse cadastro e aí por

Speaker:

três meses eu fiquei sendo taxado na alíquota máxima de imposto 55% do meu

Speaker:

salário bruto então o normal deveria ser 38 imagina se acabou de se mudar se

Speaker:

acabou de dar uma entrada altíssima num apartamento e ainda passar por três meses.

Speaker:

Sendo taxado no imposto alto. Cara, até resolver isso, até eu entender qual foi o problema que tinha sido feito,

Speaker:

então teve muito, sabe, ir de volta, e aí falava com o pessoal do SCAT,

Speaker:

que é o órgão aqui de imposto, e aí da minha empresa, até entender onde que estava errado,

Speaker:

isso foi difícil, assim, sabe? Então é uma coisa que eu indico bastante pra galera,

Speaker:

Cara, lê ao máximo sobre os detalhes e essas nuances de imposto, o que você precisa se cadastrar, se você é cidadão europeu, o que você precisa fazer

Speaker:

Porque acho que o melhor caminho é conversar com pessoas que já passaram por isso

Speaker:

Porque essas pessoas, naturalmente que nem eu, vão ter passado por alguns probleminhas assim, sabe

Speaker:

Então isso é uma coisa pra se atentar, porque pode ser bem complicado e não só no salário, como também na hora de declarar o imposto de renda, né, vamos dizer assim.

Speaker:

Então, também tem que ter toda essa atenção a esse detalhe, porque se imagina que,

Speaker:

pra mim, pô, eu vivi dez anos no Brasil, quase dez anos no Brasil, trabalhando, declarando imposto,

Speaker:

do jeito que era no Brasil, sabe, uma coisa mais ou menos automatizada, chegou aqui e as coisas são diferentes.

Speaker:

E aí você, em um ano, aprender tudo que você aprendeu no Brasil em vários outros anos,

Speaker:

Não é tão rápido, então acho que vale a galera se atentar a esse detalhe.

Speaker:

Mas tu conseguiu reembolso disso? Eu consegui.

Speaker:

O que eles fazem é que à medida que identificaram isso que foi taxado errado,

Speaker:

eles ainda dentro do ano ou quando fechar o ciclo de imposto você vai receber uma restituição muito grande ou que foi o meu caso

Speaker:

eu tive desconto de imposto em outros três ou quatro meses.

Speaker:

Então eles vão vamos dizer assim dando uma amenizada no imposto que te cobra, porque cobrou muito lá atrás.

Speaker:

E essa é uma coisa importante mesmo, porque eu conheço algumas pessoas que esqueceram também de fazer um cadastro aqui, que é...

Speaker:

Dependendo da profissão, você tem um desconto gigante, que é tu fixa o teu imposto em 20%, não lembro, beleza.

Speaker:

Mas quem quiser pode pesquisar por residente não habitual, que é como eles chamam aqui.

Speaker:

Só que se tu passar do prazo, acabou, sabe. E esse desconto vale por alguns anos.

Speaker:

E pô, tu pode ter pessoas pagando 40% de imposto porque não fez isso, sabe.

Speaker:

E é uma coisa que tu tem que fazer quando chega.

Speaker:

É legal quando algumas empresas têm algum guiazinho, né? A minha acho que tinha.

Speaker:

Eu acho que isso tava lá, não sei, mas como tem vários brasileiros na empresa, me deram um toque antes.

Speaker:

Mas pra quem não tem, é bom sempre procurar grupos, sei lá, e perguntar quais são as

Speaker:

primeiras coisas que tem que saber sobre imposto, pagamento.

Speaker:

É, eu também, a minha empresa também não tinha esse conhecimento, porque eu fui a primeira

Speaker:

pessoa que eles, não residente, não cidadão europeu, que eles patrocinaram o visto pra

Speaker:

vim pra cá então teve muita coisa que meio que eu aprendi comigo assim fazendo sabe aí agora sim

Speaker:

sei lá três meses atrás o que eu fiz eu escrevi um guia assim sabe sobre como foi esse processo

Speaker:

pra mim o que fazer o que não fazer pra ajudar lá na frente se alguém for passar por um processo

Speaker:

parecido assim, mas como eu fui o primeiro não tinha muito como alguém me ajudasse.

Speaker:

Cara, tu não quer compartilhar esse guia não? Sei lá, no LinkedIn, por exemplo.

Speaker:

É, uma boa, uma boa. Posso compartilhar.

Speaker:

Ah, sim. Então vai estar no teu LinkedIn e eu coloco o link na newsletter quando o episódio sair

Speaker:

também sobre esse guia.

Speaker:

Acho que é útil. O problema é, as pessoas tem que usar como um guia e pesquisar

Speaker:

porque ele fica desatualizado às vezes, né?

Speaker:

Principalmente de ano pra ano. É, eu preciso atualizar ele porque meio que fiz, tipo, deixando

Speaker:

confluência da empresa, pensando para uma pessoa que é dessa mapa assim sabe então eu preciso dar uma atualizada nele para ele ficar mais genérico.

Speaker:

É legal mas se tu fizer até lá vai estar na newsletter. Olha aí nos comentários que vai estar o link.

Speaker:

Cara então é isso. Valeu. Segundo episódio ficou felizão. Sempre legal ter pessoas que não trabalhou junto mas a gente já se conhecia lá de Santos tem os amigos em comum,

Speaker:

também, pegou muito fretado junto aí naquela Vida Santo São Paulo. Que loucura, né?

Speaker:

Vida bandida, entrando todo dia na Caixa Preta e saindo depois de duas horas e meia lá em São Paulo.

Speaker:

Cinco horas de trânsito. É foda, cara. Mas, pô, valeu demais pelo convite. É sempre muito bacana, assim, trocar ideia.

Speaker:

A gente vê os amigos que começaram também numa caminhada parecida assim lá atrás e

Speaker:

Hoje a gente vai ainda até hoje mantendo esse contato do jeito que dá e enfim espero que seja legal assim que ajude outras pessoas que estão participando

Speaker:

estão pensando e entrar nessa jornada e que vale a pena.

Speaker:

Sim a gente se conheceu quando tu me deu carona. Tu falou que conheceu o Gabriel Lima no Blá Blá Car que ele te levou.

Speaker:

Acho que a gente se conheceu quando tu me deu carona de Praia Grande para Santos.

Speaker:

É porque eu fui dar aula de Scrum. É isso aí.

Speaker:

12 anos atrás? 10 anos atrás? Na FATEC PG, se foi dar um curso de Scrum.

Speaker:

Tu falou, tá voltando pra Santos?

Speaker:

Pô, também tô e me deu uma carona pra lá, é, pode crer.

Speaker:

Pô, faz tempo, hein?

Speaker:

Faz tempo, faz tempo.

Speaker:

Mas e onde o pessoal te encontra, né? Se eles quiserem ver, quando tu postar lá esse guia aí

Speaker:

sobre o que fazer quando chegar, onde o pessoal pode te encontrar?

Speaker:

LinkedIn, cara. No LinkedIn, Gabriel Gomes. Depois eu te passo o link, mas é só me adicionar também.

Speaker:

Eu também uso o Twitter, é o Gabriel Gomes, depois eu te passo e, cara, tô à disposição aí.

Speaker:

Quem quiser mandar mensagem, trocar ideia, tô sempre por aí.

Speaker:

Tá, eu tenho os dois, então vão estar todos os links aqui na descrição.

Speaker:

E aí, Gabriel, brigadão novamente.

Speaker:

Cara, bom te ver e certeza que a gente se encontra pessoalmente aí em algum momento, né?

Speaker:

Sempre viajando, então quando estiver próximo daí eu te dou um toque.

Speaker:

E mano, vamos marcar mais episódios, vamos ver se a gente faz um ou outro, eu, tu, Gabriel, Lima e o Vinícius também, né?

Speaker:

Se eles aparecerem no horário, porque como tu falou, tu já conhece o Vinícius antes de mim, né? Vocês já eram amigos antes.

Speaker:

Eu já sei, não, o Vinícius tá me devendo um churrasco, acho que já deve ter uns 4 anos só, pra você ter uma ideia, então é enrolado.

Speaker:

Mas vamos marcar sim, cara, tô à disposição. Trocar ideia é sempre engraçado, no mínimo.

Speaker:

Cara, esses episódios com eles, tipo, a gente grava 3 horas e 50 minutos vai pro ar, porque a gente começa a falar de trabalho antigo,

Speaker:

eles citam nome de pessoa, não sei o que, eu falo, galera, calma, vocês vão ficar com vergonha depois do que vai pro ar, mas é sempre legal.

Speaker:

Então demorou, cara, até mais, vai lá aproveitar, né. Acho que pra gente que tem o inverno, pra você principalmente,

Speaker:

mais puxado. Primavera, eu já falei para algumas pessoas, mesmo em Portugal a primavera

Speaker:

para mim se torna um dos melhores meses, porque é muito temperatura baixa e o dia cinza que

Speaker:

tu vê uma flor, uma cor diferente na rua, uma sensação maravilhosa. Então vai lá

Speaker:

aproveitar e até a próxima.

Speaker:

Fechado, até a próxima Gabriel. Valeu demais cara, um abraço.

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