Shownotes
Neste Maré Alta, uma mulher que traz desde muito nova o sentido de justiça e liberdade a correr-lhe nas veias.
Na casa de seus pais, respirava-se revolução, muito antes da revolução. E, apesar de estarem sempre sob o olhar atento (mas muito limitado) de observadores do Estado, os pides, por esta moradia passaram muitos opositores ao regime, nela se realizaram muitas reuniões clandestinas e nela também se aprendeu o verdadeiro valor da liberdade, da democracia e o significado da luta, fosse qual fosse o preço a pagar.
“Tínhamos uma casa muito grande. Tinha 12 quartos. E tinha um salão. E nesse salão, reunia-se a juventude que estava ávida de saber coisas. Encontravamo-nos todos lá, para falar dos vários assuntos. Discutir Arte, Cultura. O Dr. Ribeiro da Silva fazia lá colóquios, o Soares pintor fazia lá as suas exposições, O Couraçado Potemkine foi lá exibido. O meu pai era militante do MUD juvenil desde os 17 anos. Depois, militante do Partido Comunista Português. Entrou nas campanhas do Humberto Delgado, do Ramos Pereira…Antes do 25 de Abril, a nossa casa, na altura das Legislativas, tinha nas varandas os cartazes todos dos candidatos da oposição”.
Teresa Freitas, no Maré Alta, o podcast do 25 de Abril, a partir do Alto Minho.
25 de Abril SEMPRE!