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Engenheira de Software em Estocolmo, Suécia, com Taiza Montenegro - Mudança e Maternidade #96
Episode 968th March 2023 • TPA Podcast: Carreira Internacional & Tech • Gabriel Rubens
00:00:00 01:15:46

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Shownotes

No episódio de hoje, a Taiza nos conta sobre a sua mudança para Suécia, e da sua experiência como Engenheira de Software e mãe. Também vamos falar do sistema de saúde de estilo de trabalho em Estocolmo.

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Taiza Montenegro

Sou Engenheira de Software desde 2009. Atualmente, trabalhando na Zettle by PayPal, desde que me mudei pra Suécia/Estocolmo há 4 anos.

Paula Santana

Desenvolvedora Backend, trabalha com Tecnologia desde 2008, palestrante, lider de comunidade @devsjavagirl e organizadora no @soujava. Gosto de mentorar pessoas que estão começando na área e amo viajar. Mãe de um gatinho laranja lindo.

Créditos

Lista de Episódios

Palavras-chave:

  • Tendo filhos no exterior
  • Sistema de saúde na Suécia
  • Morando em Estocolmo
  • Dev no Exterior
  • Dev na Europa
  • Dev na Suécia
  • Dev em Estocolmo

Por Gabriel Rubens ❤️

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Transcripts

Speaker:

Fala pessoal, bem-vindo ao TPA Podcast novamente. Aqui mais uma vez Gabriel Rubens mais com a co-host que vai ser a Paula Santana para,

Speaker:

contar sobre a vida da Thaisa morando em Estocômo por quatro anos e alguns meses já.

Speaker:

Essa história vai ter um foco bem grande no papel dela lá e também ter do filho,

Speaker:

vai ser diferente. São poucos episódios que são com pessoas sendo filhos de outro país

Speaker:

e a gente sabe que longe de casa não é tão simples assim.

Speaker:

Então, Paula, por favor, se apresente e depois a gente passa para a Thaisa também se apresentar

Speaker:

antes de a gente começar o papo.

Speaker:

Bom, hoje eu estou de co-host aqui para a gente falar um pouco sobre essa experiência

Speaker:

da Thaisa, principalmente de ser mulher desenvolvedora e criar um novo ser humano em um lugar totalmente

Speaker:

diferente de onde se nasceu.

Speaker:

Pago os meus boletos como desenvolvedora back-end e vamos lá para o nosso papo.

Speaker:

Pago os meus boletos. Thaisa! É muito importante, né? Obrigada por me ter aqui primeiramente.

Speaker:

Vamos conversar um pouco sobre minha história aqui em Estocolmo.

Speaker:

Eu sou engenheira de software, moro aqui há quatro anos e acho que quatro meses, mais ou menos.

Speaker:

Eu trabalho com TI como engenheira de software há mais de dez anos, perdi as contas.

Speaker:

Na vida pessoal, eu vim de Natal, sou Nordestina.

Speaker:

Na verdade eu tenho família em Recife, nasci em Recife, mas sempre morei em Natal.

Speaker:

Sou casada e sou mãe de um menininho de dois anos e quatro meses.

Speaker:

E aí fica o spoiler nessa já está aí há quatro anos e o filho tem dois anos e dois meses. Isso.

Speaker:

Já. Ele não é sueco. Muita gente acha que ele nasceu aqui né obviamente mas ele não é sueco porque para ele ser sueco

Speaker:

um dos dois teria que ser também.

Speaker:

E como meu marido.

Speaker:

Eu não mencionei mas sou casada com um brasileiro né. A gente veio junto do Brasil e como nenhum de nós dois é sueco, ele também não é.

Speaker:

E já aproveitando que você falou aí que você já foi para Suécia casada com um brasileiro,

Speaker:

eu queria entender como que foi na época, né?

Speaker:

Se foi pelo seu visto, como foi esse processo, se foi algo planejado, porque geralmente o

Speaker:

que a gente ouve muito é casais que acabam indo morar fora e geralmente o pai é responsável

Speaker:

e a mulher acaba não trabalhando, como que foi no seu caso?

Speaker:

No nosso caso, acho que tem uma diferença porque nós dois somos da área, né? Então,

Speaker:

acho que facilita muito arrumar emprego em qualquer lugar. Ele também é desenvolvedor de software,

Speaker:

a gente na época estava morando em São Paulo. Ele também é de Natal, a gente se conheceu em Natal

Speaker:

e nos mudamos para São Paulo em determinado momento para trabalhar. Então, a gente estava

Speaker:

eu ando fisicamente em São Paulo, nós dois em empresas diferentes e tal, e ele começou a trabalhar.

Speaker:

Remoto em São Paulo e eu trabalhando fisicamente. E passamos uns meses assim e tal, dava tudo ótimo,

Speaker:

nossa vida estava ótima e tal, a gente adorava morar em São Paulo, mas aí ele, ele, como ele estava remoto,

Speaker:

E assim, a área de TI tem muitas possibilidades, né?

Speaker:

A gente pensou, que começou a pensar assim, nas possibilidades.

Speaker:

Ou a gente, uma possibilidade seria eu também pegar um remoto e de repente a gente mudar

Speaker:

de volta pra Natal, porque o custo de vida é menor, a gente é da perto da família,

Speaker:

tem praia, tem muitas praias, é uma grande vantagem.

Speaker:

Sim. E, ou então a gente procurar emprego fora. Eu nunca tinha pensado em morar fora, pessoalmente nunca tinha visto isso como opção, mas ele

Speaker:

e meu marido sempre pensaram na possibilidade.

Speaker:

E aí eu falei, tá certo, vamos ver o que vai dando certo aqui. Aí assim, eu...

Speaker:

Comecei a me preparar um pouco para isso. Eu me lembro que a primeira coisa que eu fiz foi me dar meu

Speaker:

LinkedIn para inglês. Falei pronto, mudei para inglês. E a partir daí, isso mudou muito porque,

Speaker:

eu moro na São Paulo e trabalhando com algumas tecnologias chaves, tipo Java, que tem muita vaga,

Speaker:

e o meu LinkedIn inglês, eu comecei a receber contatos de fora.

Speaker:

E aí um desses contatos foi dessa empresa aqui, se chama iZetto.

Speaker:

Na verdade na época se chamava iZetto, hoje em dia ela foi comprada pela PayPal, hoje em dia se chama Zetto by PayPal.

Speaker:

E na verdade é PayPal, eu trabalho hoje em dia pela PayPal.

Speaker:

E aí eles entraram em contato comigo pelo LinkedIn e eu falei vou fazer para ver no

Speaker:

que dá até para testar começar a ver essas possibilidades e tal e eu acabei passando.

Speaker:

E aí eu conversei com meu marido e eu falei e aí a gente vai não vai?

Speaker:

Aí como ele já estava remoto trabalhando remoto por empresa dos Estados Unidos foi,

Speaker:

uma decisão mais simples porque ele não teve que tomar nenhuma decisão em relação

Speaker:

a vida profissional dele, ele simplesmente veio e continuou trabalhando nessa empresa.

Speaker:

E eu comecei a trabalhar nessa empresa aqui de Estocolmo. E aí que tudo começou.

Speaker:

E é uma andança gigante. Vocês estavam pensando em voltar para a praia.

Speaker:

Em Natal e acabou indo para a Suécia.

Speaker:

Então foi uma cubra gigante.

Speaker:

Mas o que mais que vocês cogitaram de país quando você mudou o link de ir para inglês.

Speaker:

O que você estava pensando?

Speaker:

Suécia é um destino não tão comum. É, exato. Na verdade eu nunca tinha pensado, Suécia, ele também não. A gente pensava muito

Speaker:

com músicas, a gente tinha amigos que já trabalhavam, conhecia pessoas tipo Berlim,

Speaker:

Amsterdã, Canadá, talvez. Era mais esses cantos assim. Não tinha passado na nossa cabeça estocoumo.

Speaker:

Na verdade, eu sabia pouquíssima coisa de Estocum, e quando a pessoa me mandou contato,

Speaker:

eu fui pesquisar sobre a cidade e tal.

Speaker:

E a gente veio muito assim, né? Você diz, vamos ver, pelo menos a gente já vai estar lá.

Speaker:

Se por acaso não gostar, a gente vai para outro lugar depois, mas ao menos já vai estar

Speaker:

lá, já vai ter uma experiência.

Speaker:

E pois é, cá estamos, quatro anos e alguns meses depois, ainda estamos aqui.

Speaker:

E como que foi?

Speaker:

Só para dizer que a gente não necessariamente acha que vai morar aqui o resto da vida.

Speaker:

A gente também ainda é aberto a novas opções, mas enfim, esse não é um plano prático por enquanto.

Speaker:

E dado que tem todo esse ambiente da Suécia, do clima, como que foi a adaptação inicial?

Speaker:

Você foi em 2018, teve um tempo ali, até vir a pandemia.

Speaker:

Como que foi essa adaptação? Como foram os primeiros meses? O que você sentiu, além de toda essa avalante de novas informações,

Speaker:

cultura, clima, o que você sentiu de diferença em relação ao trabalho, a sua rotina que você já.

Speaker:

Tinha no Brasil? Olha, muita coisa viu, bem diferente. Eu acho que os primeiros seis meses foram bem

Speaker:

difíceis porque é muita nova informação o tempo todo assim, muito, tudo completamente diferente.

Speaker:

Tanto trabalho, quando você já muda um trabalho, até mesmo no Brasil quando eu mudava de trabalho,

Speaker:

já é muita informação para você capitar e tal. E imagina além disso todo o resto da sua vida

Speaker:

tá sendo nova. Então era muita informação, eu tinha muita dor de cabeça no início assim,

Speaker:

o tempo todo dor de cabeça. Até pela questão de estar trabalhando em inglês pela primeira vez.

Speaker:

Meu inglês... até hoje em dia o meu inglês, eu nem digo que é muito bom, assim, não é perfeito o meu inglês, mas enfim, eu trabalho em inglês, mas comecei nesse momento, né, a trabalhar em inglês realmente, assim, 100% do tempo.

Speaker:

Então, tinha essa questão do inglês, trabalho novo, e toda questão de morar numa cidade nova, né, assim, tudo é novo.

Speaker:

Você precisa fazer alguma coisa e você não sabe como fazer. Até mesmo coisas básicas como se deslocar, ir para algum lugar, tudo você tem que ficar pesquisando.

Speaker:

É como se você fosse, tipo assim, quando você está viajando a turismo,

Speaker:

que tudo você tem que olhar no Google e tal, você está fazendo isso por sei lá, seis meses,

Speaker:

até você aprender um pouco as coisas.

Speaker:

E a questão da língua também, que eu acho que aqui na Suécia é uma questão bem assim,

Speaker:

que pega muito, é a questão da língua sueca, né, porque é totalmente diferente,

Speaker:

de inglês, de português são as outras línguas que eu falo, que são as línguas que eu falo,

Speaker:

na verdade que eu não falo sueco, até hoje em dia eu sei pouquíssimo, assim.

Speaker:

E... ao redor, assim, tipo assim, você está no metrô, até mesmo no trabalho, a empresa que eu trabalho é muito internacional, então tipo...

Speaker:

As pessoas... obviamente todo mundo fala inglês e o trabalho em si é todo em inglês, mas, sei lá, sempre tem um grupinho falando sueco, ou sei lá, no metrô,

Speaker:

na rua, as pessoas falando sueco, e no início era muita informação para o meu cérebro, assim...

Speaker:

Ele ficava tentando captar essas informações, não conseguia, fora todo o resto de novas informações que estava tendo, tipo assim, os primeiros seis meses foram muito difíceis.

Speaker:

Aí depois meu cérebro meio que começou a ignorar o suégo, e até hoje meio que acontece isso, tipo assim, é como.

Speaker:

Bloquear, se eu não escuto, basicamente, as pessoas na rua, eu não escuto o que elas estão falando.

Speaker:

Tanto é que quando eu comecei a tentar aprender, eu tive que me forçar a ouvir,

Speaker:

porque chegou uma hora que meu cérebro bloqueou, não escuta mais.

Speaker:

Acho que para proteger um pouco, tanto formação que tinha no início.

Speaker:

Mas é, foi bem difícil os 6 primeiros meses, fora toda a questão de logística, de documentação,

Speaker:

de arrumar apartamento, tudo isso assim.

Speaker:

Mas depois de seis primeiros meses as coisas vão acalmando e vai voltando ao normal.

Speaker:

O que eu falo com as pessoas normalmente é isso.

Speaker:

Eu repito isso no podcast várias vezes, que são seis meses cruciais de quantidade de

Speaker:

informação, de documentação, legalizar, casas, móveis.

Speaker:

Mas ainda tiveram que procurar tudo isso, né? Tipo, procurar casa...

Speaker:

E sem saber muito do país, né? Então é mais difícil ainda, tu...

Speaker:

Informações da OID.

Speaker:

É, a gente ir para o primeiro apartamento, aqui é bem difícil arrumar apartamento também,

Speaker:

esse é um problema que tem na cidade, é muito caro e muita pouca oferta, assim.

Speaker:

Então é bem difícil achar, mas no início a empresa auxiliou a gente, assim, existiu,

Speaker:

eles contratam a empresa de reallocação, né, então eles ajudaram muito, assim, no início,

Speaker:

e foi crucial, porque eles que arrumaram para a gente o apartamento, na verdade.

Speaker:

E assim a gente assinou contrato apartamento sem nem ver, sem nem saber onde era

Speaker:

a moça que trabalha lá na empresa ela fez uma, ela ainda foi legal com a gente que ela abriu Skype

Speaker:

na época a gente usava Skype

Speaker:

e ela fez assim uma videochamada com a gente e mostrou o apartamento, ela disse, oh esse aqui é o apartamento

Speaker:

vocês vão querer ou não?

Speaker:

E a gente, ah vamos, tipo era o que tinha e assim a gente meio que confiou nela, ela disse assim

Speaker:

Ah, eu recomendo, é uma localização ótima, o apartamento é bom, se eu fosse vocês eu pegava.

Speaker:

Eu falava, então vamos pegar.

Speaker:

E realmente, assim, a gente teve muita sorte porque era um apartamento excelente.

Speaker:

Então eu acho que a gente teve bem sorte no início e a gente também conseguiu ficar nesse apartamento por dois anos,

Speaker:

porque aqui é meio, é bem complicado o mercado imobiliário ter umas coisas diferentes do Brasil,

Speaker:

mas basicamente assim para quem está chegando que é imigrante chegando.

Speaker:

Você consegue pegar contratos de um ano que podem ser cheios por dois por até mais um ano.

Speaker:

São dois anos e a gente conseguiu ficar por dois anos nesse apartamento.

Speaker:

Então depois de dois anos que a gente foi procurado e novo no apartamento.

Speaker:

Mas assim eu conheço gente que se muda cada um ano porque os contratos duram geralmente um ano.

Speaker:

É muito ruim. Isso é uma das coisas bem rosa.

Speaker:

O dono pede para que se mude e o preço vai aumentar?

Speaker:

Aqui é bem diferente. Talvez eu não saiba explicar com todos os detalhes porque realmente é bem complexo.

Speaker:

Eu não entendo todos os detalhes, mas basicamente existem os contratos de primeira mão e os

Speaker:

contratos de segunda mão.

Speaker:

Os de primeira mão são organizados pelo governo. tenho apartamento vamos dizer que eu tenho dois apartamentos eu moro num e eu quero alugar o outro

Speaker:

tipo a longo termo né a longo prazo então nesse caso esse meu apartamento que eu vou alugar a longo

Speaker:

prazo eu não posso dizer tipo assim eu vou alugar portanto eu vou alugar fulaninho a sicranil eu tenho

Speaker:

que botar pelo governo e o governo que vai meio que gerenciar esse aluguel porque ele

Speaker:

que vai identificar o preço.

Speaker:

E, assim, geralmente o preço, em relação a outra forma, é um preço bem melhor, porém,

Speaker:

para você conseguir pegar esses apartamentos que estão na fila do governo, você tem que estar na fila.

Speaker:

E você, como imigrante que acabou de chegar no país, seu lugar na fila é, tipo, três

Speaker:

anos, quatro anos, cinco anos, chega a ser, tipo, oito anos, dependendo da localização do apartamento.

Speaker:

Então tipo assim, quem está chegando agora não consegue entrar nesse esquema de primeira mão.

Speaker:

Então você tem que sair na segunda opção, que é o second hand, que eles falam,

Speaker:

que são pessoas que tipo assim, eu tenho apartamento em Estocolmo, mas vou morar um ano no Canadá.

Speaker:

Então eu coloco meu apartamento para alugar, mas por um período curto.

Speaker:

Eu tenho a data de início e a data de término.

Speaker:

E aí esse tipo de aluguel, o dono do apartamento pode definir o preço,

Speaker:

porque é meu que diretamente entre você e o dono.

Speaker:

E aí, tipo assim, os preços são nas alturas, tipo 50% a mais, mais ou menos, do que o preço do forestand.

Speaker:

Então, tipo assim, ainda tem essa desvantagem, né? Quem está chegando agora, morando aqui,

Speaker:

é difícil achar e é muito caro o apartamento.

Speaker:

Aí por isso que eu tive sorte porque o dono do apartamento que a gente alugou o primeiro

Speaker:

ano ele ele não se mudou ele não ele estava pensando em voltar para Estocomo mas eu acho

Speaker:

que foi a pandemia que aconteceu aí ele não voltou aí ele disse assim eu não vou conseguir

Speaker:

voltar agora vocês querem ficar mais alguns meses a gente falou quero aí a gente ficou,

Speaker:

E daí depois que a gente foi procurar outro.

Speaker:

Você se mudou muitas vezes desde que você está aí? Você morou em quantos apartamentos?

Speaker:

Então a gente morou nesse, como a gente ficou dois anos nesse,

Speaker:

que a gente teve sorte, né?

Speaker:

Nesse primeiro a gente se mudou de novo para outro.

Speaker:

E quando a gente viu que daqui a pouco ia ter que se mudar a terceira vez,

Speaker:

a gente falou, eu quero saber, vamos comprar logo um imóvel.

Speaker:

Aí eu já decidi comprar, porque assim, na época até, hoje em dia tá até bem mais

Speaker:

caro que a inflação, enfim, o custo de vida aumentou muito de uns meses, um ano pra cá,

Speaker:

não tem, desde o ano passado, né, principalmente.

Speaker:

Mas na época valia a pena financeiramente, assim, você comprar um imóvel, porque o

Speaker:

preço mensal que se pagava era mais barato do que as possibilidades de apartamento que

Speaker:

que tem nesse esquema de second hand.

Speaker:

Agora a gente tem nosso imóvel, então agora não precisaremos mudar.

Speaker:

Pelo menos diminuiu aquela questão de vocês ficarem se mudando, tendo que lidar com contratos,

Speaker:

vou para uma casa, não sei quanto tempo vou ficar lá.

Speaker:

Isso. A gente com criança, quando a gente comprou o imóvel, a gente já tinha o nosso filho.

Speaker:

E desde que a gente se mudou a gente sempre pegava apartamento mobiliado porque a gente

Speaker:

não tinha nada, a gente chegou com duas malas apenas.

Speaker:

E tipo assim, a gente não tinha nada, nem um copo, um garfo, nada.

Speaker:

Então a gente sempre ia para apartamento mobiliados.

Speaker:

Aí toda vez que a gente se mudava a gente tinha que pegar outro mobiliado que aí era

Speaker:

mais caro, eram menos opções e tinha toda essa questão de a gente não ter o nosso,

Speaker:

não se sentia muito no apartamento, porque era a decoração de outra pessoa, tudo de outra pessoa,

Speaker:

e a gente estando lá temporariamente. Então a gente estava sentindo a necessidade de

Speaker:

vamos ter nosso canto, colocar nossas coisas do jeito que a gente quiser, ainda mais com filho.

Speaker:

Quando eu morava no apartamento antigo que a gente morava, a gente teve que tirar um monte de coisa

Speaker:

que era a decoração do pessoal, porque o nosso filho estava começando a andar e ele estava derrubando as coisas.

Speaker:

Então a gente teve que começar a tirar as coisas, sabe? A gente viu que não ia dar muito certo.

Speaker:

Esse também foi um motivo pra gente comprar um imóvel.

Speaker:

E no meio desse processo, como você engravidou, estando aí na Suécia,

Speaker:

como que foi esse processo de decidir, mesmo sem estando longe da família,

Speaker:

como que foi o processo de acompanhamento da gravidez, como que é a saúde pública aí na Suécia?

Speaker:

A saúde pública é um tópico bem polêmico, vamos dizer assim. É um tópico que eu não conheço

Speaker:

muito, porque eu evito usar ao máximo, porque é muito diferente do Brasil, muito diferente de como

Speaker:

eu estou acostumada. E assim, eu escuto muitas diversas opiniões, assim, tem gente que tem

Speaker:

muito boas, se a gente tem experiências muito ruins. Mas enfim, a gente pode entrar no detalhe

Speaker:

depois da saúde pública, mas assim, em relação à gravidez, geralmente o feedback das pessoas

Speaker:

aqui é muito bom. E o meu também foi assim. Tudo assim, em relação à criança especificamente.

Speaker:

Principalmente a bebês, é tudo de muita qualidade, sabe? O acompanhamento médico

Speaker:

foi bem sempre bem bem bom assim bem bem atencioso porém bem diferente do

Speaker:

brasil também é porque aqui é é tem bem menos consultas do que no brasil é bem

Speaker:

diferente assim o jeito que eles lidam com a saúde pra eles é meio que assim eu

Speaker:

acho que se eu fosse resumir pra dizer assim você está se sentindo bem se está

Speaker:

você está feliz, você está de boa, então está tudo certo, sabe? Não vá atrás de fazer exames,

Speaker:

não faça nada porque, tipo, vá vivendo aí. Se um dia acontecer um problema, você vem aqui e a gente resolve.

Speaker:

Assim, eu acho que no Brasil é muito preventivo e aqui não tem muito isso. Mas ao mesmo tempo,

Speaker:

eu acho que as pessoas aqui têm mais acesso à informação, então eu acho que talvez viabilize

Speaker:

essa metodologia, vamos dizer assim, sabe? Tanto é que durante o acompanhamento da

Speaker:

gravidez, assim, é bem diferente. Um exemplo, eu só tive dois ultrassom, no Brasil, eu acho

Speaker:

que cada mês o povo faz ultrassom, tem até 3D, tipo aqui não é, no início da

Speaker:

gravidez você faz uma só pra ver se o bebê está ali, tudo bem, não sei o que, e eu acho que lá

Speaker:

pro meio você faz outra. E o resto da gravidez inteiro, você não vê o bebê, você não sabe se está tudo

Speaker:

do bebê ou não. Durante as consultas eu ainda tenho um negocinho que escuta o coração, só.

Speaker:

Mas assim, você não sabe se o bebê está na posição X, Y, é toda a enfermeira lá que bota

Speaker:

a mão e fica tentando adivinhar as coisas. Mas tipo assim, é bem diferente do Brasil.

Speaker:

Que acho isso um absurdo, mas para mim é assim.

Speaker:

Eu não sou uma pessoa que entenda muito dessas coisas, então pra mim eu sentia muita segurança, sabe?

Speaker:

Pra mim estava tudo bem, eu estava me sentindo bem também, então pra mim estava tudo certo,

Speaker:

eu não precisava ver a cara do bebê a cada um mês, sabe?

Speaker:

Eu não tinha essa necessidade.

Speaker:

Agora eu entendo que tem gente que sente muito, assim. Aí tem gente que paga extra particular pra poder fazer, enfim.

Speaker:

Mas é só uma dúvida, o acompanhamento foi pelo sistema de saúde público.

Speaker:

Tipo, da sua ex? Sim, sim. É desde o momento que você tá grávida e você diz, ó, estou grávida.

Speaker:

Você liga pra lá, tem um telefone, que você chama público, é meio que por telefone, você liga,

Speaker:

aí você diz, ó, estou grávida, gostaria de fazer a primeira consulta. E daí, a partir daí, você vai

Speaker:

ter uma barmosca, que eles chamam, que é tipo uma enfermeira, e geralmente você não tem contato

Speaker:

médicos. É só se você precisa de alguma coisa muito específica. Sempre há com enfermeiros.

Speaker:

Só que aí no caso de gravidez, a enfermeira dedica uma enfermeira especializada nisso.

Speaker:

Então você tem um contato com essa enfermeira e essa pessoa vai te acompanhar o resto da

Speaker:

gravidez. Menos no parto, né? No parto vai ser outra equipe e tal. Mas essa pessoa vai

Speaker:

acompanhar, aí tem uma certa quantidade de consultas prestabelecidas, não me lembro direito,

Speaker:

mas assim, não é numa frequência tão alta quanto no Brasil, sabe? E assim, nas consultas é muito

Speaker:

como você está se sentindo, você tem alguma dúvida?

Speaker:

Aí ela vê o coração do bebê e pronto. Assim, não tem muito... Eu acho que aqui.

Speaker:

Eles assumem que você tem a informação.

Speaker:

Se você tiver alguma dúvida, você pergunta. Senão, eles assumem que você tem a informação.

Speaker:

Eu até me lembro, assim, um fato curioso. Assim que eu engravidei, eu estava no...

Speaker:

Quando eu descobri a gravidez, eu estava no Brasil, coincidentemente.

Speaker:

E aí eu fui para uma consulta da minha ginecologista lá, só para dizer eu tô grávida e tal só para ver se ela dava alguma recomendação uma coisa

Speaker:

tava tão no início da gravidez que eu acho que nem conseguiu fazer nem o exame do bebê nada

Speaker:

ela só nem me lembra que ela fez mas a gente conversou um pouco e assim ela me deu um papel

Speaker:

juro a você um papel com um monte de recomendação coma isso não coma isso evite isso não faça isso

Speaker:

em relação a tudo, a limitação, até vida sexual, se eu deveria fazer não sei o que,

Speaker:

enfim, um monte de recomendação, como se fosse um guia que você tivesse que seguir.

Speaker:

E aqui não, não tem isso assim, você vai vivendo sua vida normal, sei lá, seja feliz,

Speaker:

mais ou menos isso, seja feliz, viva normal, não tem esse negócio de ah não coma chocolate,

Speaker:

vai com café, vai vivendo normal, se você está feliz já tudo bem. É mais ou menos isso.

Speaker:

E você acha que então a sua gravidez foi tranquila? Toda a gravidez, você falou que descobriu como assim eu estava no Brasil?

Speaker:

Foi planejado, você planejou... eu estou perguntando porque realmente essa parte do planejar ter um filho,

Speaker:

especialmente quando você está fora,

Speaker:

é normal que o casal, a pessoa pense muito mais e veja...

Speaker:

Porque não vai ter, não tem aquela, eu tenho parente, eu tenho uma pessoa para contar.

Speaker:

Literalmente ali os pais o tempo inteiro.

Speaker:

Foi planejado, foi planejado. Até porque a gente não tinha previsão de voltar para o Brasil.

Speaker:

Então assim, não adiantava a gente ficar, vamos esperar para ver se a gente volta para o Brasil.

Speaker:

Não tinha mais essa possibilidade. Então não é que não tinha possibilidade, mas a gente não estava pensando nisso, em voltar.

Speaker:

Então tipo, não adiantava ficar esperando muito e tal.

Speaker:

A gente viu que os dois já estavam estabilizados, a gente tinha nosso emprego,

Speaker:

a gente já estava tipo assim, tudo certo na vida. Então vamos, próxima etapa, vamos ter filho.

Speaker:

E aí foi planejado tudo, mas realmente assim, essa questão de não ter família para ajudar, enfim...

Speaker:

A gente também não sabia, né? Enfim, era o nosso primeiro filho, a gente não sabia muito o que esperar.

Speaker:

A gente sabia que ia ser difícil, não sabia o quanto, hoje a gente sabe o quanto é difícil.

Speaker:

Mas, ao mesmo tempo, a gente que é imigrante, morando fora, sem família, não tem outra opção, né?

Speaker:

É encarar, a não ser que você não queira ter filho, obviamente, mas se você quiser ter filho,

Speaker:

é encarar isso e tentar contornar, né, assim, de outras formas.

Speaker:

Sim, e você teve, o teu parto foi aí na Suécia, você falou que você não fala suéco,

Speaker:

então todas as enfermeiras, toda a equipe falava inglês com você. Eu fiquei imaginando como que

Speaker:

num momento de dor, onde você está prestes a ganhar o seu filho e dizem que os nossos sentimentos,

Speaker:

assim, o nosso cérebro de trabalho é muito diferente quando a gente está com emoções, tanto que

Speaker:

geralmente, né, quando você vê, assim, a pessoa vai falar em espanhol, que é a língua materna dela,

Speaker:

vai falar em português, nunca vai sair a segunda língua. Então, assim, como que foi esse processo,

Speaker:

de ter o bebê ali, o processo realmente do parto, e como que foram os primeiros dias ali?

Speaker:

Se tem um acompanhamento depois, como que é esse pós-parto, já que eles são tão zenzes aí, tão,

Speaker:

diferentes do Brasil?

Speaker:

Então, isso é uma coisa bem interessante, assim, eu até tenho uma piada interna comigo mesmo, que eu acho que a próxima vez que alguém me perguntar

Speaker:

qual o seu nível de inglês, eu vou responder, eu parei em inglês. Tipo assim, porque realmente o parto todo foi em inglês, tudo foi em inglês.

Speaker:

E o pessoal aqui, apesar da língua sueca, todo mundo fala inglês é muito difícil achar alguém que não fala inglês aqui

Speaker:

até por isso que faz 4 anos que eu moro aqui e não falo sueco ainda porque meio que a gente nunca precisou do sueco

Speaker:

agora eu com o filho é outra história e a gente pode entrar nesse assunto depois,

Speaker:

porque enfim, meu filho está aprendendo a falar agora e obviamente ele está falando sueco

Speaker:

Mas enfim, a gente pode falar nesse ponto depois que é um ponto interessante.

Speaker:

Mas a caixão do parto foi realmente toda em inglês, muito bom, excelente assim, toda

Speaker:

a qualidade tanto do hospital, a qualidade física das coisas do hospital, do quarto,

Speaker:

os equipamentos que tinha, tudo excelente assim, nada a comentar, nada a reclamar, a

Speaker:

equipe toda bem atenciosa.

Speaker:

Ótimo assim. A diferença que tem é que aqui eles são muito assim, parto natural,

Speaker:

a não ser que tenha alguma coisa muito específica que não possa ser.

Speaker:

E você só pode entrar num hospital quando você já está em trabalho de parto,

Speaker:

muito perto do trabalho de parto, então não tem aquela coisa assim de...

Speaker:

Ah... eu acho que vai chegar, vou para o hospital, ficar lá esperando... não tem isso.

Speaker:

Tanto é que quando eu estava começando as contrações, aí eu liguei para lá e falei...

Speaker:

E aí... será que eu posso ir para o hospital já? Não posso? Aí a pessoa falou assim...

Speaker:

Você está conseguindo falar? Aí eu disse... Tô... eu estou aqui falando com você e tal...

Speaker:

Ah, então você está bem, não vem agora não. Quando você não conseguir falar, aí você vem.

Speaker:

Diga aí, é tipo assim, é muito assim. É tipo você chega só para parir.

Speaker:

Só que assim, no meu caso, foi um parto bem longo, durou mais de um dia e tal.

Speaker:

Aí foi um pouco diferente, eu acho. Mas tanto é que também foi uma diferença que...

Speaker:

Eu não entendo muito essas coisas. Eu nunca fui uma pessoa que estudei muito sobre partos, essas coisas.

Speaker:

Não me interessa muito esse tópico, mas eu tenho a impressão de que se o meu parto, do jeito que ele foi,

Speaker:

se eu tivesse ido no Brasil, seria César.

Speaker:

Eu acho que iria chegar um momento e falar, você já tá aqui há, sei lá, mais de 18 horas, vamos para César, é para ser mais fácil.

Speaker:

Tanto é que o pessoal da minha família, que estava acompanhando a distância, obviamente,

Speaker:

até porque era pandemia. Então a gente estava totalmente isolada e ninguém pôde vir ajudar a gente em nada.

Speaker:

E o pessoal estava no WhatsApp, acompanhando como dava para acompanhar por mensagem.

Speaker:

E o pessoal ficou bem nervoso, porque por que não faz uma cesária nessa menina?

Speaker:

Faz logo uma cesária para resolver isso.

Speaker:

Eles usam o termo aqui no Brasil até de sofrimento fetal, que tem um tempo que se a bolsa estoura,

Speaker:

que com certeza teria feito cesárea. Chega a ser até estranho a maneira com que tem essas

Speaker:

entre as medicinas dos países.

Speaker:

Eu tenho uma vontade daquela coisa, a ignorância é uma bênção, né? Como eu não entendo muito dessas coisas, eu vou confiando, eu confiei muito na equipe porque realmente as pessoas eram...

Speaker:

Todo mundo estava muito calmo, muito profissional, sabe? Então eu falei, eu vou, eu penso pra mim mesmo, né? Eu só tenho que confiar, assim, não adianta ser de outra forma.

Speaker:

Então eu confiei na equipe e falei ok, o que precisa fazer vamos fazer.

Speaker:

Então tudo que... eles que estavam ali gerenciando tudo e eu só seguindo o fluxo.

Speaker:

Mas aí foi, chegou um determinado momento que aconteceu isso, que você falou que estava,

Speaker:

demorando demais, a bolsa já tinha estourado e eles fizeram um teste de oxigenação,

Speaker:

eu acho, uma coisa assim, e viu que tinha que sair.

Speaker:

Aí eles usaram um artifício de tipo puxar um vácuo na cabecinha.

Speaker:

Aí foi meu que assim, eu uso esse artifício para poder nascer naturalmente de uma forma.

Speaker:

Emergencial vamos dizer assim. É o termo que eles usaram?

Speaker:

É o termo que aqui no Brasil, no Brasil eles usam geralmente o termo forceps, né?

Speaker:

É que é um negocinho aqui, né?

Speaker:

Pra prender através do crânio, da...

Speaker:

Foi isso? Da estatura do crânio. Então, assim, o que eu fiquei sabendo, né, eu até conversei com uma família que é da

Speaker:

área e tal, esse que eles usaram é tipo um moderno desse fóssil.

Speaker:

Ah, entendi. Que ele é um vácuo na cabecinha do nenê. Ele não faz, não dá nenhuma interferência no bebê.

Speaker:

Ah, que bom, que bom. É.

Speaker:

Tipo prende a cabeça também, mas de outra forma. E ainda assim foi natural. Sem apertar.

Speaker:

É, exato. É um vácuo. Ele literalmente é uma ventosa. Ah, é uma ventosa.

Speaker:

Esse é o nome que eu estava procurando, sim. É uma ventosa que bota aqui e puxa.

Speaker:

Ah, é uma ventosa. Esse é o nome que eu estava procurando, sim.

Speaker:

É uma ventosa que bota aqui e puxa. É uma ventosa que bota aqui e puxa.

Speaker:

Mas o interessante é como eles se esforçam para que o parto seja natural, sendo que no Brasil

Speaker:

existe um esforço para que não seja natural. É muito estranho isso.

Speaker:

Agora, o bom é porque assim que tem um parto, você já está meio que livre para ir.

Speaker:

Tanto é que tem gente que nem chega a dormir no hospital.

Speaker:

Tipo assim, chega no hospital, tem o bebê e vai embora.

Speaker:

Principalmente gente que já tem outro filho e tal, porque tem o outro filho para cuidar.

Speaker:

Então tem que ir pra casa cuidar do outro filho, sabe, assim, acontece, é bem comum isso aqui.

Speaker:

Não fica nem 24 horas no hospital. No meu caso, como o próprio parto demorou e esse

Speaker:

negocinho do vácuo deixou uma, tipo assim, a cabecinha dele ficou um pouquinho vermelha.

Speaker:

Ah, sim. E ele era pequenininho e tal, então por causa desses fatores eles até pediram pra gente

Speaker:

ficar duas noites no hospital. Então a gente ficou quase 24 horas para o bebê nascer e depois mais

Speaker:

duas noites, mas foi meio que uma exceção no nosso caso. Mas assim, todo acompanhamento é excelente

Speaker:

e só uma coisinha também que é uma curiosidade, até o bebê nascer você está num quarto que é

Speaker:

tipo, todo equipado no quarto hospitalar, vamos dizer assim, equipado com tudo que um

Speaker:

hospital precisa e tal. A partir do momento que o bebê nasce que eles fazem os exames

Speaker:

iniciais e tal. E assim, outra coisa, não tire o bebê de você em nenhum momento, assim,

Speaker:

O bebê está sempre com você, pele com pele, eles valorizam muito isso.

Speaker:

Fazem as exames iniciais, não sei o que, tipo assim, mais duas horas, três horas depois que o bebê nasce,

Speaker:

você vai para outra área do hospital, que aí é o que eles chamam de hotel, ou algo parecido com hotel.

Speaker:

Que aí é tipo assim, é um quarto bem mais simples, que não tem todo o aparato hospitalar.

Speaker:

E aí você fica lá com o bebezinho, aí tem gente que nem chega a ir para essa parte.

Speaker:

Essas pessoas que eu disse que é bem rápido e nem chega aí. Então é só uma só de espera.

Speaker:

Não é mais bem. É, só que aí tipo assim, esse outro quarto é um quarto mesmo.

Speaker:

Um quarto de hospital, só que assim, tem poucos equipamentos.

Speaker:

Não é aquela coisa assim, tipo de hospital e tal.

Speaker:

Mas está dentro do hospital também. E assim, nessa segunda parte do hospital que você vai,

Speaker:

Aí assim, é bem legal que tem todo acompanhamento, de vez em quando entra gente no quarto pra

Speaker:

avaliar o bebê e tal.

Speaker:

Eu achei muito legal que tem tipo assim uma cozinha, que aí você vai lá e come a qualquer momento.

Speaker:

E tipo assim, tudo de graça. Na verdade, a única coisa paga é nesse segundo quarto o acompanhante paga a diária.

Speaker:

Mas assim, é um valor muito barato, sabe, assim, em relação a tudo que se tem.

Speaker:

É muito barato o processo inteiro em relação à qualidade das coisas.

Speaker:

A estrutura pública, não é uma estrutura particular.

Speaker:

E você comentou dessas pessoas, das mulheres que já vão para casa mais rápido.

Speaker:

Então eu queria chegar nessa parte que era de como que a vida mudou depois que o bebê

Speaker:

chegou, porque isso influencia também no trabalho não só o teu mas dos dois, muito

Speaker:

mais no teu mas no teu marido também.

Speaker:

Mas aí antes disso eu queria também voltar no hospital porque tu comentou sobre ser bem

Speaker:

diferente e as pessoas ir menos no médico, seja feliz, você está feliz, está respirando,

Speaker:

não precisa ver no médico.

Speaker:

Então, porque eu já ouvi isso algumas vezes em outros países,

Speaker:

que eu já ouvi algumas pessoas falar que o brasileiro vai muito no médico mais do que em outros países.

Speaker:

Então, eu queria saber muito da tua experiência aí, e aí mais de forma mais ampla, porque tu comentou, eu não vou no médico.

Speaker:

E aí eu queria saber o que significa isso, porque você não sabe como é, você não gosta, não entende,

Speaker:

o que que te faz evitar?

Speaker:

É então porque é bem diferente porque essa questão da forma como eles abordam as coisas

Speaker:

muda muito em relação ao Brasil então quando eu tenho algum problema eu sempre imagino que para.

Speaker:

Eles não vai ser nada tipo assim eles vão me dizer volta para casa e toma o remédio sabe assim eles

Speaker:

falam muito isso tipo ah não toma remédio x que é tipo remédio que você compra na farmácia normal

Speaker:

informatório e isso para três dias se se nada mudar você volta sabe assim acontece muito isso

Speaker:

então sempre que eu tenho alguma coisa eu a primeira coisa que eu faço eu olho no site do

Speaker:

governo isso é uma coisa muito boa assim existe um o site do tipo do SUS daqui que é o 177 que

Speaker:

que você liga se você precisa de alguma coisa e tal.

Speaker:

Nesse site tem tudo lá, tipo assim, doença tal, explica a doença, explica o que você

Speaker:

deve fazer, os sintomas, quando procurar emergência, quando procurar um hospital, essas coisas assim.

Speaker:

Então eu acho que uma coisa positiva é que existe um, como é que chama assim, um sumário

Speaker:

das informações. Você tinha uma base de dados para tentar entender.

Speaker:

É a base que todos os outros hospitais e profissionais do país seguem.

Speaker:

Isso é a primeira coisa, então eu sempre vou lá, até com meu filho, quando acontece alguma coisa,

Speaker:

eu vou lá procuro. A questão é que é em sueco, né? Então às vezes eu tenho que tipo assim,

Speaker:

a coisa que eu tenho, aí eu traduz para inglês, do inglês eu traduz para sueco e boto lá na busca,

Speaker:

pra tentar achar alguma coisa. Mas aí é mais por isso que eu evito ir, porque eu meio que sempre

Speaker:

baixo, ou ter impressão que eles vão dizer que não é nada e tal. Até agora a gente só precisou usar

Speaker:

duas vezes o sistema público em quatro anos. Uma vez só com meu marido ele estava com muita febre.

Speaker:

A gente até ia viajar e não conseguia viajar porque ele estava com muita febre, muito mal,

Speaker:

e a gente foi para o hospital. E assim, o sistema público mas também é pago, você paga, fora os

Speaker:

que são caríssimos, mas consulta, emergência, algumas coisas você paga. Criança não, até

Speaker:

dois ou oito anos é totalmente gratuito, também é uma coisa muito boa, incluindo remédio e tal,

Speaker:

se a criança precisar de remédio, qualquer coisa, é tudo gratuito. E aí a gente foi com meu marido

Speaker:

para o hospital, a gente ficou lá acho que seis ou foi oito horas, não me lembro. Ele foi atendido

Speaker:

o enfermeiro tomou soro, o enfermeiro deu um remédio, ele até começou a se sentir melhor,

Speaker:

só que ainda estava com problema, a gente nem chegou a saber o que aqui era. E ficou de um médico

Speaker:

vir atender ele e nunca veio. Aí a gente meio que desistiu, a gente foi embora, a gente falou

Speaker:

não adianta ficar aqui, o médico não vai vir. A gente ficou a noite lá, acho que passou 6 ou 8

Speaker:

lembro. Aí a gente voltou pra casa.

Speaker:

E comprou um remédio na farmácia. Sim. Mas é o que acontece, assim,

Speaker:

esse médico provavelmente estava dando prioridade a pessoas que estavam em casos muito críticos.

Speaker:

Então, assim, ao mesmo tempo que o sistema é muito... existe um suporte muito bom,

Speaker:

ao mesmo tempo tem essas situações, sabe, que se sua situação não for muito crítica,

Speaker:

você não vai ser atendido.

Speaker:

Incluindo crianças também. Eu vejo muitos relatos de crianças que estão com febre há cinco dias,

Speaker:

há quatro dias e as mães vão para o hospital e voltam porque ficam esperando seis horas,

Speaker:

sete horas e nada acontece. Ou então no máximo alguém vai lá um enfermeiro e diz tome o remédio

Speaker:

tal que você compra na farmácia, sabe? Aí tipo assim, é bem diferente. É uma coisa assim que eu

Speaker:

aprendi e talvez um dia eu aprenda como funciona, mas é bem diferente.

Speaker:

Ao mesmo tempo que eu já vi muita gente falar muita coisa boa.

Speaker:

Eu conheço gente que precisou fazer cirurgia e foi tudo excelente, o atendimento muito bom, tudo excelente.

Speaker:

Então, não sei, acho que varia muito de caso.

Speaker:

Talvez o caso mais grave é a prioridade, então o atendimento é isso.

Speaker:

É, acho que é isso mesmo.

Speaker:

Eu só fiquei curiosa com uma coisa. casa não tem a opção de médico particular, por exemplo, se eu fui lutar com uma febre

Speaker:

há cinco dias, ou você leva no público, ou não tem a opção de você conseguir uma

Speaker:

consulta num pediatra?

Speaker:

Pois é, que eu saiba não, não tem. Existem coisas que tem, tipo assim, como eu falei, a ultrasonografia, só tem o direito

Speaker:

a duas pelo sistema público, se eu quiser pagar, por fora eu pago, mas esse tipo de

Speaker:

de médico para urgência, mas não alcançai.

Speaker:

Eu queria saber até como foi com o trabalho, não só depois, mas até antes da gravidez.

Speaker:

Antes da gravidez, não. Durante a gravidez e depois.

Speaker:

Para vocês dois, como funciona a regra aí, quanto tempo, qual que é o processo.

Speaker:

É, então, é uma questão bem diferente do Brasil e também é uma coisa que o governo

Speaker:

dá muito suporte e facilita muito nossa vida como mesmo sendo imigrante sem sistema de ajuda.

Speaker:

Sem ajuda da família e tal, essas coisas que o governo dá facilita muito. A primeira coisa é a licença,

Speaker:

primeiro se chama licença parental, porque o tanto pai como a mãe tiram, são de 480 dias, no mínimo 90 para cada um

Speaker:

e o restante a família divide como quiser. Então, o que acontece geralmente é que divide meio a meio,

Speaker:

assim que eu vejo em geral ou então às vezes a mãe tira tipo perto de um ano e o pai tira o resto.

Speaker:

Uma coisa assim mas enfim é mais do que um ano de licença e também você pode usar até uma

Speaker:

certa idade eu acho que é 8 anos ou é 12 anos eu acho da criança então você não precisa usar

Speaker:

tudo quando ele é o bebê você pode usar tipo um ano e vai usando o resto ao longo dos anos dos

Speaker:

eu tenho um colega inclusive que faz isso todo verão ele tira um pouquinho da licença parental

Speaker:

para poder aumentar as férias dele e aí ele fica com as férias bem grandonas assim e aí no nosso

Speaker:

caso eu tirei acho que sete meses foi sete meses de licença voltei a trabalhar e meu marido tirou

Speaker:

seis meses então tipo é muito legal isso porque ao mesmo o mesmo tempo que eu fiquei com o bebezinho

Speaker:

Ele também ficou, então ele teve experiência toda a questão do laço, do vínculo, ele

Speaker:

também teve essa experiência.

Speaker:

Além disso, nos primeiros 10 dias o pai também tem 10 dias off do trabalho.

Speaker:

Tem uma coisa também que se você tem filho, você tem o direito de pedir diminuição da carga horária.

Speaker:

Até o início do ano eu estava trabalhando em 75%, 6 horas por dia só.

Speaker:

Aí no início do ano eu voltei a 100%. É uma coisa que você pode solicitar, você não precisa negociar, você só avisa que você vai diminuir a carga horária.

Speaker:

É muito bom também.

Speaker:

E também tem outra coisa... Mas não muda o contrato.

Speaker:

O contrato é como se fosse algo específico para essa situação que o governo dá apoio.

Speaker:

Como se fosse uma lei trabalhista ou algo do tipo. Sim, sim, é uma lei trabalhista.

Speaker:

Seu salário não vai mudar por causa disso. Não, muda. Eu não comentei, muda.

Speaker:

Reduz em 25%, não é no caso.

Speaker:

É proporcional.

Speaker:

E outra coisa que tem também que eu acho bem legal é uma coisa que se chama VAB, que a tradução é meio que cuidar da criança, algo assim, que é quando

Speaker:

a criança está doente, você simplesmente falta o trabalho, você não precisa mostrar atestado,

Speaker:

você não precisa justificar, você só diz estou de VAB e pronto. Então, isso é muito comum,

Speaker:

tempo todo as pessoas faltando trabalho porque a criança está doente.

Speaker:

Então o tipo facilita muito. Então vou aproveitar e perguntar sobre o VAB. VAB.

Speaker:

Você falou que isso é muito normal. O quanto isso é normal independente de gênero.

Speaker:

Porque infelizmente no Brasil existe essa coisa muito da mãe ficar de licença.

Speaker:

Né? E eu acho que não deve ser muito diferente, você é back-end, com certeza

Speaker:

a maioria das pessoas que trabalham com você são homens. Posso estar muito

Speaker:

errada, mas proporcionalmente falando é um número maior, acho que isso no mundo

Speaker:

todo. E o quanto isso é natural, por exemplo, o seu marido acaba ficando de

Speaker:

vape em alguns momentos, você... E o quanto isso é normal dentro dos... Pensando na

Speaker:

uma sociedade mesmo do país que você está vivendo?

Speaker:

É, isso é uma boa pergunta e uma coisa bem legal que eu acho é que é bem igualitário

Speaker:

que as coisas. Então os meus colegas homens também têm um VAB e é super comum.

Speaker:

Meu marido também tira, enfim, é super comum. Inclusive você anda na rua, eles tocam, você vê muitos homens com as crianças, né?

Speaker:

Porque eles também têm a licença deles.

Speaker:

Eu acho que isso muda muito quando o homem também fica seis meses sem trabalhar cuidando do filho.

Speaker:

Isso já, tipo, tanto o vínculo, né, como também a questão da responsabilidade também, né?

Speaker:

De aprender também, né? Não dependendo só da esposa é tipo, realmente divide as responsabilidades, então.

Speaker:

Essa questão da igualdade entre os gêneros é o que é bem legal, assim eu diria que ainda não é igual, até porque existe pesquisas que dizem que o salário das mulheres ainda é menor do que o dos homens, mas

Speaker:

Em relação ao Brasil, está anos a frente.

Speaker:

Ainda nessa questão, tanto juntando o VAB com essa diferença de quem cuida mais ou menos.

Speaker:

Tem um episódio que eu gravei, esse vai no começo do mês, outro vai no fim, que é na Inglaterra.

Speaker:

A Ana Ossolivan até comenta que no começo ela cuidou mais dos filhos, no comecinho, depois mudou.

Speaker:

E que ela sentia inveja do marido porque ele dirigia o trabalho.

Speaker:

Ela falava assim nossa eu queria aquela 40 minutos que eu dirigia de silêncio sabe porque

Speaker:

eu estava em casa com dois.

Speaker:

E aí eu queria saber como que foi para ti e como foi essa divisão porque a situação

Speaker:

da de o que na Inglaterra que ela está pro teu pelo que eu estou entendendo é muito diferente

Speaker:

por como funcionou o sistema.

Speaker:

E com isso você também se sentiu mais sobrecarregada do que o teu marido ou foi mais equilibrado

Speaker:

O que você sentiu diferença na prática dessas diferenças de lei aí?

Speaker:

Olha eu acho que a questão da sobrecarga em relação a essa questão de trabalho

Speaker:

e tal é bem igual a Itália.

Speaker:

Porque tipo tudo que eu tenho direito ele também tem direito e os deveres também

Speaker:

são bem iguais e a sociedade em si também já é normal dividir.

Speaker:

O homem faz tudo em casa aqui. tipo, é comum, mesmorar em sol, fazer tudo dentro de casa.

Speaker:

Então isso já é bem igualitário, assim, de certa forma.

Speaker:

Agora, em relação ao bebê, eu acho que sempre vai ser mais complicado para a mãe, principalmente nos primeiros meses,

Speaker:

por causa da momentação, né?

Speaker:

Não tem como dividir essa tarefa.

Speaker:

Então, de toda forma, acaba sendo mais pesado para a mãe, principalmente nos primeiros meses.

Speaker:

Mas assim, todo o resto, né, o fato de...

Speaker:

Quando meu bebê tinha sete meses, eu voltei a trabalhar. E meu marido ficou em casa, então, tipo assim...

Speaker:

Eu tive esse momento de... Ufa! Fechou a porta do escritório e ufa!

Speaker:

Voltei alguns minutos em paz.

Speaker:

No nosso caso, era pandemia. É, exato. Só que assim, no nosso caso, é pandemia.

Speaker:

Então, a gente estava em casa o tempo todo, né?

Speaker:

Então não teve essa questão de tipo eu sair de casa para trabalhar, mas fechou a porta do escritório,

Speaker:

É o fã. É depois das férias. É para mudar o ambiente, né? É. Sim. É.

Speaker:

Tinha o meu antigo chefe que tinha três filhos, ele brincava de que...

Speaker:

Tipo, chegava no verão, a gente falava, eu não tô saindo de férias, meus filhos estão saindo.

Speaker:

E aí ele brincava também, porque ele gostava muito, ele era muito apegado, então você vê o Instagram dele é só filho,

Speaker:

é com ele lendo historinha, brincando, então ele é muito apegado.

Speaker:

Mas ele tinha essa piada de que quando voltava para o trabalho,

Speaker:

ele falou, agora começou minhas férias, sabe? Mas eu entendo. É porque é uma... mentalmente...

Speaker:

É mentalmente pesa muito, cansa muito. E fisicamente também, né? Você não para que nem o seu filho está com dois ninhos agora.

Speaker:

E ele está cheio de energia, está andando, com certeza deve estar falando agora.

Speaker:

Eu não sei como que foi o processo, por exemplo, vocês começaram a levar ele para creche,

Speaker:

quando que passou essa fase, agora ele está interagindo contra as crianças, como é criar

Speaker:

uma criança morando na Suécia?

Speaker:

A gente sabe que alguns países proporcionam mais um ambiente para a paz, para quem tem

Speaker:

crianças e o quanto isso é faz parte do dia a dia de vocês?

Speaker:

É isso que você falou, proporcionar um ambiente para criança.

Speaker:

Eu acho que isso é a definição da Suécia hoje em dia para mim, assim, da de Estocolmo principalmente porque assim tudo

Speaker:

é em torno de crianças, assim. Não diria que é em torno de criança, talvez não seja essa expressão,

Speaker:

mas tipo assim, tudo está considerando-se uma criança, tipo assim, coisas pequenas na sociedade.

Speaker:

Uma vez eu ouvi alguém falando isso, eu achei interessante, que tem alguns países,

Speaker:

talvez o Brasil seja assim, que tipo assim, a sociedade é em torno dos adultos.

Speaker:

Aí a criança vai estar ali acompanhando, mas a sociedade é em torno dos adultos.

Speaker:

E aqui não, as crianças já são inseridas desde pequenininha desde sempre né

Speaker:

já se considera ser as crianças assim então eu acho que isso é muito legal e coisas pequenas assim.

Speaker:

Tipo a rua é reta a rua tem espaço para subir o carrinho, descer o carrinho tipo assim a gente anda

Speaker:

que de carrinho, de bebe. Todo mundo anda muito com carrinho. Tudo dá para fazer de carrinho de bebe.

Speaker:

Tem gente que corre carrinho de bebe, porque o povo aqui gosta muito de correr e tal. Então,

Speaker:

tipo, é muito comum você estar, principalmente no verão, você estar no parque e ter gente passando,

Speaker:

correndo, com carrinho de bebe e segurando assim o carrinho, porque, sei lá, provavelmente essa

Speaker:

de parentau livre por seis meses, sete meses e não quer parar as atividades físicas,

Speaker:

Então, eles correm de carrinho assim.

Speaker:

E tudo é muito acessível para as crianças. Muitos parques, em todas as esquinas tem parque.

Speaker:

Tudo é bem fácil, acho assim. É bem fácil criar uma criança aqui.

Speaker:

Tanto quando a gente viaja para outros lugares, até mesmo na Europa.

Speaker:

A gente sente falta disso. Não tem parque.

Speaker:

Ou quando você tem que se deslocar para ir para o parque.

Speaker:

Aqui você anda, você encontra um parque aqui, você olha pro lado tem um parque ali.

Speaker:

Você anda a próxima esquina tem outro parque ali, é literalmente assim, sabe?

Speaker:

Agora ele está falando, se ele está interagindo com outras crianças, se vocês colocaram,

Speaker:

se tem conceito de creche aí, ou escolhinha, porque ele está numa idade que ainda não

Speaker:

deve ser obrigatório entrar numa escola. Então como que foi? Se ele está ou não?

Speaker:

É, sim, aqui tem a creche, também é uma coisa interessante. A educação é gratuita a partir dos

Speaker:

seis anos, né, escola mesmo, até universidade é gratuito, então tanto a saúde, né, que eu comentei.

Speaker:

É gratuita quanto a educação. Porém, a creche é paga e a partir de um ano só, você não tem como

Speaker:

colocar o seu filho antes de um ano na creche. Então, e assim, como o parental leave são 480 dias,

Speaker:

então teoricamente você vai ter os dias para ficar com o seu filho no primeiro ano. Então,

Speaker:

é isso que as pessoas fazem, né? O primeiro ano fica com a criança em casa, tem gente até que

Speaker:

estende esse período, mas para a gente, quando ele fez um ano, a gente colocou na creche que era a

Speaker:

mínima. É pago, só que assim, é um valor bem justo, eu acho, para... Existe um teto e esse

Speaker:

teto é um valor bem justo para a qualidade, né? Até porque é o dia todo, você pode escolher quanto

Speaker:

tempo ele fica. Depende também da carga horária do trabalho dos pais. No nosso caso, que os dois

Speaker:

trabalham 8 horas, a gente tem direito de deixar a criança o dia todo na creche. E é pago e,

Speaker:

inclusive também uma coisa que eu não mencionei de um dos benefícios é que o governo dá uma

Speaker:

vamos dizer uma bolsa família para cada criança que você tem ela dá um certo valor por mês

Speaker:

e basicamente tipo é quase que o valor da creche então tipo meu filho paga a própria creche

Speaker:

vamos dizer assim porque esse valor da bolsa família dele é o dinheiro da creche basicamente,

Speaker:

Na verdade é um pouquinho mais assim, a gente tem que andar por fora um pouco mais.

Speaker:

Independente de quanto vocês se vocês trabalham ou não o governo dá esse valor.

Speaker:

Esse valor sim, independente disso. Agora sim é um valor realmente bem baixo, não dá pra muita coisa não, mas é um dinheiro.

Speaker:

E sobre a creche, ele tá indo desde um ano, a gente colocou ele no nosso caso como somos só nós dois aqui, a gente fez questão de botar desde um ano e um dia.

Speaker:

A gente falou, vai pra creche pra gente poder, enfim, tipo assim, ao menos durante o dia,

Speaker:

a gente tem um momento em que a gente é assim, ufa, sabe?

Speaker:

Tudo bem, que era o momento que a gente trabalhava, mas assim, é um momento que a gente também descansa um pouco.

Speaker:

É, pelo menos a carga mental, né? De criar um filho.

Speaker:

E ele hoje em dia tem 2 anos e 4 meses, então ele já tá na creche há mais de um ano, ele adora.

Speaker:

Já tem amiguinhos de lá, tá aprendendo sueco e também assim, isso é um problema que a gente tá

Speaker:

tendo agora porque como a gente nunca aprendeu nos quatro anos passados, agora a gente provavelmente

Speaker:

vai precisar aprender porque ele literalmente está falando sueco em casa e a gente não entende.

Speaker:

Quando a gente encontra amigos que falam sueco, eles falam, você percebeu que ele falou tal coisa?

Speaker:

Foi, sério, que legal! É muito louco.

Speaker:

Mas ele fala português. A gente fala com ele em português em casa. Ele entende tudo de português.

Speaker:

Ele entende português, tudo que a gente fala, mas as palavras que ele está aprendendo,

Speaker:

Vamos dizer sim, 80% ele fala em sueco.

Speaker:

Principalmente as frases maiores porque ele vai aprendendo na escola, né? É onde ele passa o

Speaker:

aparto do dia também. Então ele entende tudo em português e sueco, mas fala mais sueco agora, né?

Speaker:

Mas assim, eu acho que vai chegar um momento que ele vai tá falando os dois, é porque realmente ele

Speaker:

tá aprendendo a falar agora, aí eu acho que pra ele é mais fácil talvez falar sueco porque ele

Speaker:

usa na escola também. Enfim, não sei. Porque ele deve interagir muito com as crianças,

Speaker:

interação entre crianças na creche deve ser basicamente onde ele passa quase o dia

Speaker:

todo então acaba sendo incorporando, não tem como. E aí até voltando lá atrás que

Speaker:

você falou que ele não é sueco eu fiquei na dúvida então nesse caso vocês e nem ele

Speaker:

teria conseguiriam a nacionalidade sueca mesmo morando aí por um tempo.

Speaker:

Aqui você pode requisitar a partir de cinco anos morando como a gente está morando há

Speaker:

4 anos e pouco, agora a gente está tirando o nosso visto de residência, visto de

Speaker:

residente que a gente pode estar aqui sem ser vinculado ao trabalho porque até

Speaker:

agora nos primeiros quatro anos tem um vínculo do trabalho.

Speaker:

Na verdade os dois primeiros anos tem um vínculo da empresa, do cargo que aquela

Speaker:

empresa te deu. A partir daí, nos dois anos seguintes, que são do terceiro ao

Speaker:

4º ano tem um vínculo do cargo. Você precisa estar trabalhando, no meu caso, como back-end developer em qualquer empresa.

Speaker:

A partir do quinto, no final do quarto ano, você pode pedir a residência permanente,

Speaker:

que aí você pode estar aqui sem ter um vínculo de trabalho.

Speaker:

A gente só licitou em outubro, mas tipo assim, as filas estão gigantesas, muito por causa

Speaker:

dos... tipo assim, aconteceu a guerra agora, então veio muita gente pra cá, então aumentou

Speaker:

a fila da agência de imigração, então a SAE afetando todos os outros processos.

Speaker:

A gente está aguardando ainda e quando a gente fizer cinco anos a gente pode requisitar cidadania.

Speaker:

Aí se a gente pegar, né, quando a gente pegar ou se a gente pegar, o nosso filho também vai ter.

Speaker:

A coisa que eu fiquei pensando aqui é sobre esse tempo que a gente tem maior para cuidar dos filhos, né?

Speaker:

A gente está falando das pessoas na Suécia.

Speaker:

E eu queria saber como que tu sentiu o impacto quando você voltou para o trabalho, né?

Speaker:

Porque por um lado é o normal, todo mundo está acostumado com isso, mas eu queria saber

Speaker:

a tua experiência pessoal de sete meses depois voltar para o trabalho, qual que é a sensação

Speaker:

de começar de novo na equipe?

Speaker:

Foi bem complicado, eu diria. Ao mesmo tempo que eu estava muito feliz de ter um tempo...

Speaker:

Aquelas férias que a gente falou, um tempo sem cuidar da criança, que demanda muito

Speaker:

de você, um tempo além de boa no computador, tudo bem que você está trabalhando, mas é

Speaker:

aquela coisa ali focada no computador, não é uma criança demandando de você 100% do

Speaker:

dia.

Speaker:

Eu acho que é bem diferente, assim, o tipo de trabalho.

Speaker:

Mas ao mesmo tempo, assim, para mim, como mãe, mudou muito, assim, minha cabeça mudou

Speaker:

completamente, assim.

Speaker:

Até hoje eu não sei explicar muito bem, mas eu demorei muito para voltar, assim,

Speaker:

eu precisei meio que me reentender, eu tive que entrar no psicólogo, pra poder tipo.

Speaker:

Onde é que eu estou no mundo sabe, essas coisas assim, bem filosóficas assim, me bateu

Speaker:

muito essa vibe assim, e demorou muito assim, eu diria que demorou acho que mais de um ano

Speaker:

e meio pra eu realmente conseguir me concentrar de volta no trabalho por exemplo, conseguir

Speaker:

lidar com outras coisas que não seja cuidar da criança, sabe?

Speaker:

Porque tipo assim, você é absorvido naquele mundo.

Speaker:

E pra sair dali, pra mim foi muito difícil, assim. Demorou mais de um ano e meio, apesar de eu já ter voltado a trabalhar com 7 meses, né?

Speaker:

Eu estava trabalhando, mas a cabeça, tudo era muito focado ainda em cuidar da criança.

Speaker:

E tu acha que a equipe percebia isso? Porque novamente eu tô falando isso no teu ponto de vista, mas tipo novamente eles estão

Speaker:

acostumados, né? Isso que acontece com todo mundo.

Speaker:

Então é só o que pra eles talvez fosse uma pergunta até estranha, né?

Speaker:

Eu tá fazendo porque é só como acontece.

Speaker:

Mas tu sentia que eles percebiam que tu ainda tava se encontrando?

Speaker:

Provavelmente sim. Agora aqui eu acho que assim a relação com o trabalho é bem diferente do Brasil.

Speaker:

Não existe tanta pressão de você ser produtivo o tempo todo.

Speaker:

Então eu acho que isso também te dá uma uma paz de espírito uma paz maior.

Speaker:

Porque assim pra eles é muito importante essa questão do balanço da vida pessoal

Speaker:

e profissional realmente ser uma coisa que se coloca na prática.

Speaker:

Por exemplo essa questão do VAB se sua criança tiver doente e você falta o trabalho porque é importante você cuidar da sua criança,

Speaker:

E tipo, ninguém julga, todo mundo acha ok, até porque todo mundo faz.

Speaker:

Então eu acho que isso me deu mais paz de espírito, como você falou, pra voltar lentamente, né? Que legal.

Speaker:

Você acha que se fosse no Brasil talvez você acabaria entrando numa...

Speaker:

O que eu tô querendo dizer é que é muito normal pra algumas mulheres no Brasil acabarem

Speaker:

falando, olha, eu já não sirvo mais para isso.

Speaker:

E até... E aí reverbera muito que a própria pessoa acredita nisso,

Speaker:

porque o ambiente propicia que ela acredite nisso.

Speaker:

No normal, ela já acredita, né?

Speaker:

Depois de tanto tempo afastada, vai...

Speaker:

Não sei, eu fico uma semana sem codar, eu volto e já não lembro algumas coisas.

Speaker:

Eu fico imaginando depois de tantos meses e ainda mais quando a sua mente a gente está muito focada, né? É o instinto físico humano, né? Muda muita coisa. Então,

Speaker:

o quanto você acha que teria sido simplesmente uma fase totalmente diferente se você tivesse

Speaker:

no Brasil, na mesma situação?

Speaker:

Sim, eu acho que seria bem mais estressante, né? E talvez até entrasse na estatística

Speaker:

de mulheres que são demitidas quando voltam da licença maternidade. Seria bem mais estressante, no mínimo.

Speaker:

Music.

Speaker:

Só para a gente entrar aqui nesse ponto de custos, vocês chegaram aí com certeza,

Speaker:

nos primeiros meses, muita coisa para comprar, a gente não sabe muito também.

Speaker:

Aí é coroa sueca? Sueca, uhum. Sueca.

Speaker:

A proporção do dinheiro é muito diferente. E assim, pelo menos a Europa toda está tendo que lidar no momento com inflação.

Speaker:

O quanto está sendo esse processo de ter um novo integrante na família, acaba gerando,

Speaker:

um custo maior, eu acho que financeiramente falando.

Speaker:

Em especial, acho que no último ano, onde a inflação está atingindo níveis bem altos

Speaker:

na maioria dos países da Europa.

Speaker:

Realmente, o nosso custo de vida aumentou muito de uns meses para cá, a inflação,

Speaker:

está bem grande, bem alta, preço de mercado, assim como no Brasil, né?

Speaker:

Ouviu falar que no Brasil, ultimamente, aumentou muito os preços, aqui também aconteceu isso.

Speaker:

O preço da energia, principalmente, o que afeta, no nosso caso, que a gente tem o nosso

Speaker:

próprio imóvel, a gente fica responsável pela conta de energia, né?

Speaker:

Porque se você mora num prédio alugado, por exemplo, você paga tipo um valor de condomínio

Speaker:

começar o que já dá direito à energia, né, nesse pacote. Mas no nosso caso, que a gente tem a nossa

Speaker:

própria casa, a gente quer responsável pela energia. Aí imagina, lá fora tá menos 17 graus no inverno

Speaker:

e você tem que manter a casa quente, sei lá, 20 graus, para poder estar confortável. Então é o dia

Speaker:

tipo aquecimento no talo gastando energia a energia caríssima assim muito cara

Speaker:

e realmente nosso custo aumentou muito de uns meses para cá.

Speaker:

Agora sim, em relação a ter filho, eu não considero que aumenta muito o custo, porque como eu falei,

Speaker:

a escola é gratuita, mas tudo bem, nos seis primeiros anos, cinco primeiros anos é a creche, né?

Speaker:

Mas assim, existe um teto e o valor eu acho bem justo, bem ok, inclusive como eu falei, né,

Speaker:

a bolsa que o meu filho ganha quase que paga a escola dele.

Speaker:

Então esse custo, a gente meu que não tem, saúde é de graça, lazer, que também é

Speaker:

uma coisa que talvez eu não tenha comentado, é muita coisa de graça, o lazer daqui se

Speaker:

resume mais a aproveitar o ambiente externo, principalmente nas épocas de não tão frio,

Speaker:

verão absolutamente.

Speaker:

A gente indo pra praia todos os dias porque o sol vai se pôr 10 da noite, sei lá, 11.

Speaker:

Na verdade nem se põe, muitas vezes fica sempre aquela luzinha assim.

Speaker:

Então o lazer é muito...

Speaker:

Ai desculpa gente, tá aparecendo alguma coisa aqui no meu computador.

Speaker:

O computador quer reiniciar.

Speaker:

Ah meu Deus, eu vou tentar voltar dentro do pareio. O lazer aqui é muito aproveitar o ambiente externo, assim.

Speaker:

Então a gente não tem muito custo com lazer. Então isso ter filho, eu acho que não incrementou muito nosso custo de vida nesse sentido, sabe?

Speaker:

Porque a gente, assim, o lazer é muito ir pra natureza, principalmente quando não tá muito inverno.

Speaker:

Quando tá inverno também, tipo a gente vai brincando na neve, as crianças...

Speaker:

Vê o tempo todas as crianças brincando de neve, subindo esmorros de neve, descendo,

Speaker:

não sei o que. o custo em relação a ter filho eu não considero que aumenta muito.

Speaker:

Acho que como última pergunta eu queria voltar lá, tá isa Montenegro cinco anos atrás pensando

Speaker:

em ir para Natal, por causa da praia, mas aproveitando agora praia e na Suécia.

Speaker:

Com tudo isso falou, filhos, vida e essas mudanças todas, estava lá na pena? Eu acho que sim.

Speaker:

A experiência que você tem é incrível, eu acho, principalmente, assim, também de trabalho, né, você,

Speaker:

minha empresa muito internacional, assim, tipo, a última vez que fizeram um levantamento tinha

Speaker:

pessoas de 50 nacionalidades, e tudo tipo assim, isso eu acho que é de uma valiosidade assim enorme,

Speaker:

o seu colega do lado tem uma experiência de vida completamente diferente da sua, o outro do outro lado

Speaker:

outra experiência, e tudo tipo assim, enriquece muito, eu acho. E eu acho que isso é a coisa mais

Speaker:

valiosa, assim, de ter essa experiência, né, morando aqui. E também se expor, né, a novos estilos de vida,

Speaker:

novas formas diferentes de pensar, essa questão da qualidade de vida, do trabalho, você saber que

Speaker:

você pode ter isso na prática, assim, isso é muito legal. Como eu falei lá no início, eu não

Speaker:

a gente vai morar aqui o resto da vida, a gente não coloca esses planos, mas não me arrependo

Speaker:

assim, nenhum momento de morar aqui.

Speaker:

Tá bom, que legal. Então, a gente fechar, eu vou deixar primeiro a Paula, se tiver mais alguma coisa pra falar,

Speaker:

a aula ou comentário sobre o episódio, fica à vontade.

Speaker:

Não, não, eu só queria... Eu lembro de quando a Thaisa fez o processo e é incrível como parece que foi ontem.

Speaker:

O tempo passa muito rápido, né? E é muito legal ver uma mulher se destacar, levar família, refazer, construir uma vida em outro lugar, né?

Speaker:

Passar por tantos altos e baixos, se encontrar com a mãe, mas também se reencontrar com o profissional,

Speaker:

e aprender toda essa coisa da diversidade cultural que é proporcionada quando a gente emigra.

Speaker:

Olhar isso com os olhos de quem vai ganhar, enriquecer, não no sentido financeiro mas no sentido de experiência mesmo.

Speaker:

Então é muito gratificante. Obrigado, Thaisa.

Speaker:

Eu agradeço, gente. Eu também só queria agradecer. Eu gosto sempre de agradecer as pessoas pelo tempo. Acho que é...

Speaker:

Porque eu acho mesmo que é muito valioso. Tem várias pessoas que vão poder ouvir.

Speaker:

Acho que as dúvidas que você tinha,

Speaker:

ou as dúvidas que outras pessoas podem ter, né, que estão indo morar na sua cidade agora, que parecem ter filhos, né, que saber como

Speaker:

que vai mudar a vida, quais são as consequências, tudo isso sobre como que é o hospital, como

Speaker:

que vai ser no trabalho, o tempo fora, já se preparar para saber também que se você

Speaker:

vai ficar um tempão fora do trabalho, né, como que vai ser a volta também.

Speaker:

Então acho que toda experiência compartilhada é sempre válida porque pode ser alguém

Speaker:

que vai ouvir e já vai estar um pouquinho mais preparado na próxima vez.

Speaker:

Então muito obrigado mesmo e antes de fechar eu deixo espaço para ti também.

Speaker:

Se você quiser deixar alguma mensagem, algum link ou qualquer outra coisa, fica à vontade.

Speaker:

Só agradecer mesmo, é bem legal poder compartilhar um pouco da experiência.

Speaker:

Se alguém tiver nessa situação, tiver alguma dúvida, pode entrar em contato comigo que eu ficaria feliz de compartilhar mais um pouco.

Speaker:

Eu acho que na descrição vai estar o meu Twitter. Atualmente eu não tenho usado muito o Twitter, mas eu vejo sempre.

Speaker:

Então se mandar mensagem pra mim eu vou ver.

Speaker:

É porque com o filho realmente não sobra tempo. É isso, é. Ontem a gente falou que a tuída foi a...

Speaker:

Não sobrou tempo, literalmente.

Speaker:

A vida é trabalhar cuidar do filho, trabalhar cuidar do filho e cuidar da casa.

Speaker:

É isso. E aproveitar fora de casa também, né? Só na praia com sol até meia-noite, né?

Speaker:

É, e final de semana a gente saiba aproveitar. Aí é legal.

Speaker:

É isso. Então, galera, quem estiver ouvindo, até agora, né?

Speaker:

Todo mundo está ouvindo até agora, é claro. Pessoal, por favor, não se esqueçam de se estiver no YouTube, Apple, Spotify, Deezer,

Speaker:

Google, qualquer outra plataforma, segue a gente aí, compartilha o episódio porque

Speaker:

mais pessoas podem se beneficiar e aprender aqui também.

Speaker:

Thaisa Montenegro, Paula Santana, muito obrigado mesmo pelo episódio e a gente continua a

Speaker:

conversa, quem sabe tem uma próxima.

Speaker:

Então, até mais. Até mais, tchau tchau! Tchau tchau!

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