Nos Estados Unidos, a doutrina Run - Corra, Hide – Esconda-se, Fight - Lute, foi difundida pelo Departamento de Segurança Interna como estratégia oficial de sobrevivência. No entanto, pouco se discute sobre suas limitações, adaptações necessárias a diferentes contextos culturais e institucionais e sobre as lacunas de proteção inteligente que podem fazer a diferença entre a vida e a morte em situações críticas. Para esclarecer sobre essa temática, trago a primeira parte da conversa com WESCLEY GARRET, policial penal, pesquisador e autor do livro “Active Shooter – Run, Hide, Fight: Do Departamento de Segurança Interna dos EUA ao Brasil – O Que o Governo Americano Não Conta Sobre Proteção Inteligente em Situações Críticas”. Nesta obra, nosso convidado nos provoca a refletir sobre como o Brasil pode – e deve – adaptar conceitos internacionais à nossa realidade, sem cair na armadilha de importar modelos sem a devida análise crítica.
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Honoráveis Ouvintes! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião! No conteúdo de hoje, vamos abordar o primeiro capítulo de um tema que, infelizmente, tem se tornado cada vez mais presente no cenário da segurança pública global, os atiradores ativos, conhecidos popularmente como Active Shooters.
Nos Estados Unidos, a doutrina Run - Corra; Hide - Esconda-se; Fight - Lute, foi difundida pelo Departamento de Segurança Interna como estratégia oficial de sobrevivência. No entanto, pouco se discute sobre suas limitações, adaptações necessárias a diferentes contextos culturais e institucionais e sobre as lacunas de proteção inteligente que podem fazer a diferença entre a vida e a morte em situações críticas.
Para esclarecer sobre essa temática, tenho a satisfação de receber Wescley Garrett, policial penal, pesquisador e autor do livro "Active Shooter - Run, Hide, Fight. Do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos da América ao Brasil - o que o governo americano não conta sobre proteção inteligente em situações críticas".
Nesta obra, nosso convidado nos provoca a refletir sobre como o Brasil pode - e deve - adaptar conceitos internacionais à nossa realidade, sem cair na amadilha de importar modelos sem a devida análise crítica!
Saudando-o com satisfação Wescley, dou-lhe as boas-vindas com a imensa gratidão por você ter aceitado o convite para compartilhar conosco tua vivência e reflexões. Honrado com a sua participação, meu caro, percebo que o conteúdo do seu livro dialoga diretamente com uma realidade de crescente violência, não apenas em escolas e espaços públicos, mas também em ambientes institucionais. O que te motivou a escrever esta obra e quais lacunas você identificou no debate brasileiro sobre atirador ativo que o levaram a problematizar o modelo norte-americano do "corra, esconda-se, lute"?
CONVIDADO:Dr.Clark; antes de qualquer coisa eu preciso dizer que é uma honra estar aqui! Receber esse convite vindo do senhor, que tem uma envergadura profissional impecável e uma trajetória de dar inveja, é algo que realmente me enche de gratidão! E não posso deixar de agradecer também a essa audiência maravilhosa que dedica seu tempo para refletir sobre um tema tão delicado e também urgente! Muito obrigado pela confiança e pela escuta atenta! Agora, indo direto à sua pergunta, essa obra não nasceu apenas de uma pesquisa acadêmica ou de um projeto profissional. Ela nasceu de uma vida inteira de observação, de experiência e de uma indignação que foi crescendo em mim ao longo dos anos. Eu cresci em um Brasil onde a violência nunca foi distante. Ainda, quando menino, lembro de ouvir meu pai dizer para nunca andar pelo mesmo caminho, nunca confiar demais na rotina, não confiar em pessoas que viessem me oferecer alguma coisa, algum desconhecido! Bom, na época parecia apenas um zelo de um pai mas, hoje, entendo; ele já estava intuitivamente me ensinando algo que, somente anos depois, eu daria um nome de "proteção inteligente". Foi essa percepção que me levou a escrever o livro porque, cada vez mais que uma tragédia acontecia, como em Realengo ou em Suzano, em Blumenau-Santa Catarina, o Brasil chorava, a mídia repercutia, mas o debate era sempre, de verdade, incompleto! Falava-se do agressor, das armas e até mesmo dos traumas, ma, quase nunca, se perguntava: e as vítimas? Elas sabiam o que fazer? Elas tiveram alguma chance real de sobreviver? Bom! Ao mesmo tempo, eu vi um modelo americano do "Run - Hide - Fight" sendo tratado quase como uma fórmula mágica! Aplique aqui e tudo vai dar certo! Mas, minha experiência me dizia outra coisa. Copiar esse modelo sem adaptação poderia ser perigoso! E eu vou explicar porquê. Porque o Brasil não tem a mesma infraestrutura, a mesma cultura de prevenção, a mesma capacidade de resposta das forças policiais! Aqui, correr pode significar se prender em um beco sem saída! Esconder-se pode ser se trancar em uma sala sem chave! E lutar pode significar colocar pessoas comuns, sem preparo, diante da própria morte! E foi, então, que a lacuna ficou clara! Não temos protocolos nacionais, não temos treinamento padronizado, não temos, sequer, uma linguagem comum sobre ataques ativos! E o resultado é que, quando o pior acontece, nossa reação quase sempre é improvisada. E aqui eu vou destacar: o improviso em situações críticas é, verdadeiramente, sinônimo de tragédia! Eu costumo dizer que a ausência de preparo é tão letal quanto o ataque em si, porque quando o primeiro disparo acontece, não há tempo sequer para pensar, só para executar aquilo que já foi treinado! E, depois do lançamento do livro, tive a confirmação de que essa reflexão era urgente. Professores me escrevendo dizendo que tinham percebido como a sala de aula deles poderia virar uma armadilha sem um plano, gestores relatando que, pela primeira vez, conseguiram criar um protocolo de evacuação realista e, sinceramente, esses depoimentos são a prova viva de que estamos falando de teoria, mas, de algo que transforma vidas! Por isso, além do livro, que está disponível na Amazon, tenho usado as minhas redes sociais e levado palestras e treinamentos para instituições, sejam elas públicas ou privadas, porque não basta provocar a reflexão! Isso não é suficiente! É preciso empregar ferramentas práticas que salvem vidas de verdade! Em resumo, o que me motivou foi a indignação de ver um país inteiro, sempre, reagindo depois da tragédia! E nunca antes! E a missão que carrego é transformar medo em método, improviso em preparo e vulnerabilidade em proteção! Se eu pudesse resumir tudo numa única frase, seria essa: a tragédia só é inevitável quando a gente insiste em não se preparar!
ANFITRIÃO:A estratégia difundida pelo governo dos Estados Unidos da América é simplificada em três verbos: correr, esconder-se e lutar. Porém, você afirma que ela não esgota as possibilidades de resposta. Na sua avaliação, quais são as principais limitações do "Run - Hide - Fight" quando transposto para o contexto brasileiro e por que é arriscado adotar essa metodologia sem adaptações?
CONVIDADO:Essa pergunta é vital porque mostra uma armadilha que muita gente não enxerga: a ideia de que basta copiar o que deu certo em outro país para que funcione aqui! Só que, quando o assunto é sobrevivência, copiar sem adaptar pode ser tão perigoso quanto não ter um protocolo nenhum! Como eu disse anteriormente, o "Run-Hide-Fight" é um protocolo pensado para o contexto americano e, nesse contexto, ele faz sentido. Estamos falando de escolas que muitas vezes têm portas blindadas, corredores largos com rotas de evacuação bem planejadas, câmeras em cada andar, detectores de metal na entrada, etc. E, além disso, existe uma cultura de simulações nos Estados Unidos! Alunos do ensino fundamental já participam de treinamentos para evacuação em caso de tiroteio como quem treina para incêndio. Então, nesse cenário, quando você diz para alguém "corra", essa pessoa já sabe qual é a rota de fuga porque ela foi treinada para isso! Quando você diz, "esconda-se", existem salas preparadas, com trancas reforçadas, onde se pode permanecer em segurança até a chegada da polícia. E, quando chega a hora de lutar, esse enfrentamento acontece sabendo-se que o suporte policial vai chegar em minutos, não em meia hora! Agora, transporta isso para o Brasil! Imagina uma escola pública onde os portões ficam fechados com correntes e cadeado, os muros são altos, as janelas são frágeis, muitas vezes, gradeadas também! As salas são sem tranca, onde nunca houve sequer um exercício estimulado de evacuação! O que significa correr nesse cenário? Muitas vezes, significa correr para lugar nenhum ou correr em direção, até mesmo, ao perigo! O que significa esconder-se? Pode significar se esconder embaixo de uma carteira, numa sala que não oferece nenhuma barreira real contra um agressor armado! E, vamos ao lutar, que significa expor professores, funcionários e alunos a um confronto para o qual nunca foram preparados! Ou seja; se aplicado ao pé da letra, o "Run-Hide-Fight", aqui, pode não salvar vidas de verdade. Pode, até, aumentar o número de vítimas! E aqui está o ponto central: protocolos de sobrevivência não são exportáveis como softwares! Eles são produtos culturais. São moldados pela realidade social, pela infraestrutura, pela mentalidade coletiva! É como querer usar casaco de neve no sertão! Não é o clima que vai se adaptar ao casaco, é o casaco que precisa ser feito para o clima! E tem mais: quando copiamos um modelo estrangeiro sem crítica, nós corremos um risco psicológico gravíssimo: o da falsa sensação de preparo! É como dar alguém um manual em inglês para se defender, sabendo que ela não entende a língua!
Parece que está pronta, mas na "hora H" vai se perder! E, em situações de ataque, um único segundo de hesitação pode realmente custar vidas! Por isso, no meu livro, eu defendo a necessidade de tradução estratégica. Não basta repetir "corra, esconda-se, lute". Precisamos perguntar: correr para onde? Esconder-se? Em que lugar? Lutar com quais recursos ou, até mesmo, com qual treinamento? Quando fazemos essas perguntas, percebemos que o Brasil precisa construir protocolos de verdade, sob medida para a nossa realidade. Protocolos que considerem as escolas sem saídas planejadas, empresas com prédios improvisados, órgãos públicos com limitações de segurança e até famílias que precisam de orientações simples dentro de casa. E esse é o coração do conceito de proteção inteligente. Não seguir receitas prontas, mas criar estratégias que funcionem de verdade no nosso ambiente. Porque, no fim das contas, a sobrevivência não é sobre copiar o que os outros fazem. É sobre entender a sua realidade e agir a partir dela. Se eu pudesse resumir em outra frase, eu diria: o Run-Hide-Fight é útil para os Estados Unidos, mas no Brasil, sem adaptação, pode transformar a esperança em armadilha!
ANFITRIÃO:O Brasil possui características sociais, culturais e de infraestrutura muito distintas dos Estados Unidos da América, incluindo desigualdade social, criminalidade organizada e limitações de resposta estatal. De que forma o cenário brasileiro impõe desafios próprios para a aplicação de protocolos de sobrevivência em situações críticas e quais ajustes seriam indispensáveis para tornar esse conhecimento útil e aplicável em nosso país?
CONVIDADO:Essa pergunta é essencial porque nos obriga a olhar diretamente no espelho! Muitas vezes, quando se fala em segurança, existe a tentação de simplesmente copiar o que outros países fazem, como se fosse possível importar soluções. Mas o Brasil não é os Estados Unidos e, aqui, está a primeira verdade dura: os nossos desafios não são apenas diferentes, eles são mais complexos! As nossas necessidades são infinitas e os nossos recursos são limitados. Eu vou te dar alguns exemplos para ilustrar: Nos Estados Unidos, quando falamos de ataques ativos, o foco quase sempre é o indivíduo armado agindo sozinho - um estudante, um funcionário descontente, alguém com histórico de transtornos. Já, aqui no Brasil, além de casos isolados, é claro, nós lidamos com a presença constante do crime organizado! E isso muda tudo! Porque não estamos falando apenas de indivíduos, mas de estruturas criminosas que controlam territórios, que influenciam comunidades e, até, desafiam o próprio Estado! Outro ponto: a desigualdade social. Enquanto em algumas escolas americanas existem detectores de metal e equipes de segurança, aqui no Brasil, nós ainda temos instituições sem portas reforçadas, sem alarme, sem sequer um vigilante na entrada! Há lugares onde a realidade é um portão de ferro e a esperança de que nada aconteça! Existe também outra questão que é a questão cultural. A sociedade brasileira não tem tradição em ensaios, em simulações, simulados de emergência. Nos Estados Unidos, crianças do ensino fundamental sabem muito bem o que fazer nesses momentos de incêndio ou até mesmo de um ataque. E, no Brasil, muitos professores nunca sequer participaram de um único treinamento na vida! Ou seja; quando a crise acontece, a reação só vai ser uma, o improviso. E improviso, em situações críticas, é quase sempre sinônimo de tragédia! Somemos a isso um outro fator que poucas pessoas lembram, a limitação da resposta estatal. Nossas forças policiais, sem dúvida, são dedicadas, mas, muitas vezes, trabalham com déficit de efetivo, falta de equipamentos, distâncias enormes para percorrer até chegar ao local do incidente! Em regiões afastadas, esperar pelo Estado pode significar esperar demais! Tudo isso nos leva a uma constatação clara: não existe como aplicar protocolos estrangeiros de forma literal no Brasil! Se quisermos salvar vidas, precisamos adaptá-los. E quais seriam os ajustes indispensáveis? Eu destacaria três grandes eixos: a adaptação de infraestrutura mínima, ou seja; não precisamos de portas blindadas em todas as escolas, mas precisamos de rotas de fuga sinalizadas, portões que possam ser abertos rapidamente, salas que possam servir como refúgios temporários. Ajustes simples, mas que salvam vidas! Segundo eixo, que é treinamento e cultura preventiva: precisamos inserir simulações regulares em escolas, empresas e órgãos públicos. Não é criar pânico, de forma alguma! É criar preparo, porque, no momento do ataque, não há tempo para pensar, só há tempo para fazer uma coisa: agir! O terceiro eixo, a integração comunitária: em muitos locais do Brasil, a primeira resposta não vem da polícia, vem da própria comunidade! Professores, funcionários, seguranças privadas - até pais de alunos - precisam estar minimamente preparados. Isso exige conscientização, sensibilização, treinamento direcionado para a nossa realidade. O grande desafio do Brasil é este! Nós vivemos em um terreno instável e tentamos caminhar com sapatos feitos para outro solo. A solução não é usar sapatos dos outros, é aprender a construir o nosso caminho com os pés firmes na nossa realidade! E é exatamente isso que proponho no livro. Um olhar crítico, provocativo, mas, acima de tudo, construtivo, para que possamos transformar nossas vulnerabilidades em protocolos práticos, aplicáveis e que respeitem quem nós somos como sociedade!
ANFITRIÃO:O livro traz a ideia de uma proteção inteligente, indo além de respostas instintivas ou improvisadas. O que exatamente significa proteção inteligente em situações de ataque ativo e como esse conceito pode salvar vidas quando comparado ao modelo tradicional norte-americano?
CONVIDADO:Quando eu falo em proteção inteligente, estou indo contra uma lógica que domina muito do debate sobre segurança: a ideia de que diante do perigo só existem duas opções: resistir instintivamente ou improvisar! O problema é que, tanto o instinto quanto o improviso, têm o mesmo inimigo, ou seja; o caos! No momento em que os primeiros disparos ecoam, o coração dispara, a adrenalina toma conta e a mente entra em estado de choque! O instinto pode até fazer você correr, mas, correr pra onde? O improviso pode sugerir que você se esconda, mas, esconder-se em que lugar? A diferença entre a vida e a morte, muitas vezes, não está na coragem - não - mas na preparação prévia! E é exatamente aqui que entra a proteção inteligente. Proteção inteligente significa pensar antes, treinar antes, planejar antes! É transformar ambientes comuns - uma escola, uma empresa, uma repartição pública, até mesmo uma casa - em lugares preparados para resistir ao inesperado! É ter rotas de fuga definidas, pontos de refúgio claros, protocolos de ação simples que qualquer pessoa consiga executar, mesmo em estado de pânico! Mas, não é só sobre estrutura física. É, também, sobre mentalidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, o "Run-Hide-Fight" se apoia numa simplicidade, mas, aqui no Brasil, simplicidade - como falado anteriormente - sem contexto, vira uma armadilha! Então, proteção inteligente significa adaptar. Ensinar professores, funcionários, cidadãos comuns a reconhecer sinais, tomar decisões rápidas, usar o ambiente a seu favor. Deixe-me dar só um exemplo prático: em um treinamento que conduzi, simulamos uma situação de ataque em um prédio público. No início, a reação de todos foi caótica! Gente correndo para todos os corredores, se amontoando em áreas sem saída. Depois, aplicamos o protocolo de proteção inteligente, designamos rotas, treinamentos para pontos de encontro, mostramos como trancar uma porta de forma improvisada, como usar móveis como barreiras. O resultado foi impressionante! No segundo simulado, as mesmas pessoas que estavam em pânico conseguiram evacuar e se proteger em menos da metade do tempo! E isso não é teoria! É prática salvando vidas! E é importante dizer uma coisa: proteção inteligente não significa ser herói! Não significa enfrentar o agressor a qualquer custo! Significa aumentar as suas chances de sobrevivência com inteligência e, obviamente, com preparo! O modelo tradicional norte-americano, por mais útil que seja, ele é linear - Corra! Esconda-se! Lute! A proteção inteligente, por outro lado, é adaptativa. Ela considera a realidade do espaço, o perfil das pessoas envolvidas, os recursos disponíveis, as limitações de cada ambiente. É como trocar uma receita de bolo pronta por um conjunto de princípios que permitem cozinhar com o que você tem à mão. Em resumo, proteção inteligente é a diferença entre reagir com desespero e responder com método. É transformar o instinto em estratégia e improviso em ação planejada. E essa diferença, em uma situação de ataque ativo, pode ser exatamente o que separa o pânico coletivo da própria sobrevivência organizada.
ANFITRIÃO:Honoráveis Ouvintes! Faremos aqui uma breve pausa na nossa conversa com o policial penal Wescley Garret. Até este ponto, refletimos sobre as limitações do modelo norte-americano intitulado "Run- Ride-Fight" sobre as diferenças do cenário brasileiro e sobre o conceito de proteção inteligente em situações de atirador ativo. Mas, há muito mais a ser explorado!
Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião, convidando você para, na próxima semana, darmos continuidade a este diálogo instigante no qual abordaremos as propostas práticas para o Brasil e as recomendações que Wescley traz em seu livro. Acesse o nosso website e saiba mais sobre este conteúdo! Inscreva-se e compartilhe o nosso propósito! Será um prazer ter a sua colaboração! Pela sua audiência, muito obrigado e até a próxima!