E chegamos ao episódio 100, e nele eu vou pela primeira vez falar mais sobre mim, e depois me juntar com o pessoal que chegou comigo em Porto, Portugal, para conversar sobre esses últimos 4 anos que estamos morando aqui.
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Sou o George Focas (ou Focas), brasileiro natural do RJ (não o cartão postal!), programador .net há cerca de 15 anos e não me vejo fazendo outra coisa. Além do trabalho meus hobbies são fazer vários nada com games, música e etc...
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Sempre trabalhei com TI e atuo como desenvolvedor de software desde 2011.
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Gabriel Rubens
Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior. Trabalhando em tech, morando fora e tentando fazer um podcast sobre isso.
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Por Gabriel Rubens ❤️
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Fala pessoal, bem-vindos ao episódio número 100 do TPA Podcast.
Speaker:E esse é um episódio especial, não só por ser o número 100,
Speaker:mas porque eu vou juntar a galera que chegou em Portugal comigo para conversar sobre como está sendo, como foram esses últimos quatro anos,
Speaker:desde que a gente se mudou para cá.
Speaker:Não só isso também, esse episódio é um dia antes do meu aniversário e eu vou aproveitar toda essa coincidência para contar um pouco mais sobre mim.
Speaker:Porque eu sempre tô aqui entrevistando várias pessoas, pergunto sobre elas,
Speaker:e eu falo um pouco sobre mim, comento em alguns episódios, mas eu nunca fiz um episódio um pouco mais direto.
Speaker:E já que eu vou falar dos meus últimos quatro anos morando aqui em Portugal,
Speaker:e vou comentar muitas coisas como se fossem normais, como viajar e a minha experiência aqui,
Speaker:eu queria dar uma introdução também de quem eu sou.
Speaker:E pra propriamente me apresentar depois de 100 episódios. E claro, se você quiser pular essa introdução, você pode ir direto pro minuto 10.
Speaker:Bom, a primeira coisa é que eu nasci em Jaguacuara, na Bahia.
Speaker:Eu nasci em abril de 89, como eu falei, meu aniversário é um dia depois do lançamento desse episódio.
Speaker:E eu me mudei pra Santos quando eu tinha ali por volta dos, sei lá, 7 ou 9 anos, eu realmente não lembro exatamente.
Speaker:Mas a mudança pra Santos não foi uma mudança tão simples, não é algo que a gente só pensou,
Speaker:poxa, como será morar em São Paulo, né?
Speaker:Como a vida de muitos brasileiros, meus pais não acabaram a escola, pararam de estudar.
Speaker:E acho que até por isso a vida estava muito difícil lá e estava difícil arrumar emprego.
Speaker:Então meu pai, como muitos brasileiros fazem novamente, foi tentar a vida na cidade grande,
Speaker:que no nosso caso foi Santos, no litoral de São Paulo.
Speaker:Meu pai foi o primeiro e juntou dinheiro por um ano para depois levar a família,
Speaker:aquela viagem longa de ônibus que eu ainda tenho alguns flash na cabeça.
Speaker:Em Santos, a gente morou primeiro como se fosse num galpão ou uma garagem, era tipo um quadrado que ficava no fundo de outra casa.
Speaker:Eu lembro mesmo que era um lugar muito quente, mas enfim, ao mesmo tempo foi bem bom pra gente,
Speaker:porque depois de um ano, família separada, naquela época sem internet, o contato era por telefone e era mais difícil,
Speaker:então a gente tava junto novamente.
Speaker:Depois de um tempo a gente se mudou para uma casa na zona noroeste de Santos.
Speaker:Pra quem conhece a cidade fica lá no Jardim Rádio Clube, né?
Speaker:Pra ser mais precisamente, era um Jardim Rádio Clube, na verdade.
Speaker:Onde eu passei a maior parte da minha vida, eu estudei em duas escolas públicas, professor,
Speaker:Pedro Crescente e professor Francisco Cumeira. caso alguém tenha assistido lá também, manda uma mensagem, vai ser interessante ouvir.
Speaker:Outra coisa que eu acho importante falar também é que meu primeiro emprego com carteira assinada foi aos 15 anos.
Speaker:E atenção aqui, o primeiro com carteira assinada, porque eu já tinha trabalhado antes, já trabalhava por um tempo na real.
Speaker:Não um glamourezo isso, acho que com essa idade todo mundo deveria estar estudando, praticando esporte, descobrindo um pouco mais da vida, experimentando coisas novas.
Speaker:Mas ao mesmo tempo eu sou muito grato, porque esse trabalho acabou sendo um ponto de virada na minha vida.
Speaker:Eu tenho que dizer que eu tenho muita sorte mesmo, pelo lugar que eu trabalhei, pelas pessoas que eu conheci lá,
Speaker:porque elas tiveram um impacto enorme.
Speaker:Eu me formei em Análise de Desenvolvimento dos Sistemas, da Unimonte, em Santos,
Speaker:mas se não está claro ainda, eu não tinha dinheiro para pagar a faculdade.
Speaker:E, novamente, eu tive muita sorte mesmo que existia, já naquela época, o Prouni,
Speaker:que foi a chance que eu vi de fazer faculdade.
Speaker:Eu nunca fui um aluno bom e fique claro aqui, eu sempre tirei notas baixas na escola.
Speaker:Na real, notas o suficiente para passar, ficava de recuperação em alguma coisinha.
Speaker:Mas quando eu ouvi falar do ProUni, eu queria fazer faculdade, foi mais um momento de vida
Speaker:que eu pensei que era tudo ou nada.
Speaker:Então eu passei um ano inteiro estudando muito mesmo, tive que colocar muito esforço
Speaker:por culpa minha, por não ter estudado na escola antes.
Speaker:Então, eu tive que tentar compensar de alguma forma. E consegui uma bolsa de estudo e entrei na faculdade, onde eu conheci novamente,
Speaker:acabei reencontrando com o Fernando Bacic, que já tinha trabalhado comigo quando eu tinha 15 anos no departamento de informática da Prefeitura de Santos.
Speaker:E ele acabou me ajudando a conseguir o meu primeiro estágio.
Speaker:Então, as coisas aconteceram daí por frente muito rápido mesmo.
Speaker:Não só o Fernando, eu acho que eu conheci muitas pessoas legais.
Speaker:Ele é um dos que tiveram o maior impacto e por isso tem até o episódio aqui sobre ele no Professor,
Speaker:que é com ele, e ele participa, que foi minha forma de homenagear também
Speaker:o quanto ele ajudou... ele me ajudou e ajudou muitas outras pessoas também, que eu sei.
Speaker:Até os 23 anos, eu não imaginava que faria nenhuma viagem pra fora.
Speaker:Bom, a vida já era bem melhor, eu não posso reclamar, meu salário como estagiário,
Speaker:Até como o juro já era bem alto assim pro padre da minha família, eu acho que já era um salário...
Speaker:Não maior do que o meu pai, mas já estava quase ali, como o júri já era maior.
Speaker:Então a vida já era bem diferente. Mas ao mesmo tempo, você sabe quando você vem de classe média baixa,
Speaker:não é um salário alto que do nada a tua vida muda pra sempre.
Speaker:As coisas têm que ser construídas dali pra frente. Você tem que ir pagando as coisas, tem que ir atendendo as necessidades básicas,
Speaker:e aí daí você começa a pensar em talvez ter viagem de férias.
Speaker:Bom, enfim, aos 23 anos eu comecei a ter essa ideia de viajar pra fora, principalmente
Speaker:pra estudar inglês, e eu juntei dinheiro por... eu realmente não lembro, mas eu acho
Speaker:que por uns 3, 4 anos mais ou menos eu fui juntando dinheiro até que eu fui pra Toronto,
Speaker:no Canadá.
Speaker:Já falei no episódio várias vezes sobre essa passagem, né, mas eu fiquei lá por
Speaker:volta de 4 meses e foi uma enxurrada de novidades.
Speaker:E nessa viagem eu comecei a pensar assim, cara, eu quero mesmo morar fora por um tempo.
Speaker:Eu gosto do Brasil, eu sei que várias pessoas tem alguns problemas ou não gostam do Brasil
Speaker:por causa disso, mas eu sempre gostei e a minha ideia de morar fora sempre foi por poder
Speaker:viajar e por poder ter mais essa experiência de conhecer pessoas diferentes.
Speaker:Eu sei que eu vou sempre conhecer brasileiros, e dito e feito eu conheço bastante brasileiros,
Speaker:até porque eu estou em Portugal é fácil, né.
Speaker:Mas eu queria me expor a cultura diferente, a viagens, a comidas e experiências.
Speaker:Acho que esse podcast é muito sobre experiências.
Speaker:Depois de Toronto, ainda lá, eu tinha na cabeça que eu queria morar fora.
Speaker:Voltei para o Brasil e comecei a me preparar para isso, mudando o linguagem para inglês,
Speaker:aplicando para algumas vagas, estudando inglês.
Speaker:Comecei a fazer aula online com muito mais frequência lá, que eu percebi que eu não
Speaker:estava preparado ainda.
Speaker:Enfim, passou mais ou menos um ano dessa minha volta para o Brasil,
Speaker:para eu conseguir um emprego aqui em Portugal.
Speaker:Então esse episódio de hoje vai ser sobre essa passagem, dessa chegada aqui em Portugal em janeiro de 2019 até o dia de hoje.
Speaker:Então essa primeira parte aqui que faz essa minha introdução, você caminhou comigo pela minha história e agora você vai continuar caminhando comigo pelos últimos quatro anos.
Speaker:Uma coisa que é importante eu falar aqui, durante todo esse episódio a gente fala de coisas como viajar, como tá aqui em Portugal,
Speaker:A gente reclama de algumas coisas, a gente gosta de outras, né?
Speaker:E tudo parece muito normal.
Speaker:Mas eu quero deixar claro que eu não acho que é muito normal.
Speaker:Não é uma coisa que todo mundo tem a possibilidade de fazer, né?
Speaker:Deveria. Mas até por isso mesmo, enquanto eu edito esse episódio,
Speaker:que eu não tô acabando de editar agora, eu preciso me gravar esse vídeo,
Speaker:eu tenho refletido muito como acontece editando vários.
Speaker:Mas tem refletido muito como eu tenho sorte e eu sou privilegiado de estar até aqui.
Speaker:E acho que tem algumas coisas que são importantes aqui, né?
Speaker:Desde aquele emprego, quando eu falei que eu tinha 15 anos, eu sempre me esforcei demais.
Speaker:Eu sempre tentei aprender e me trabalhar da melhor forma possível para que as pessoas
Speaker:até me reconhecessem, né?
Speaker:Eu queria, de certa forma, reconhecimento por aquilo que eu estava fazendo, então eu
Speaker:queria crescer por isso, por esforço próprio.
Speaker:Mas ao mesmo tempo, várias outras pessoas que eu conheci no caminho também se esforçaram tanto ou mais que eu.
Speaker:Pessoas que eu conheci nas unidades, pessoas que eu conheci nos empregos.
Speaker:Então eu tenho que humildemente admitir que eu tive muita sorte.
Speaker:Eu tive sorte por onde eu fui trabalhar, 15 anos, eu tive sorte por pessoas que eu conheci.
Speaker:Eu tive sorte por ter o ProUni, quantas pessoas lá atrás não tiveram oportunidade de fazer faculdade porque não existia o ProUni.
Speaker:Eu tive sorte porque eu conheci o Fernando Basique, que acabou me ajudando nesse caminho várias vezes.
Speaker:E eu tive sorte por várias outras pessoas que eu conheci no caminho.
Speaker:Várias pessoas mesmo que em algum momento me ajudaram.
Speaker:Então, quando eu faço esse episódio, quando eu falo de viagens,
Speaker:quando eu fico aqui às vezes reclamando por coisas banais, que eu sei que eu reclamo,
Speaker:eu sei que também tem o outro lado que é, não é fácil chegar aqui e tem muitas pessoas ainda trilhando esse caminho.
Speaker:Então, se você está trilhando, espero que esse episódio ou que não só a minha história, mas muitas outras pessoas conseguiram,
Speaker:muitas outras pessoas fizeram ProUni, espero que sirva também de inspiração para você.
Speaker:Bom, se você continua aqui, ainda me ouvindo, Vou deixar você voltar para o episódio.
Speaker:Essa foi a minha vida até janeiro de 2019.
Speaker:E a partir daí é o que eu conto no episódio com toda a galera que está comigo e a gente vai compartilhar.
Speaker:Muito obrigado mesmo. E vamos voltar agora para o episódio completo.
Speaker:Fala, pessoal. Bem-vindos ao TPA podcast. Gabriel Rubens aqui novamente.
Speaker:E hoje, pela primeira vez, um episódio com várias pessoas.
Speaker:Várias pessoas. Eu quero ver como vai se gerenciar isso.
Speaker:E o tópico do episódio é sobre os nossos quatro anos morando em Portugal.
Speaker:Certo? Mais de quatro anos, né? A gente demora de marcar com tanta gente, então já tem mais de quatro anos agora.
Speaker:Quatro anos e alguns meses. E eu vou dar o contexto do primeiro episódio.
Speaker:Todos nós aqui nesse episódio, mais o Thiago que talvez entre.
Speaker:Nós chegamos em Portugal juntos para trabalhar na mesma empresa e a vida foi mudando, né?
Speaker:Está todo mundo em Portugal ainda, mas a vida foi mudando. A gente vai conversar sobre isso.
Speaker:Então mais do que falar a experiência de alguém morando fora,
Speaker:a gente vai conversar sobre as nossas experiências, vai ser uma conversa um pouco mais solta do que as outras.
Speaker:E pela primeira vez também eu vou falar mais sobre mim, é uma coisa que eu sempre evito nos outros episódios, né.
Speaker:E dessa vez eu também vou estar mais envolvido no episódio, falando da minha experiência porque está envolvida com todo mundo aqui.
Speaker:Vamos começar, como tem uma galera aqui, se apresentando. Então cada um fala aí o que faz, de onde veio,
Speaker:e aí depois a gente vai chegar em como foi chegada aqui em Portugal.
Speaker:Gil.
Speaker:Fala, galera. Tudo bem? Para quem não me conhece, eu já participei aqui do podcast do Gabriel,
Speaker:então corre lá para ver o episódio.
Speaker:Mas meu nome é Juliane, eu tenho 31 anos. Como o Gabriel falou, a gente chegou aqui todo mundo junto.
Speaker:Então, em 2019, eu fui contratada para trabalhar na mesma empresa que toda a Mota.
Speaker:Eu sou software engineer, fui software engineer, serei por um bom tempo, pelo menos.
Speaker:Atualmente, eu trabalho como lead.
Speaker:Acho que é isso, não tem muito mais o que dizer. Excelente. Mais uma das pessoas chegaram como engineer e viraram manager.
Speaker:Tem uma galera aqui, eu sinto que eu estou ficando para trás.
Speaker:Depois tem aqui o Jorge, né Jorge? Bom pessoal, sou o Jorge Focas, ou Focas, ou qualquer apelido de animal marinho que vocês conseguirem pensar.
Speaker:Estou aqui em Portugal há 4 anos, sou desenvolvedor do .NET, dentro dos primórdios da humanidade.
Speaker:Já tenho mais ou menos uns 15 anos que eu trabalho com .net sou do Rio de Janeiro, não é o cartão postal, acho que as pessoas fiquem oriçadas
Speaker:São Gonçalo, é uma cidade chamada São Gonçalo, sou de lá,
Speaker:e é isso, estou aqui há 4 ou 4 anos, trabalhava com essa galera aí,
Speaker:E tamo aí.
Speaker:Excelente e aí depois vem o Jorge também já participou do episódio e agora.
Speaker:Bem lembrado já já é o segundo episódio aqui.
Speaker:A próxima vez eu já posso pedir música.
Speaker:Agora pela primeira vez os dois aqui.
Speaker:Vale falar também que talvez tem mais um que participou que é o Thiago Cavalheiro.
Speaker:Talvez ele vai entrar mas não está fazendo deploy.
Speaker:A gente não sabe se ele vai entrar aqui no meio. Então, vamos ver.
Speaker:Mas, além do Thiago, tem aqui também o André.
Speaker:Oi, pessoal, eu sou o André. Sou mineiro, de Patos de Minas, 35 anos.
Speaker:Como todo mundo aqui, quatro anos em Portugal.
Speaker:Sou desenvolvedor back-end, já há 13 anos, nesse tempo todo,
Speaker:principalmente trabalhando com .NET, eventualmente fazendo outra coisa entre as tecnologias.
Speaker:Mas, principalmente isso.
Speaker:13 anos de .NET e 4 em Portugal.
Speaker:Excelente! E o Evandro? Opa! Boa galera, eu sou o Evandro, também como todo mundo aqui brasileiro, só que eu sou de São Paulo,
Speaker:Vim da cidade de Jundiaí, que a Juliana também é minha conterrânea,
Speaker:E eu também sou desenvolvedor da .NET Já trabalho com isso há mais de 10 anos, acho que tá chegando ali nos 13 anos, mais ou menos,
Speaker:E sempre trabalhei com TI, mas aí surgiu a oportunidade de vir pra cá, pra Portugal,
Speaker:já direto pra trabalhar na Farfetch, que foi a empresa que todo mundo também trabalhou,
Speaker:então também cheguei aqui junto com a Maltor, praticamente ali na mesma semana.
Speaker:E é isso, estamos aí para aprender, ainda evoluindo muitas coisas.
Speaker:E eu, pela primeira vez acho que me apresentando, Gabriel, tem esse podcast aqui pra falar sobre pessoas que moram fora, porque eu também, né, moro fora.
Speaker:Fiz o podcast ainda com outros amigos lá no começo, vocês vão ver o nome de Pencast nos primeiros episódios, porque eu sempre pensei em morar fora, nunca achei que faria isso.
Speaker:Então o podcast foi, pô, eu queria trocar ideia com mais pessoas, que nem vocês estão aqui.
Speaker:Eu nasci na Bahia, numa cidade chamada Jaguaquara, uma cidade pequena, mas me mudei pra Santos quando eu ainda era criança.
Speaker:E aí, morei em Santos boa parte da minha vida.
Speaker:Tenho 33 anos e como todo mundo aqui, porque a gente chegou juntos, né?
Speaker:Chegamos pelo menos quase no mesmo dia, talvez em dois voos diferentes a gente.
Speaker:Já tô aqui em Portugal já há uns... há quatro anos e três meses, certo?
Speaker:Quatro anos e dois meses. Talvez.
Speaker:Então é isso. Então vamos começar o episódio.
Speaker:E a primeira coisa que eu queria que eu queria saber é o que vocês lembram da chegada.
Speaker:A gente chegou todo mundo junto e eu queria saber não só da chegada.
Speaker:Mas quais são as lembranças do primeiro dia. Como eu falei esse episódio é muito mais sobre a nossa experiência aqui
Speaker:do que como é os outros que é focado em uma pessoa.
Speaker:A primeira coisa é entender como foi a chegada. Eu não lembro muito bem.
Speaker:Eu lembro que eu estava eu vi se eu não me engano no mesmo avião que o Focas.
Speaker:Foi eu e o Thiago. A gente estava no mesmo avião. Tiago Evandro também estava também estava levando também estava.
Speaker:Então chegamos todos juntos? Sim. Foi cara, esse dia foi engraçado porque eu consigo me lembrar do...
Speaker:Antes de embarcar assim, pra pegar o voo, né? Eu tava na casa de uma amiga nossa, né?
Speaker:E ela tem um Fiat Uno e a gente tava com sete malas de viagem.
Speaker:E aí foi uma loucura, tipo, a gente deu um jeito de botar algumas malas lá no carro
Speaker:dela e aí eu pedi um Uber em paralelo, machuquei meu dedo e eu lembro só por causa disso.
Speaker:Uber pra levar outra metade das malas, né?
Speaker:Não cabia tudo em um carro.
Speaker:Sim, e eu lembrei só por causa disso, porque eu machuquei meu dedo e eu fiquei, caraca,
Speaker:eu vou chegar em Portugal com o dedo machucado, que doideira.
Speaker:E aí, chegando lá, sete malas, uma penca de documento, apostos, né?
Speaker:Você nunca sabe o que que vão pedir e tal.
Speaker:E você fica meio apreensivo, né? Ainda mais que eu cheguei com uma mala e envelopei, né?
Speaker:Falei, pô, o pessoal vai achar que eu tenho o drole aqui dentro.
Speaker:Se eu vou fazer o que quero. Mas até que não, até que foi de boa assim.
Speaker:A gente passou lá pela... Pelo nada a declarar, pelo alfândega.
Speaker:Mas ele, ó, sete malas? Deixa eu ver aqui.
Speaker:Aí ele viu que só tinha coisa usada e eu... Tava meio com medo assim e tal.
Speaker:Aí ele perguntou pra... Ah, você tá vindo trabalhar e tal?
Speaker:Falei, ah, tô, tô.
Speaker:Falei, ah, todo mundo vem pra cá, você vai pra onde? Pro escritório de Braga ou escritório do... Ele já sabia tudo.
Speaker:E acho que facilitou também, né?
Speaker:E aí depois, saí lá da área de embarque, já tinha um pessoal esperando lá.
Speaker:E foi isso.
Speaker:E eu ocupei todo o espaço da van que a gente tinha que levar.
Speaker:Depois precisou de ajuda para subir as malas. A gente ficou no mesmo AirBnB, no mesmo prédio.
Speaker:Era tipo, a casa estava eu.
Speaker:Acho que eu e o Thiago no mesmo andar, se eu não me engano.
Speaker:E aí eu não lembro o que. Mas o Jorge eu sei que estava com a gente porque a gente teve que ajudar a subir as malas.
Speaker:Acho que você e o Thiago estavam no AirBnB vizinho.
Speaker:Não era isso? Ah sim, é verdade. É e eu estava no do lado e aí eu dei a sorte,
Speaker:de pegar o último andar que tinha que subir todas as escadas sei lá acho que uns três andares, três danças de escada.
Speaker:E aí o Evandro ajudou. É isso aí, fomos nós três e a gente levou as malas tudo lá pra cima
Speaker:e depois a gente foi ficar nos nossos apartamentos.
Speaker:Sim, fizemos um trabalhinho. Nossa ainda fiquei com a lombar doendo aquele dia porque a casa das malas,
Speaker:é a gente tu e viagem tem algum problema a gente estava conversando uma vez no jantar estava trocando ideia sobre viagem
Speaker:e toda viagem já tinha alguma história de alguma coisa que aconteceu.
Speaker:Parte da aventura e vocês vocês lembram também do dia que não estava nesse voo com a gente.
Speaker:O André chegou antes da documentação. Eu cheguei um ou dois dias antes. Eu cheguei no dia 7 ou no dia 8.
Speaker:Meu avô, eu lembro que sou do Brasil, no dia 7. Mas foi meio...
Speaker:Eu cheguei aqui no dia 7, na verdade.
Speaker:E cheguei aqui à noite. E no aeroporto, ao contrário do Jorge, eu só tinha duas malas.
Speaker:Eu e minha companheira.
Speaker:E cada um tinha uma mala ou duas. É, três malas. Pouca coisa, assim.
Speaker:Passamos um dado a declarar, mas pediram para abrir as malas do mesmo jeito,
Speaker:E aí ainda cobraram o imposto do notebook da minha companheira.
Speaker:E aí aquilo demorou um monte, e aí eu sabia que tinha uma pessoa da empresa esperando para levar para o AirBnB,
Speaker:E meu telefone na época estava muito ruim, a bateria não durava nada
Speaker:E eu consegui mandar uma mensagem pra pessoa, eu falei.
Speaker:Olha, acho que vai demorar aqui, depois a bateria acabou E eu fiquei com medo de não ter como ir embora pra Airbnb,
Speaker:E meio revoltado, porque eu achei que a cobrança do imposto era injusta Porque era um notebook usado, não era importação nem nada
Speaker:Mas depois, uns dias, eu pesquisando a legislação E sim, aquela cobrança era justa,
Speaker:A gente deveria ter declarado que tava trazendo aquilo e tal e não fizemos. E pronto, depois eu lembro também de pegar um baita trânsito assim de fim de dia,
Speaker:de horário de pico. Chegou na sexta então, porque a gente chegou no domingo, dois dias depois,
Speaker:eu acho que era no domingo que a gente chegou. Foi? Sim. Então eu não lembro exatamente que dia
Speaker:da semana que era. E aí eu lembro de chegar no Airbnb à noite, tá tudo arrumadinho,
Speaker:De noutro dia acordar cedo e ir no supermercado.
Speaker:E acostumado com o Brasil, cheguei...
Speaker:Sempre acordei muito cedo, cheguei na porta do supermercado às 7 da manhã.
Speaker:E foi a primeira diferença cultural, né? O supermercado é de suave, de 8 de manhã.
Speaker:E aí voltei pro apartamento, depois voltei de novo pro supermercado, e...
Speaker:Tudo novo, assim. Foi uma das coisas que eu mais lembro, assim, que mais marcaram.
Speaker:Cara, foi... Na chegada foi isso.
Speaker:O teu B&B era ali na Trindade também? Era na Trindade, ali bem ao lado daquele estacionamento,
Speaker:aquele prédio de estacionamento que tem lá ao lado da educação.
Speaker:Ah, tu tava do lado da gente e tal?
Speaker:Era, eu acho que era.
Speaker:Ah, é porque é, sei lá, uma quadra da gente e tal? Sim, era próximo.
Speaker:A gente não se conhecia na época, né?
Speaker:A gente foi se conhecer depois, quando nós fomos no escritório para assinar o contrato
Speaker:mas foi uma semana depois,
Speaker:então tu não foi e chegou? porque a gente chegou a fazer jantar juntos tu não estava junto nesse dia? eu acho que não,
Speaker:porque vocês se conheceram acho que no voo e nessa chegada
Speaker:não, no voo não, tinha um motorista lá e tava todo mundo na mesma van
Speaker:depois num grupo de whatsapp de brasileiros que já estavam aqui lá na
Speaker:empresa só que vocês não estavam nesse grupo era um outro e eram mais veteranos no fim das contas eu acabei conhecendo uma pessoa só desse
Speaker:grupo e o grupo morreu depois
Speaker:com todo o grupo eventualmente o nosso resiste lá, o fim forte
Speaker:Gil, Evandro?
Speaker:Eu lembro bastante do primeiro dia, não tenho memória muito boa, mas eu lembro do primeiro dia assim.
Speaker:Porque eu nunca tinha saído do Brasil, nunca tinha feito viagem internacional mesmo,
Speaker:e nem mesmo no Brasil não tinha feito tantas viagens grandes.
Speaker:E eu estava bem ansioso mesmo, nunca tinha morado fora de casa, sozinho.
Speaker:Primeira vez já foi tudo de uma vez mesmo, morar em outro país, conhecer outra cultura, sozinho e vamos embora.
Speaker:Foi bem dar a cara mesmo para as coisas novas.
Speaker:E aí eu lembro que no aeroporto foi aquela choradeira de família toda, né?
Speaker:E eu lembro que no voo, não sei se vocês lembram, foi a Gisele Bündchen no mesmo voo. Lembram disso?
Speaker:Não, foi a Anna Hickman. na rígima.
Speaker:Isso, é na rígima. Verdade. Verdade.
Speaker:Estava lá também e aí foi engraçado que ficava tudo com medo e ela fez uma reportagem, né?
Speaker:Depois passou um mês, a minha mãe mandou um vídeo dela olha a Ana Hickman em Portugal, eu falei, pô, ela estava no vídeo
Speaker:é isso, aí ficaram zoando, vou pegar o mesmo voo da Ana Hickman, não sei o que
Speaker:não, a mesma classe é isso, eu vi ela só no aeroporto e depois nunca mais pô, lá pro fundo ela ficou, né?
Speaker:Mas foi bem interessante, aí depois quando a gente chegou Eu já tava todo ansioso lá, nem sabia quem era da Farfetch'd ou não, mas eu lembro que no aeroporto, quando saiu aqui, no aeroporto do Porto ali,
Speaker:eu dava pra ver que tinha a pessoa lá com a plaquinha da Farfetch'd, mas eu vi o Gabriel.
Speaker:Eu lembro muito bem de estar o Gabriel do lado da pessoa da Farfetch'd, com a plaquinha esperando.
Speaker:E aí eu falei, ah, certeza que tava no voo e vai ser brasileiro.
Speaker:Ele é brasileiro, vou puxar a conversa.
Speaker:Aí eu fui do lado dele e comecei a conversar e tal. E rapidinho assim, depois chegou o Focas já com as malas e a gente já foi pra...
Speaker:Com vontade do voo.
Speaker:Eu acho que o Thiago tinha várias malas também.
Speaker:Ele só tinha duas também. Ele tinha o padrão que era... Eu tinha uma e não tava cheia.
Speaker:Eu fico olhando todo mundo e falei que eu meio que doei todas as roupas e vim com um casacão que eu já tinha.
Speaker:Eu já tinha feito uma, já tinha viajado para fora, então tinha comprado um casaco, mas no geral eu vendi quase tudo.
Speaker:Quer dizer, vendi não, eu doei quase todas as roupas e aí eu comprei algumas aqui.
Speaker:Meio que vi, caramba, olhei online qual que é o preço, falei preciso comprar o mínimo possível para sobreviver,
Speaker:então vou levar só aquela roupa de uma semana.
Speaker:E aí comprei aqui na época. É porque a empresa deu duas bagagens de porão pra viajar.
Speaker:E eu não preenchi. O Jorge usou. E eu usei todos.
Speaker:E ainda comprei mais.
Speaker:E a Gio? Pratí, tu também chegou antes então né? Porque tu não tava na van com a gente.
Speaker:Eu cheguei, eu cheguei. Basicamente, eu fui contratada, sei lá, meu processo seletivo começou em julho,
Speaker:daí demorou aquele monte, daí na primeira semana de dezembro a Farfetch deu as opções,
Speaker:Então, eu viajarão dia 26 de dezembro.
Speaker:Se eu quisesse ir em dezembro ainda ou depois como eu faço aniversário dia 5 de janeiro
Speaker:eu pedi pra ir depois porque daí eu já passava no natal, ano novo, meu aniversário e ia depois,
Speaker:então eu consegui comemorar todas as comemorações possíveis daí ainda o final de semana antes eu fiz o maior churrasco
Speaker:pra galera, pra se despedir mesmo e eu viajei no dia 9 que é o dia do fico
Speaker:então é muito engraçado que eu viajei no dia do fico,
Speaker:no dia do fico você foi,
Speaker:Eu já não vi o que eu fui. Foi muito engraçado.
Speaker:Foi no dia 9, daí eu cheguei no dia 10.
Speaker:Eu fui sozinha, pra mim foi bem tranquilo, eu tava com a documentação, tudo bem certinho.
Speaker:Mas na hora que eu cheguei, a galera meio que desconfiou de mim, porque eu sou 1,60m de altura,
Speaker:e daí tava lá, tipo, profissional altamente qualificado, né, que tá no visto.
Speaker:E daí o rapaz fez um monte de perguntas pra saber, tipo, se eu não tava enganando ninguém, tipo,
Speaker:que é você, onde você vai trabalhar, o que a empresa faz, ele sabia o que a empresa fazia,
Speaker:mas provavelmente ele fez algumas questões ali por um tempinho.
Speaker:Mas deu tudo certo sair também, nada a declarar, não fui parada.
Speaker:Chegou lá fora, tinha o cara da van esperando a gente, e eu também tava só com duas malinhas,
Speaker:E daí chegou o Natan com 400 mala, 3 violão, assim.
Speaker:Eu falei, caramba, esse cara veio mesmo pra ficar, assim. Foi muito divertido.
Speaker:Daí só fui eu e ele na van, mas ele ocupou basicamente a van inteira.
Speaker:E eu acho que eu parei primeiro, eu fiquei ali na rua do Almada, e o Natan foi para outro lugar.
Speaker:Depois a gente foi se conhecer mesmo naquele dia que a gente foi só assinar os contratos.
Speaker:Naquele dia eu conheci o André primeiro, tanto que o André a gente deu um rolê pelo porto naquele dia,
Speaker:então eu fiquei mais próxima do André depois que a gente criou o grupo e passamos a sair.
Speaker:Então o Natan, é mais um que veio com a gente né, então dos que não estão aqui na cola teve o André Cavalheiro e o Natanael.
Speaker:Thiago Cavalheiro. Thiago Cavalheiro. Pô louco. 4 anos de amizade, 4 anos de amizade sem seu nome.
Speaker:Ah, bom o Thiago Cavalheiro. Eu to olhando pros nomes aí, isso me atrapalha demais.
Speaker:Mas enfim, foi o Thiago e o Natan.
Speaker:E cara, a minha memória desse dia é que eu tava em Santos e tava, sei lá, 32 graus no dia, né.
Speaker:Aí pega o ônibus pra São Paulo, tava 24 graus, aí já foi, pô, tá frio, né.
Speaker:E aí chega no posto, tá aí lá, tava 8 graus.
Speaker:E eu falei, caramba, tava de regata, né.
Speaker:Tipo, algumas horas atrás eu tava de regata, o que que vai acontecer?
Speaker:E aí, diferente do André, né, que teve trânsito, a gente chegou, tava vazio a cidade.
Speaker:Eu saí pra dar uma volta no mesmo dia, tava vazio, vazio, sabe?
Speaker:E eu fiquei, meu Deus, tipo...
Speaker:Eu fiquei preocupado, batei um pouco de ansiedade, eu achei que a cidade era vazia.
Speaker:Hoje, hoje, né, é muita gente.
Speaker:Mas eu não sei, aquele ano, no meio de janeiro, fui muito vazio.
Speaker:E nos outros anos não foi mais assim. Cara, foi mesmo, cara.
Speaker:Eu lembro também que eu dei essa volta aí no dia, só que aí eu tava muito cansado, fui dormir.
Speaker:Aí, sei lá, acho que dois dias depois, no dia seguinte, a gente foi dar uma volta de noite. de noite, cara...
Speaker:Tinha nada aberto. É diferente, aquele ano era diferente, eu não sei, era tudo muito vazio.
Speaker:E a gente estava ali na praça do Marquês, que é o ponto mais alto que tem aqui no porto,
Speaker:e descendo uma das ruas ali não tinha nada, cara. Eu falei, nossa, o que eu tô fazendo aqui, sabe?
Speaker:Olha, mas vocês chegaram no domingo, né? Eu também tive essa impressão.
Speaker:Não foi? Não, é, sim, o domingo foi tenso demais, eu não sei, não tinha ninguém,
Speaker:dar uma volta na hora tarde.
Speaker:Mas não é mais assim.
Speaker:Saindo das regiões bem bem turísticas do centro do porto o domingo.
Speaker:Mas é região turística mesmo. Eu lembro do que você está falando.
Speaker:Foi dar uma volta. A gente estava...
Speaker:É porque muita coisa fecha, né? Domingo.
Speaker:Domingo ainda muita coisa fecha, né? Não, sim, mas não tem pessoas em geral.
Speaker:Está muito vazio. Eu lembro da avenida dos Aliados. Não tinha nem gente tirando foto.
Speaker:Eu estava morto, morto mesmo. Isso, é isso que eu estou falando.
Speaker:Foi andar na Aliados aqui. A gente estava do lado do Aliados, né?
Speaker:Então, andamos no Aliados.
Speaker:Então, essa é uma coisa. Outra coisa foi comprar um sanduíchezinho.
Speaker:Ainda lembro o lugar e lembro o cara. Fui comprar, era um euro.
Speaker:E aí, eu ia pagar o cartão, né? Tipo, eu não andava com o dinheiro.
Speaker:Aí o cara me olhou, ele ficou bravo. Falou, não, peraí, vou pagar um euro.
Speaker:Hoje já é normal também, né? Tipo, pós pandemia mudou.
Speaker:Mas eu ficava, caramba, o cara não aceita cartão. E ele ficou, ele olhava pra mim como que absurdo é ele, sabe?
Speaker:Eu lembro que eu tive que chamar um Uber Eats. Sério?
Speaker:Eu não lembro se eu não achei uma máquina para tirar o dinheiro, mas eu lembro de dar
Speaker:umas voltas assim, eu li outros lugares também sobre bichinhos assim, eu fiquei com vergonha
Speaker:e não vou entrar, perguntei se eu aceita cartão, sei lá, e por acaso ele falou que
Speaker:quer saber, vou começar já de Uber Eats.
Speaker:Foi, foi. Foi, foi. Sim cara, isso foi um choque também. Porque é uma coisa que você tem, você tá tão acostumado que
Speaker:você nem pensa, né? Você fala, pô pô, tô aqui em Portugal, tô na Europa. Eu não dava com dinheiro.
Speaker:Eu não dava com dinheiro, mas assim, então...
Speaker:E isso aconteceu com tanta frequência, quando eu me mudei pra essa casa, que tem um,
Speaker:tem um restaurante aqui, caramba, faltou o nome agora, mas que ele vende
Speaker:tipo rojões no pão, aquela carne de porco estufada, e é também 1 euro.
Speaker:E eu ia lá com tanta frequência e toda vez eu esquecia, então eu pedia, eu ia pagar,
Speaker:eu falava só um minuto, sabe, e a sacoladeira voltava, que sei lá,
Speaker:as duas últimas vezes eu fui pagar, a mulher falou, depois você paga, sabe.
Speaker:Porque eu demorei um tempo de ir lá, mas...
Speaker:Não, ela olhou pra mim, ela olhou pra minha cara já, sabe, e falou, pode.
Speaker:Aí ela falou, tá bom, depois você paga, porque do lado da minha casa, sei lá, ela me veia passando na frente com frequência, É, pode ser.
Speaker:Falando em dinheiro, um negócio que eu sofri muito era porque eu não sabia se essas coisas eram caras ou baratas
Speaker:daí eu tinha que ficar... não sabia um euro, mas isso é barato ser um euro? é caro ser um euro?
Speaker:Então eu lembro que assim lá nos primeiros três meses, esse negócio da conversão, de saber o valor das coisas,
Speaker:pegou bastante bem lembrado, e a gente chegou e era na altura lá era 4 reais um euro, 4,20 alguma coisa assim,
Speaker:muitos bons tempos.
Speaker:Era perto de 4 meses. Nem dá pra acreditar.
Speaker:E o que foi, nessa onda de entender a conversão, o que vocês acharam mais difícil no começo,
Speaker:voltando lá para os primeiros 3 meses, vamos dizer, o que vocês acharam mais complicado?
Speaker:Eu posso começar falando que foi...
Speaker:Aquele ano estava nublado por muito tempo e isso me assustou.
Speaker:Eu fiquei pálido na época, lembra? Frio! Vários dias. Estava bastante frio e não tinha luz do sol nenhuma.
Speaker:Passou umas cinco semanas e eu vi o sol pouquíssimas vezes.
Speaker:Tá bom, isso não é a coisa mais difícil da vida, mas eu lembro que foi uma coisinha
Speaker:que me deixou meio...
Speaker:Sim, mas não dá pra ver onde foi. Nos outros anos não. Quando aconteceu novamente foi normal, mas não sei, acho que muita mudança de vez.
Speaker:E aí a Kilo ficou meio assim, caramba, o inverno é assim? E não é o pior inverno na Europa, né?
Speaker:É o melhor. O doido. Mas é uma coisa que eu acho que me incomodou no início e eu acho que até hoje me incomoda um pouco,
Speaker:que é essa falta de luz.
Speaker:Nem imagino mais ao norte da Europa. Eu acho que eu ficaria bem mal.
Speaker:Porque, meu, eu acordava, tipo, a hora que eu ia sair pro trabalho, tava escuro, tu saia do escritório e já tava escuro de novo.
Speaker:Então parece que durante a semana eu só via sol no intervalo do almoço.
Speaker:Porque eu almoçava, aproveitava pra dar uma caminhada ali perto do trabalho. Sim.
Speaker:Pro escritório. Muito bem. Porque era hora pra tomar um pouquinho de sol, porque isso, eu acho que foi...
Speaker:Eu sabia que tinha essa diferença, mas eu não esperava que era tanta e que ia ter um impacto tão grande assim, né?
Speaker:Sim. No dia a dia, na rotina, tem um impacto maior do que eu pensava.
Speaker:E aí, acho que não sei, depois de um tempo tu vai aprendendo a lidar com essa diferença ao longo do ano, né?
Speaker:Esperar, já sabe se adaptar àquilo.
Speaker:Acho que choveu também no comecinho e era chuva de... não dá para usar guarda-chuva porque ventava muito
Speaker:parece que a chuva vem de todas as direções, de baixo, de lado deixava na horizontal
Speaker:eu tive que comprar um tênis diferente sim, era muito escorregadio
Speaker:pelo menos lá na Rua do Almada era perigoso era, era, era O tênis foi aquele de...
Speaker:Que tu vê todo mundo... Da Decathlon. É isso. Muita gente viajava com esse tênis.
Speaker:Aí eu pensava, pô, todo mundo...
Speaker:Porque os escritórios eram juntos, né? Depois separou a parte da Fafet,
Speaker:a parte tech ficou em um e no outro.
Speaker:Mas quando a gente chegou, tinha muita gente muito chique no escritório, né?
Speaker:Principalmente não da parte tech.
Speaker:A Calcum Management, né? Isso! Eu tava lá de sapo, tênis da Decathlon.
Speaker:No curso foi o único que eu fiquei, caramba, tô muito... Tênis gigante aqui, mas...
Speaker:É, não tem o que fazer, né? Mas assim...
Speaker:Tinha galera que ia com capa de moto, lembro, teve tipo, eu vi os brasileiros que ia com
Speaker:calça, sapato, trocava no banheiro, sabe?
Speaker:Verdade. de moto era engraçado mas porque de causa dessa chuva.
Speaker:Cara eu comprei uma calça na Decathlon essas que é tipo a prova d'água e também é térmica e uso até hoje.
Speaker:Sempre que eu tava nesse tempinho assim mais frio e aí você não sabe se chove ou se faz sol.
Speaker:Aí eu ia com essa calça e ia nessa pegada aí, parece que é aquelas calças mesmo de,
Speaker:estafeta, de motoboy, estafeta. Estafeta é a versão PT de Portugal.
Speaker:Ah, o que eu vejo de motoboy é aquela meio de plástico, né?
Speaker:Que tu coloca por cima. Tu tem uma dessa?
Speaker:Não, não. Ah, tá! Que caramba! pegado assim, tipo andando na rua, sem capacete na mão.
Speaker:Ok. Não, mas eu uso o que é calça de motoboy, porque parece mesmo. Não, não, não é toda
Speaker:largue e tal, mas tem vários bolsos assim e tal.
Speaker:Mas enfim... Mas é fogo, cara. Essa questão do sol, cara, é interessante mesmo, porque.
Speaker:Em janeiro você tá acostumado a sol, né, a calor e tal, principalmente eu já tava morando em São Paulo.
Speaker:Sim, eu cheguei bronzeado aqui. Ainda assim é quente, né? O verão é quente lá, né?
Speaker:Não é porque é São Paulo que não é quente. Não, eu morava em Santos.
Speaker:De Santos, só que eu trabalhei em São Paulo.
Speaker:Assim, naquela época, eu acho que eu tava no Airbnb, dia de semana e descia fim de semana pra Santos, sabe.
Speaker:Mas eu tinha passado aquele fim de semana na praia, né.
Speaker:Falei, vou aproveitar o máximo, andando, de bicicleta indo pra casa das pessoas de bicicleta, sabe.
Speaker:Então eu cheguei aqui bronzeado. E aí, sei lá, três, quatro semanas depois, eu tava pálido, tipo, de navegação.
Speaker:Eu juro, mais de uma pessoa perguntou cara, você tá doente, minha mãe? Tá tudo bem?
Speaker:Sim, cara. Quando eu fui pro Brasil a primeira vez, falaram você tá com cor de escritório, sabe?
Speaker:Tá sem bronze nenhum.
Speaker:Eu lembro que a gente ficou no Airbnb e no Airbnb tinha ar-condicionado, né?
Speaker:Então a gente deixava ligado no quente 24 horas por dia
Speaker:Se eu soubesse, eu tinha deixado a semana inteira, sabe?
Speaker:A meia inteira ligada pra aproveitar bem.
Speaker:Tu não sabia?
Speaker:Tu não sabia do... Aquecedor, né? Aquecedor. É, aquecedor. Tu não sabia, Jorge?
Speaker:Não, tô falando. Eu sabia, eu só economizava. Sim, é...
Speaker:Se eu soubesse que as casas aqui eram tão frias eu teria deixado o mês inteiro
Speaker:porque aqui as casas tem esse problema de as mais antigas
Speaker:o arrefecimento... as antigas, 90% das casas são quase todas
Speaker:eu lembro que a gente teve que começar a procurar porque a gente chegou e a AirBnb tinha data de começo e de fim
Speaker:Eu renovei, eu renovei.
Speaker:É verdade, você renovou tudo em um tempo. Não, é porque todo mundo começou a procurar desde a primeira semana, né?
Speaker:Eu não comecei. Eu aproveitei muito, saí demais. Eu falei, ah, quando chegar na segunda, terceira eu vou.
Speaker:Quando eu comecei, acho que na terceira semana, bateu um desespero, porque não conseguia nem visitar a casa.
Speaker:Quando eu visitava, sei lá, no fim, passou uma hora, a pessoa falou, alguém já fechou, sabe?
Speaker:Então, aí eu renovei o Airbnb, foi uma cacetada. Naquela época era bem mais barato.
Speaker:Eu paguei sei lá mil e dois não mil e cem euros porque faltava uma semana para renovar né.
Speaker:E aí tipo não tem Airbnb disponível.
Speaker:Era isso ou nada. E aí eu olhava e falei caramba vou renovar e foi uma grana.
Speaker:Sei lá dois meses de aluguel dois meses alguma coisa naquela época né.
Speaker:Quase dois meses e meio de dialogar É cara, eu dei sorte de ter encontrado logo na terceira semana,
Speaker:Vocês estavam frenéticos nessa. Desde a primeira semana, todo mundo num grupo falando, eu era o único que falou.
Speaker:A minha temporada é dia. Vocês frenéticos. Quando eu cheguei, desculpa Jorge.
Speaker:Não, fala aí, foi. Quando eu cheguei, eu tinha um checklist de coisas burocráticas pra fazer. As que é organizado.
Speaker:Então, por exemplo, foi tipo... Procurar pão de queijo.
Speaker:Não, pão de queijo eu trouxe na mala. Eu cheguei num dia a noite, no outro dia de manhã, eu já levantei e já fui direto a fazer NIF, conta no banco, esse tipo de coisa assim
Speaker:pra já poder procurar na segunda-feira, começar a procurar apartamento, né?
Speaker:E naquela época ainda era tranquilo se tu comparar com hoje, mas mesmo assim foi...
Speaker:Cara, eu acho que sim, só fica pior às vezes tu encontrava alguma coisa interessante, mas aí o senhor pedia seis meses de aluguel adiantado
Speaker:três anos, né?
Speaker:É, as coisas do tipo... mas era tipo seis, doze meses de calção é de calção
Speaker:de calção, exatamente mais ou menos,
Speaker:e uma coisa que eu achei estranha na época foi que no Brasil, pelo menos, sempre que eu marcava uma visita no imóvel, que eu ia alugar
Speaker:tu chegava lá, tu e o pessoal da imobiliária visitava e ok,
Speaker:uma das primeiras visitas que eu fiz chegou eu assim mais um monte de gente,
Speaker:a pessoa de Brasília, uma dessas pessoas era o Natan,
Speaker:olha só era o Natan, aí a gente conversando assim né aí ninguém quis alugar o apartamento, sobrou só nós dois.
Speaker:E aí a gente começou a conversar, ele falou, ah eu vou trabalhar em tal lugar
Speaker:eu falei, eu também e tal, e a gente ia começar no mesmo dia né Eles se conheceram na visita e foi o mais doido que...
Speaker:Ele falou assim, eu não gostei tanto assim, pode ficar.
Speaker:E aí eu até paguei um valor, acho que 50 euros, pro cara tirar o anúncio, né, com uma reserva assim.
Speaker:Só que meu, o papo com os donos do imóvel foi muito estranho, muito estranho.
Speaker:Estranha eu achei que era golpe e resolvi abandonar o negócio perdi os 50 euros e avisei
Speaker:para o Natal que achava aquilo estranho mas ele foi e fechou e morou lá muito tempo e deu tudo
Speaker:certo não era golpe foi tranquilo ele tinha combinado então Foi uma conversa estranha, depois era que foi todo mundo embora.
Speaker:Isso eu achei estranho, sabe?
Speaker:Aí fica parecendo que é um leilão.
Speaker:Mais de uma pessoa gosta e aí... Mas porque a gente estava perto do centro.
Speaker:Então, esse limón, no caso, não era perto do centro, mas era perto do Hospital São João,
Speaker:ali tem muitas universidades, então era um lugar muito procurado.
Speaker:Isso, porque eu acho que o que a gente teve dificuldade, até porque assim, se a gente não tivesse procurando naquela época
Speaker:tão próximo da Baixa, do centro do Porto, seria um pouco mais fácil.
Speaker:E eu acho que isso foi uma das coisas que me dificultou, eu não queria, porque pra mim teve um contraste muito grande
Speaker:de Santos, São Paulo e Porto, sabe, de cidade um pouco menor.
Speaker:Então eu fiquei com medo de se eu for para muito longe do centro.
Speaker:Eu falava para vocês, tanto eu peguei no lugar que todo mundo fala caramba aqui que louco né e onde eu estou ainda porque é muito centro, muito barulho.
Speaker:Mas era a minha preocupação. Tipo eu queria eliminar um pouco os meus medos de,
Speaker:de mitigar um pouco o risco que eu achava de morar aqui.
Speaker:Então então para mim era importante estar no centro e isso fazia dificultava
Speaker:mas ainda porque a disputa é gigante.
Speaker:Os estudantes estão muito por aqui né.
Speaker:Eles estão ficando pouco tempo então.
Speaker:Muito também. É tinha tinha bastante a BNB. Então isso também atrapalhava e a BNB era muito cara.
Speaker:Isso não dava.
Speaker:Mas e para ti Evandro? Não, eu também ia falar que no começo tem essa cena do centro
Speaker:essa questão de a gente chegou é onde onde a maioria dos comércios estão e tem mais facilidade para tudo, porque a gente não conhece cultura.
Speaker:Mas eu não ligo até por morar, por sempre ter morado em Jundiaí, que é mais interior,
Speaker:nem gostava muito de Muvuca, não sou muito de capital, não queria mesmo.
Speaker:Mas a capital daqui já é como se fosse o interior do Brasil,
Speaker:não é tão movimentado assim.
Speaker:Mas eu tive dificuldade de tentar perceber quais eram as freguesias, aqui no caso é chamado freguesia,
Speaker:quais eram as freguesias que eram melhores, ou que tinha mais comércio, esse tipo de coisa assim,
Speaker:pra ir morar, então até comecei a avastar um pouco, mas eu dei sorte até de pegar um apartamento ali no centro,
Speaker:e não foi tão difícil, mas eu também tive esse problema de disputa,
Speaker:No começo foi um lugar bem legal mas eu tive problema de disputa assim de já estar com o apartamento fechado.
Speaker:Já estava certo com o cara e uma semana antes de a gente se mudar para lá e ele falar que olha sinto muito mas não vai não vai.
Speaker:Os donos não vão querer porque veio outra pessoa e ofereceu 12 meses de aluguel de calção e fora o adiantamento de calção direto. Foi aí.
Speaker:Paciência, né? Ficou... perdemos. Então foi complicado, mas...
Speaker:Mas até que deu certo, né? Consegui... apesar dos problemas
Speaker:que eu tive depois nos apartamentos, que...
Speaker:Pronto... a gente também passa por essas coisas do inundação, né?
Speaker:O meu ainda... antes de a gente mudar de assunto, eu lembrei que eu ainda tive que alugar outro Airbnb
Speaker:um segundo, e aí eu falei nem ferrando, eu vou fazer isso de novo, eu aluguei um quarto só
Speaker:só, era o Airbnb que alugava vários quartos, sabe, então eu aluguei um quarto e depois
Speaker:quando eu mudei pra minha casa não tinha água, sabe, então eu passei quatro dias,
Speaker:eu comprei vários galões de água, então podia cozinhar, lavar pratos, essas coisas,
Speaker:mas eu não comia muito em casa, então era tranquilo, na empresa tinha o café lá, né,
Speaker:da manhã, então eu comia lá, almoçava era por lá mesmo e aí a janta eu comprava
Speaker:alguma coisa sempre nesses quatro dias mas o banheiro na academia.
Speaker:Todo dia de manhã ia para a academia e passava na esteira para dar uma Miguel que estava vazio de manhã e ficar muito estranho.
Speaker:Só chegar a tomar banho em 15 minutinhos uma hora de academia e ainda volta a mesma coisa.
Speaker:Eu estava na academia fazia uma esteira voltou ao trabalho e ia para casa como como era livre na entrada a gente pagava,
Speaker:a vida é tão dura duas vezes duas vezes por dia eu ia para a academia e esse primeiro apartamento
Speaker:que eu fiquei acho o único apartamento de Portugal e tinha que tinha infestação de
Speaker:barata, aquela de pequenininha. Ah, é verdade, eu lembro disso. E cara, eu não
Speaker:sei por que que eu não, quer dizer, saber o ser porque é difícil, né? Você você sai para outro lugar.
Speaker:Mas, pô, vira e mexe, eu tava, sei lá, parado aqui E aí aparecia uma baratinha, deu no rezante
Speaker:Aí aquela coisa toda, né? Imagina uma barata pequena de noite.
Speaker:Aí você tem que encontrar pra matar, né?
Speaker:Aí, cara, e era assim, dia sim, dia não Aparecia uma, duas, às vezes três num dia só,
Speaker:Aí eu falei, pô, não, tá muito complicado isso.
Speaker:Aí eu procurei na internet, aí achei um... Como matar barata?
Speaker:Não, achei um veneno, cara, um veneno que parecia uma cobertura de caramelo.
Speaker:E aí eu passei nos cantos, assim, do apartamento e tal,
Speaker:nessas áreas, assim, mais que barata gosta, digamos assim, né?
Speaker:Resolveu o problema, só que começou a aparecer cadáveres pelo chão de barata,
Speaker:Falei, não, cara, pô, peraí, tem que falar com o senhorio
Speaker:Aí eu reclamei e tal, aí veio uma empresa que detetizou Aí resolveu o problema, mas ainda assim apareciam os cadáveres pelo chão,
Speaker:E aí depois a gente foi descobrir que...
Speaker:Descobri não, né, que a gente tinha uma grande suspeita que vinha da vizinha
Speaker:porque a vizinha era uma senhora já de 90 e tantos anos.
Speaker:Acho que sofria de algum transtorno e tal e a gente via assim sai uma.
Speaker:Uma vez assim uma barata debaixo da porta e ali era a cozinha dela sabe a gente imagina que ela não.
Speaker:E pela água não sei que é da pronta aqui né ninguém vai puxar e que é ruim,
Speaker:o barato da vizinha não foi só eu já apareceu também cara barato.
Speaker:Esse dia foi tenso, pô.
Speaker:Esse dia foi louco, cara.
Speaker:Foi lá. Foi o dia que a balança apareceu na minha cabeça.
Speaker:Mano, isso é BB. Lembrando, é BB ainda, voltando a falar nisso.
Speaker:Eu lembro que... Primeiro fogão de indução, né?
Speaker:Pode falar o que for, mas... Eu não sabia. Na primeira semana eu achei que estava quebrado e aí não sei por quê.
Speaker:Como eu não cozinhava eu nem importei. Eu falei deixa estar e depois eu falei que queria se cozinhar.
Speaker:Passou a primeira semana já visitou várias coisas.
Speaker:Aí eu queria cozinhar e teve que ir no Google ver como ligar.
Speaker:Acho que o Tiago me perguntou também.
Speaker:Eu falei que estava aqui um vídeo no YouTube e alguém me perguntou.
Speaker:E quando eu tava lá, pô, seu AirBnB...
Speaker:Três pessoas tocaram minha campainha pedindo ajuda com fogão.
Speaker:Estrangeiros, uma mulher, ela chinesa, essa foi difícil, ela não falava.
Speaker:Então, tava ali. E ela fala... quer dizer, ela não falava inglês muito bem,
Speaker:mas ela não parava de falar.
Speaker:Eu não conseguia saber, eu falei, mano, não sei o que tá acontecendo.
Speaker:Ela tentou explicar, tentou explicar, e aí não conseguiu, a gente não conseguia entender.
Speaker:Eu coloquei no Google, falei, eu vou lá contigo, sabe? Tipo, ver o que é. Falei, aconteceu alguma coisa, era o fogão.
Speaker:Eu imagina que era o fogão que ela apontou, né?
Speaker:Tipo, abria a porta, se já dava pra ver, né?
Speaker:Tipo, aquele apartamentozinho, e aí fui lá ajudar.
Speaker:Então teve... Eu me senti menos mal. Eu falei, pô, tô nervoso.
Speaker:Vê como ligar o fogão, porque...
Speaker:Tipo, em teoria é fácil, né? Mas tinha que estar com a panela em cima.
Speaker:Isso eu não tinha visto. Outra coisa também, é água quente, né?
Speaker:Pô, no segundo dia, sim, fui... Ah, não, cara, preciso de tomar um banho aqui pra relaxar.
Speaker:Cara, acabei com água quente,
Speaker:a água começou a ficar gelada e eu falei, caraca, que isso aí eu mandei mensagem
Speaker:e falei, pô, água quente acaba mesmo, o cara é assim
Speaker:acaba e tal, tem que esperar uns 40 minutos aí pra esquentar,
Speaker:saudade de chuveiro saudade do perigo de morrer no trocado no chuveiro mas morrer quentinho É, sim, com certeza.
Speaker:Não com água fria.
Speaker:Mas fora casa, mano, o que mais vocês acharam? O que foi mais complicado?
Speaker:Complicada. A gente falou das casas e do frio, né?
Speaker:Mas teve mais alguma coisa que eu lembrei também que eu ia falar, tipo, não sei vocês, mas a gente veio pra cá e aquela questão de, ah, tá vindo pra um país que fala português.
Speaker:Mas na verdade, eu pelo menos no começo, no Airbnb principalmente, tinha televisão lá do Airbnb e eu entendi a zero, né?
Speaker:Né era como se eu tivesse ido mesmo para a França sei lá e eu deixava a televisão ligada no jornal,
Speaker:só para ficar ouvindo português de Portugal para adaptar o ouvido e tipo.
Speaker:Nossa é muito engraçado você ver que hoje é normal natural conversar e tal mas eu lembro lembro muito bem assim de estar,
Speaker:mexendo na cozinha ou fazendo alguma coisa mexendo no celular e ouvindo o a CIC notícia sei lá por exemplo
Speaker:e não entender nada zero zero totalmente sei lá tá falando japonês e tava viajando
Speaker:era muito engraçado eu deixava para adaptar a ouvida e hoje no meu time tinha a pessoa com
Speaker:sotaque forte a sonhada é a sua toneta um beijo se tiver ouvindo e o Rui também do
Speaker:Um abraço se for ouvir.
Speaker:Mas os dois eram complicados. Eu me lembro de uma vez, né, tinha...
Speaker:Tinha uma cantina, sei lá, como falar, tava tomando café e nesse dia távamos nós três na misa, assim,
Speaker:e os dois falando, eu não entendi, aí uma hora o Rui do Açores, né, tem um sotaque
Speaker:diferente, às vezes parece um pouco francês como ele fala, né, algumas coisas, e aí ele parou,
Speaker:assim, olhou pra mim, não saís a perceber nada, né.
Speaker:Aí eu falei, já não tô, há uns 10 minutos continue aí.
Speaker:Eu tô aqui, eu falei continue, não pare o card meia conversa, sabe?
Speaker:Mas é isso também que me suprimiu muito.
Speaker:E eu liguei pra Mel, né? Pra fechar, tipo, internet, TV.
Speaker:E cara, eu rezei pra não terem me passado a perna, entendeu?
Speaker:Porque eu não entendi nada.
Speaker:É, no telefone era mais difícil. Eu consegui fechar o contrato, mas eu não entendi nada.
Speaker:Do caráter do negócio é igual ou igual.
Speaker:Não vai falar uma coisa que eu acho que até para deixar claro que às vezes os portugueses não entendem quando a gente fala isso
Speaker:e eu acho que a gente estava a gente estava jantando onde estava falando sobre,
Speaker:nós que estamos trabalhando em empresas que o Jorge e eu que nas nossas empresas
Speaker:a maioria são de fora agora então o pessoal da Inglaterra a Espanha e outros lugares.
Speaker:E da Índia, a gente tava conversando que os sotaques em inglês são muito difíceis, né? E depois só costuma.
Speaker:E o que a gente não entende é que a gente não tem exposição, né?
Speaker:A exposição é de Estados Unidos, sei que tem vários, mas em geral a forma dos Estados Unidos de falar, né?
Speaker:Um pouco do britânico, mas qualquer variação disso já vai dificultando, né?
Speaker:Como o australiano... Então é questão da exposição.
Speaker:Se algum português está ouvindo, para deixar claro, porque eu sei que alguns ficavam meio bravos assim.
Speaker:Tipo, como você não está entendendo?
Speaker:É, é verdade. Então, essas são as situações do começo. E eu tenho um... agora, tem um colega de trabalho português que ele viveu na Suíça.
Speaker:E aí ele fala que ele tem dificuldade de entender português brasileiro.
Speaker:Ele fala, cara, eu tenho às vezes. Ele falou, agora eu me acostumei mais, mas ele falou, porque quando ele veio para Portugal e trabalhou com brasileiros,
Speaker:mas ele falou que no começo não entendia.
Speaker:E aí é muito dessa dica, eles no Portugal no geral tu tem filme, tinha novela e as músicas, né?
Speaker:Então eles acostumaram o ouvido, só que ao contrário não, pra gente a gente não acostumou o ouvido com isso, né?
Speaker:Então acho que essa dificuldade vem muito dessa, da mesma forma que a gente tá falando que, cara, o Varun, né?
Speaker:Que fez induction com a gente, ele era indiano. Cara, os primeiros dois dias, a induction, né? Que é o começo, aquela parte de on-boarding,
Speaker:A gente passou uma semana juntos, o dia inteiro.
Speaker:Os primeiros dois dias foi muito difícil, no terceiro dia eu tava tendo conversa com ele.
Speaker:Porque novamente, tem que acostumar o ouvido, a forma de falar.
Speaker:Eu passei por isso quando mudei de Minas pra Florianópolis. Sério?
Speaker:As primeiras vezes que eu conversava com manézinho eu não entendia muita coisa.
Speaker:Aquele manézinho, manézinho da ilha, principalmente pessoa mais velha.
Speaker:É um sotaque mais ou menos parecido com o assuriano.
Speaker:E eles falam muito rápido com as expressões deles e levei um tempo para acostumar a ouvir
Speaker:era comum, às vezes eu não entendia.
Speaker:Então é isso, sotaque, mesmo no mesmo idioma que tu domina, leva um tempo até adaptar o...
Speaker:E é como você falou, tem muita exposição da cultura brasileira aqui, né?
Speaker:Tipo, novela, até hoje passa novela em horário nobre, digamos assim, passa novela da Globo, por exemplo.
Speaker:E o contrário não, né? Mas eu também lembro que foi engraçado quando recebia mesmo o telefonema da proposta, né?
Speaker:Dizendo qual era a proposta que tinha sido aprovada no Brasil A mesma situação da Jill, aquela cena de demorou muito o processo
Speaker:e aí finalmente veio a confirmação e aí a mulher ligou e falou que foi aprovado
Speaker:e a proposta da Farfetch é essa, e tal tal tal, falando um monte de cena,
Speaker:E tipo, nossa, não sei o que tá acontecendo aqui, né?
Speaker:Ela falando várias informações assim, de números e tal, não sei o que.
Speaker:Aí eu só sei que ela falando, falando, falando, falando. Eu ainda tava na empresa antiga, tipo, ela falou uns 10 minutos lá.
Speaker:Cheguei no final, falei, viu, essas informações vão ser passadas por e-mail.
Speaker:É a mesma coisa. Tá tranquilo, tudo bem, obrigado.
Speaker:Então, assim... Eu não entendi a ligação também, eu também tava na empresa.
Speaker:E aí não dá pra ficar perguntando.
Speaker:Eu fiz questão de fazer aquelas... Que eles fossem gigantes pra entender o valor, né?
Speaker:Que era o valor, que eu quero o salário, porque isso já me dá, assim.
Speaker:E tinha alguma coisa que era...
Speaker:Qual que seria provavelmente a data do voo. Então, foi as duas coisas que eu tentei tirar.
Speaker:De resto, eu não consegui entender, porque ela fala rápido. Provavelmente tinha, né?
Speaker:Tinha que ligar todo mundo aqui, pra todo mundo aqui, né? E ela falando muito rápido.
Speaker:Só que ela mesmo falou, a Mariana. Acho que era a Mariana até na época.
Speaker:É muito legal a Mariana. Na mesma hora ela falou sei que não está a perceber tudo
Speaker:então vai estar tudo no e-mail, vai ter um PDF a,
Speaker:explicar, então pode ficar tranquilo. Eu falei, na mesma hora eu comecei a rir, eu falei obrigado
Speaker:porque é difícil até perguntar ela falou não, não tem problema, eu só preciso fazer
Speaker:a ligação padrão e explicar tudo,
Speaker:mas vai tudo por e-mail, ler com calma qualquer coisa me pergunta,
Speaker:Eu fico tranquilo, porque no Skype era muito melhor, agora quando era a ligação eu ficava
Speaker:não me liga, pelo amor de Deus.
Speaker:A ligação eu acho que era por VoIP. Eu lembro que ligaram na empresa que eu trabalhava para pedir recomendação e eu já tinha avisado
Speaker:meu chefe e ele olha eu não entendi muito não mas eu falei que era bom.
Speaker:E eu acho que porque era VoIP, então tinha um chiado, a qualidade da ligação era baixa. Era, era.
Speaker:E isso, era aquele texto que ela tinha que repetir, falava rapidão.
Speaker:Ela falava muito rápido, isso.
Speaker:Então já era difícil, já era um termo diferente, era muito rápido.
Speaker:Mas tinha um e-mail, facilitava, né? Mas acho que outra coisa na comunicação que foi as gírias, né?
Speaker:Eu lembro que eu tava no escritório, daí é fish, é fish, é fish, e eu...
Speaker:O que é isso que vocês estão falando?
Speaker:É giro também? É disso? Força! Força!
Speaker:Eu lembro numa das primeiras deles eu perguntei como estava a situação de uma task
Speaker:lá e o camarada respondeu Ah, está tudo as águas de bacalhau,
Speaker:Eu acho que eu nunca nem tinha comido bacalhau Esses... esses... esses racionalismos, assim.
Speaker:Não, tem. Sim, o Giles é um que no começo demora um tempinho.
Speaker:E tem os micos também, né. Tipo, eu por vários momentos, ainda mais quando era o meu time.
Speaker:Assim, era mais tranquilo. Mas tu fala alguma coisa, você vê o pessoal segurando para o Rezo, né.
Speaker:Falaram, o que eu falei? O que significa para vocês?
Speaker:Tipo...
Speaker:No Slack, quando tu vai fazer o pin na mensagem, tu fala pin na mensagem lá, aí eu vi o sorrisinho, aí eu falei,
Speaker:tem que pinar, aí ele falou, não, não fala mais, soa muito mal,
Speaker:pinar é outra coisa, aí eu falei, ok.
Speaker:Então, eu falei, mas teve várias, não consigo lembrar demais agora, mas teve várias.
Speaker:Nossa, eu não sei quem foi comprar a Durex, não sei se vocês lembram.
Speaker:Eu não lembro quem foi, que ia comprar a Durex e chegou lá e pediu Durex, daí eu, cara,
Speaker:eu acho que...
Speaker:Você tá no lugar errado, amigo aí é na farmácia Durex é preservativo Durex é preservativo, né?
Speaker:E o Durex é fita cola é fita cola é...
Speaker:Mas teve várias isso ainda acontece, já são 4 anos mas volta e meia eu ainda falo alguma coisa
Speaker:você vê alguém dando uma risadinha segurando o riso ou o contrário também Contrário também, sim.
Speaker:Contrário acontece. Uma coisa que eu aprendi aqui bastante também foi o como
Speaker:até no Brasil é muito diverso, porque a gente estava no... quando isso acontecia dessa discussão, né.
Speaker:Ainda no grupo, né, eu não falei, mas eu trabalho como agile coach, crowd master, então, quando a gente tinha reunião,
Speaker:né, era metade português, metade brasileiros, e aí alguém explicava não, no Brasil se fala assim.
Speaker:Aí você fala, não, não é assim que a gente fala.
Speaker:Tinha alguém do sul, tinha do Rio, de São Paulo, eu não lembro de mais onde.
Speaker:E aí volta e meia alguém fala, não, no Brasil a gente fala tal coisa, sabe?
Speaker:Eu falei, não, nunca ouviu essa palavra, na real. E eu comecei a perceber a diversidade também dessa, porque,
Speaker:quando é na conversa, só passa batido.
Speaker:Mas quando você vê alguém explicando, falando, não, no Brasil a gente falaria isso, aí tu já para, não.
Speaker:Eu não falaria essa palavra.
Speaker:Até sei o que significa, mas eu não usaria isso, né, na...
Speaker:Nome de fruta às vezes, sabe?
Speaker:Caramba, que louco. Quanta variedade a gente tem, né? Que eu nunca tinha pensado na questão.
Speaker:Várias coisas. Eu conheci um cara que acho que ele era de algum lugar da Bahia
Speaker:e ele ficou muito surpreso com o sistema de transporte aqui por causa do metro, metrô.
Speaker:Ele, ah, não, no Brasil não tem isso.
Speaker:Oxi! Talvez lá na Bahia não tenha, mas tem. E pra ele, tipo, o sistema de transporte aqui era o melhor do mundo, assim.
Speaker:Só porque lá na Bahia onde ele morava não tinha.
Speaker:Isso é muito engraçado porque tipo eu de novo que eu não tinha saído do Brasil.
Speaker:E a oportunidade de quando você tem quando você vai morar fora vai ser estrangeiro de conhecer pessoas diferentes.
Speaker:Mas é engraçado que a gente conhece pessoas diferentes do mesmo país e é como se fossem países diferentes.
Speaker:Então na minha equipe a gente costuma falar que é no meu Brasil a gente não fala mais no Brasil.
Speaker:Então, tipo, no meu Brasil é assim. Ah, sei.
Speaker:Porque eu tenho amizade com pessoas do sul, de Minas, do Rio também.
Speaker:Ah, mas lá no meu Brasil não é assim. No meu Brasil é. Eu já não pegava mais.
Speaker:Caraca, faz muito sentido, cara. Porque até mesmo lá no Rio, São Paulo,
Speaker:pô, tem variedade de sotaque, de expressão, de tudo, né?
Speaker:Né e é engraçado também como as pessoas conseguem perceber você não é daquele local ali assim.
Speaker:Quando eu estava em São Paulo me dava uma preguiça enorme de pegar Uber porque a conversa ia ser sempre a mesma e sempre falar por você do Rio.
Speaker:Aí eu sou do Rio e vim para casa que é sempre a mesma história E aí teve uma vez, cara, que eu fiquei impressionado assim, que eu falei...
Speaker:Sei lá, foi falar alguma coisa, falei por dois segundos o cara falou, tô do Rio né?
Speaker:Eu falei, caraca, como que tu sabe e tal? tu começou falando aí
Speaker:pode ter sido bicho pode ter sido você fala aí do Uber, quando a gente vai pro Rio de Janeiro e pega um Uber também
Speaker:é só turismo de favela a direita é favela, a gente não sei o que lá
Speaker:a esquerda é favela, a gente não sei o que lá que tem um arrastão, tipo...
Speaker:Ah, vai falar de São Paulo. Na minha equipe anterior era a mesma coisa.
Speaker:Tinha o pessoal de São Paulo e o pessoal do Rio.
Speaker:E aí, se um falasse de um do outro, alguém falava, não, mas quando eu fui no Rio...
Speaker:Eu não tô mais, eu juro. Qualquer um dos dois. Mas eu senti isso no Brasil também.
Speaker:Quando eu fui trabalhar em São Paulo, toda hora alguém com uma frase perguntava
Speaker:se é da Baixada, se é Caissara, sabe?
Speaker:Da Baixada Santista. E aí eu falei, caramba, a gente tem um sotaque tão diferente assim.
Speaker:Mas o pessoal sempre percebia. Pelo R, pelo S, pelo Tu, o Tu conjugando errado que a gente fala em Santos.
Speaker:Mas Gil, tu ia falar alguma coisa? Te interromper. Eu ia falar que o lugar que eu mais conheci carioca foi aqui, aqui no Porto.
Speaker:É, é engraçado né, que eu acho que a maioria da galera que...
Speaker:Eu tô falando baseado na facete e as pessoas à minha volta, né?
Speaker:Mas a maioria é do Rio, São Paulo, aí terceiro lugar acho que é Sul, algum estado lá do Sul.
Speaker:Não tem muita gente da Bahia, por exemplo? Por exemplo, no Brasão, o restaurante onde a gente foi ontem, da outra vez o garçom era da Bahia, o cara ficou felizaço.
Speaker:Eu falei, pô, também nasci na Bahia.
Speaker:Ele falou, sério? Tu não tem stack?
Speaker:Ele falou, pô, não sei o que, trancou o nome. E aí ele falou, pô, faz tanto tempo que eu não vejo um baiano.
Speaker:Eu falei, sério, mano? Aí eu comecei a pensar, eu falei, é verdade, assim,
Speaker:é sempre Rio, São Paulo aqui e Sul.
Speaker:E Sul, Sul muito amo, mas eu quero dizer, do Rio Grande do Sul,
Speaker:tem muita gente aqui.
Speaker:Aí também, baseado só no meu convívio, que talvez não é a verdade, né? Só o que eu tô vendo.
Speaker:Mas recentemente eu conheci uma menina do Mato Grosso e eu fiquei chocada
Speaker:Nunca ia conhecer uma pessoa do Mato Grosso e ainda mais aqui no mundo
Speaker:Eu também conheço uma pessoa que está na minha equipe, inclusive Se estiver vendo, já sabe que eu vou falar dele
Speaker:Que é do Espírito Santo, eu nunca tinha conhecido ninguém do Espírito Santo,
Speaker:É o Acre do Sudeste Pô, de Período Santo conheço vários. A família da minha mãe é toda de lá.
Speaker:Eu ia falar também que da mesma forma que a gente identifica a pessoa de um lugar assim,
Speaker:rapidamente, trazendo um pouco pra cá, né? No começo, quando a gente chegou aqui,
Speaker:é engraçado. Eu até ficava contando os brasileiros que eu conhecia na rua.
Speaker:A pessoa falou oi, já é brasileiro, isso aqui é brasileiro.
Speaker:Quando a gente chegou, ia começar a explorar os lugares, principalmente ali no centro, na Baixa.
Speaker:Aí você entrava no comércio, a pessoa falava bom dia brasileiro,
Speaker:isso aí é brasileiro e já até dava um...
Speaker:Tem um sentimento de eu estou em casa assim um pouco, né?
Speaker:É, mas a gente tem isso mais forte. Eu falei em um dos episódios há pouco tempo e,
Speaker:é até engraçado que isso acontece com frequência.
Speaker:Eu vi que a gente fica muito feliz quando vê outros brasileiros viajando E eu percebi e aí tem um negócio de fora do Brasil e mais de um falou isso.
Speaker:E a Vitoria até falou que nós somos patriotas.
Speaker:Sabe, eu tava, tava e aí eu comecei. Primeiro eu fiquei, eu fiquei bravo com essa palavra, né.
Speaker:Eu até falei, essa palavra soa estranho pra mim. Eu tinha, eu tinha, eu tinha.
Speaker:Quando eu tava, eu tava, eu tava no...
Speaker:Viajando agora, né, pra, na Bélgica, né. E aí eu tava com a galera lá e a gente até falou disso de quando tu chama alguém de patriota
Speaker:a primeira coisa que lembra é abraçar um caminhão.
Speaker:Eu falei é verdade. Mas depois eu falei, aí eu fiquei bravo, a galera falou você é patriota? Eu falei calma.
Speaker:Aí depois eu perguntei o que tu quer dizer com patriota? Ela falou não, porque vocês toda vez que vê um brasileiro...
Speaker:E aí tem também no meu trabalho agora tem duas ucranianas que falaram a mesma coisa.
Speaker:Eu não vou falar com alguém porque é ucraniano, já ouviu os brasileiros, se eu falar assim,
Speaker:alguém ouviu, falou, passei no Brasil, sabe, na rua. Comecei a pensar, eu falei, no idade.
Speaker:Aí eu comecei a refletir, lembrar, lembrar de situações assim, tipo, tava viajando na Eslováquia.
Speaker:Tipo, formou um grupo de brasileiros, tava assim, tirando foto, alguém falou, aí foi junto.
Speaker:Eu tava falando, não vou, não vou, e daqui a pouco me mancham no Santos.
Speaker:Aí eu falei, caraca, e agora? Você é de Santos? Aí eu falei, sim, e não é todo mundo, né?
Speaker:Assim, quando a gente tá viajando até, eu vejo às vezes brasileiro e português.
Speaker:Na Eslováquia eu vi isso acontecer, de alguém falou português,
Speaker:a menina falou, você é do Brasil?
Speaker:Ela falou, pô, sou de Lisboa, sabe, começou.
Speaker:Mas a gente tem essa e as pessoas de outros países não tem essa parada de caravanas.
Speaker:Que interessante, cara. Nunca tinha reparado nisso.
Speaker:É, às vezes tem mais algum país assim, mas pensando assim, nos europeus, eles sempre me falam isso.
Speaker:Tipo, vocês estão conversando só porque vocês são do mesmo país, sabe?
Speaker:E sempre a mesma pergunta que eu falo, que a primeira coisa que a gente fala é de que estado você é.
Speaker:Então, que cê é? Pelo stáquio é do Rio, sei lá. mas eu não sei por que mas eu também tenho essa sim,
Speaker:eu não sei mas por exemplo quando eu fui para berlim,
Speaker:então a gente passou vários dias só ouvindo alemão daí quando a gente chegou no aeroporto e daí alguém falou português brasileiro
Speaker:deu um calorzinho assim sabe mas é isso, as outras pessoas não sentem isso as outras pessoas não sentem.
Speaker:E eu fico como assim não, tipo alguém do teu país, tu tá viajando há um tempão,
Speaker:tu tá tipo, mostra a imagem de internet.
Speaker:Que coincidência né, pais do tamanho do Brasil. Isso é uma coisa que eu fiquei pensando também, são 200 milhões.
Speaker:Isso é real né cara.
Speaker:Não, mas por exemplo, na Farfetch, por exemplo, eu levando a gente morava na mesma cidade.
Speaker:Mas tinha um rapaz que morava na mesma rua que a minha mãe a gente morava na mesma rua e ele tava trabalhando na Farfetch
Speaker:e já é demais tem uma galera de um dia aí e na Farfetch tem um peso que é muito grande de um dia aí tem...
Speaker:Como é o nome dele?
Speaker:Vou esquecer agora Capivara? não café-frança é errado.
Speaker:Coxinha de queijo? Pensa em... Coxinha de queijo tem em todo lugar. Oh!
Speaker:Só a Júlia e a Icke tem de queijo.
Speaker:Não. Pegaram a bolinha de queijo e colocaram a potinha. Exatamente. E fizeram assim, né?
Speaker:Totalmente diferente, cara. Totalmente.
Speaker:Olha aí o patriotismo de Jundiaí. Eu tô zoando, deve ser muito melhor do que a mesma coxinha que a gente tem.
Speaker:O bolinho de queijo. E Jundiaí ganha todos os anos como a melhor coxinha de queijo.
Speaker:No campeonato exato, no campeonato de Jundiaí. no campeonato municipal a gente sempre ganha
Speaker:é tipo a terra sempre ganha o miso universo a terra sempre ganha
Speaker:falando em comida, comida é algo que pra mim pegou bastante pesou pra mim também,
Speaker:Eu vou te falar a gente viu ontem no restaurante.
Speaker:Expose.
Speaker:Como é que fala deixa baixo. Corta corta.
Speaker:A vida real. Não mas vamos a comida.
Speaker:A culinária daqui é muito muito muito muito parecida.
Speaker:Falar que apareceu no Brasil pode ser um negócio meio esquisito né mas tô falando hoje em dia né,
Speaker:muito próxima né da nossa colinária. Quando eu digo colinária eu digo o modo de preparo e tal
Speaker:não o modo de preparo mas como você tempera a quantidade de sal que você coloca tudo isso,
Speaker:e foi principalmente carne, né cara? Sempre fui muito... hoje em dia não tanto, mas,
Speaker:muito carnívoro, assim, porque minha família é muito churrasqueira, assim,
Speaker:qualquer coisa, pô, vamos fazer um churrasquinho, ah, almoço de família, vamos fazer um churrasquinho aqui e tal
Speaker:então era sempre churrasco durante a semana também, bifes e tal,
Speaker:na época que a carne não era uma facada no Brasil, né?
Speaker:E aqui na Europa já é diferente, né? Já tô abrangido na Europa, né?
Speaker:Porque não é exclusividade de Portugal isso.
Speaker:Mas a carne vermelha é bem mais cara, né?
Speaker:Não é uma coisa que você vai comer sempre, todos os dias.
Speaker:E é mais limitado os cortes das carnes. Os cortes são diferentes.
Speaker:E isso foi uma coisa que me pegou muito assim muito mesmo pra mim também hoje não faz diferença
Speaker:hoje não hoje não é mais primeiros meses assim eu ficava um pouco aquele bicho baratinho do pf,
Speaker:Sabe, eu queria só aquele PF mesmo.
Speaker:É...
Speaker:Sim... Mas, cara, eu acredito... Mas a comida é boa, né? Sim, pô, bacalhau...
Speaker:Tu não tá falando... Eu sei que... Eu não comia bacalhau, falando isso.
Speaker:Aham. Não, fala, fala.
Speaker:Não, eu vou falar que eu no Brasil não comia bacalhau e aqui, cara...
Speaker:Pô, sou viciado em bacalhau, cara. Qualquer tipo que você fala aí, bacalhau...
Speaker:Bacalhau com nata, bacalhau...
Speaker:Com braga... Nossa, mano. Adoro. Arroz de pato, cara. Nunca pensei que ia comer pato.
Speaker:Arroz de pato eu não curto.
Speaker:Nossa, eu adoro arroz de pato. O arroz de pato é sensacional.
Speaker:Eu gosto muito. Não é que eu não curto, eu acho ok.
Speaker:Eu gosto muito. Mas isso a gente dá um pouco de sorte, né? Apesar... Porque assim...
Speaker:Eu sei que tu falou isso, eu já falei uma vez, e aí acho que a gente pode ofender brasileiros e portugueses,
Speaker:de falar que comida é muito próxima. Ele falou, não, mas no Brasil tem, não, mas em Portugal tem, não, é próximo.
Speaker:Vai pra Alemanha, vai pra Áustria, ou vai até pra Espanha, e aí a gente vai falar, sabe.
Speaker:Aí chama diferente, e de novo, depois tu vai pros outros e fala, não, é próximo.
Speaker:Mas tem essas diferenças, e no começo a diferença pegou pra mim.
Speaker:Eu sentia falta demais da comida do Brasil.
Speaker:Hoje, agora, já falo, não é uma coisa que eu sinto tanta falta não.
Speaker:Porque, por ser muito próximo, na hora do almoço tu consegue comer um arroz, um bife, uma batata frita.
Speaker:Tem lugares que fácil, fácil tu consegue.
Speaker:Até mesmo no aplicativo de comida, estou falando aqui no Porto, no centro do Porto,
Speaker:consegue churrasco e tal, carne de churrasco e comidas bem
Speaker:parecidas com o que a gente tá acostumado, né? Praça de alimentação de shopping tem, né? Restaurante que tem tipo o
Speaker:PF brasileiro assim. Isso foi uma coisa que não me pegou.
Speaker:Isso aumentou, né? Exatamente. Isso aumentou. Quando a gente chegou não era assim. Tipo, agora o pão de queijo tá no
Speaker:supermercado. É verdade. Bom. Todo lado. Não é o pão de queijo de padaria do Brasil assim mas o pão de queijo tipo congelado.
Speaker:Tem um setor do Brasil em todos os mercados.
Speaker:Sim, sim. Eu acho o pão de queijo ok. E eu acho que... porque assim, até no Brasil, acho que a maioria dos pães de queijo eram ok.
Speaker:E aí tinha os bons que você comprava, mas não era, pra mim, pelo menos era o dia a dia.
Speaker:Era em alguma padaria que tinha um pão. Mas calma, tem um mineiro na cola que quis falar que o pão de queijo é ok.
Speaker:É, é não. Eu tô falando do pão de queijo, não de mim.
Speaker:Eu gosto do pão de queijo do congelado do mercado.
Speaker:Do continente? Eu faço.
Speaker:Qual que vocês compram? Sim, do continente. De vez em quando eu faço pão de queijo.
Speaker:No próximo jantar eu levo.
Speaker:Caralho, agora? Tá gravado, hein? Tá gravado. Tá gravado, tá gravado.
Speaker:Tu não falou isso antes, mano? Quatro anos. Pois é, porque às vezes...
Speaker:Como tem essa opção que é bem aceitável, que é bem boazinha, aí às vezes eu fico
Speaker:preguiça, mas de vez em quando eu faço.
Speaker:Então tá. Depois, tá gravado aí o compromisso. A gente faz um café da tarde.
Speaker:Vamos fazer um board game que a gente falou ontem.
Speaker:Mas aí vai melar as caras. Vai melar o jogo. Faz uma pausa.
Speaker:Faz a pausa, come, lava a mão, depois volta. Exatamente. Mas no geral, assim,
Speaker:Mas no geral, eu acho a comida gostosa daqui.
Speaker:A gente tem muita coisa, por exemplo, o queijo da serra é uma parada que eu acho bem gostoso.
Speaker:Bifana, eu adoro uma bifana também.
Speaker:A própria francesinha daqui mais do norte eu acho muito bom.
Speaker:É pesado, não é uma parada para comer com frequência, mas é bem bom.
Speaker:E aí eu não recomendo melhor não desceu bem para ti para mim no porto brasileiro.
Speaker:Favorito mas não caiu bem para a taberna londrina também é boa eu tenho um lugar
Speaker:favorito que não é turístico assim que acho que talvez acho que foi o conjunto da obra assim sabe
Speaker:porque o restaurante é meio ou de escuas assim sabe mais tem até uma pegada mais caseirona o,
Speaker:preço é de boa e o sabor também é muito bom fica lá na constituição na chama bugatti quem quiser
Speaker:aí, tá? Eu sou um dos donos, não, sacanagem, eu sou não.
Speaker:Sou sócio. Mas é muito bom, cara. Tipo, o custo benefício é É maravilhoso, assim.
Speaker:E já até me perdi no que eu tava falando, mas cara, o francesia é uma coisa que entrou na minha dieta...
Speaker:No começo eu comia uma vez por mês.
Speaker:No começo sim, eu era uma vez por mês. Tá maluco, cara. Eu tenho que comer pelo menos uma cada duas semanas.
Speaker:Não, hoje em dia não. Hoje em dia é sempre que vier alguém de fora, sabe, pro porto, aí eu vou.
Speaker:Eu sempre vou no Brasão normalmente, que é do lado aqui.
Speaker:Mas, sim. Mas, e... No geral, assim, eu acho a comida muito boa.
Speaker:Eu só não sou fã dos doces. Assim, nata, eu acho muito bom.
Speaker:Mas os doces não me pegaram, mano.
Speaker:Eu também não curto aqueles doces com... Ovo. Pra mim é ovo.
Speaker:Eu gosto de mais alguma coisa. O ovo com açúcar. Não, não dou conta.
Speaker:Olha os moles. Cara, a galera é maluca por isso. Tudo pra mim que eu amo os moles, eu não curto. Eu fui...
Speaker:É, é ótimo. Cara, eu comprei um acachona, eu fui em Aveiro, né, e falei, cara, vou comprar o dia-aveiro, que todo mundo fala.
Speaker:Comprei um acachona quando fui, só fui com o meu primeiro em casa, e falei, o que que
Speaker:eu vou fazer com isso? Tem vários agora, tô com a caixa grande.
Speaker:E eu falei... e todo mundo falou, não, é muito bom, até os brasileiros, né, e eu
Speaker:fiquei, tem algo errado comigo, eu vou tentar mais um.
Speaker:Foi aí passou um dia eu vou tentar mais um não é possível eu não tava com Tô com fome.
Speaker:Não sei, eu não gosto do gosto de ovo. Tem muito fitness. É açúcar puro.
Speaker:Faz sentido. Ovos moles. Talvez não é essa. Mas eu descobri isso com ele, sabe?
Speaker:Foi aí que eu comecei a perceber. Acho que é por isso que eu não gosto de certos
Speaker:doces aqui, porque tem um gosto forte. Uma pessoa me contou que isso é do tempo passado,
Speaker:quando engomavam roupa, algo do tipo.
Speaker:E por que eu estou falando português, então eu confiei na ponte.
Speaker:E aí sobrava muito da gema né e aí por isso que todos os doces sempre vão bastante inclusive foram os portugueses
Speaker:que levaram as galinhas né para o brasil eles levaram no dom pedro lá quando foi fugido levou
Speaker:400, 500 galinhas. ou Dom Pedro mesmo?
Speaker:Ou Dom João. mas aquele é conhecido como Dom Pedro.
Speaker:É verdade.
Speaker:Aquele é conhecido como Dom Pedro. Dom João VI? é. tem uma treta de mudar de nome.
Speaker:Ou mudar de número também. tem uma treta assim.
Speaker:O Dom Pedro I, nossa. o primeiro nosso é o Pedro quarto é eu acho que é uma parada assim mas quando ele foi ele levou
Speaker:várias coisas e uma delas foram foram as galinhas e os galinhas se espalharam pelo Brasil
Speaker:Nossa, tipo, é nativo. Ninguém nem sabe que galinha não é da América do Sul, né?
Speaker:Pra gente já é tão comum que a gente tem magia, né? Mas foram eles que levaram.
Speaker:Mas comida, o que mais? Pra quem estiver ouvindo, o que tem que experimentar?
Speaker:Cara, posso só voltar um pouco aqui?
Speaker:Quem é do Rio de Janeiro?
Speaker:Tem o Rio de Janeiro não né? Quem é de Niterói, São Lançaro tem um é um lanche que se chama lanche não é hambúrguer é um lanche,
Speaker:que é um italiano é um voelho.
Speaker:Recomendo então vá na padaria peça um lanche normal que vem com é uma massa eu não vou saber explicar o que é que é o joelho ok ok italiano
Speaker:o rio pegou agora no rio pegou o código então pegou e coloca a chuva na pizza é
Speaker:uma massa meio de pizza assim sabe essas massas mais grossas de pizza eu eu ouvi
Speaker:mais ou menos parecido.
Speaker:Foi mal.
Speaker:Eu vi joelho e já chancei a joelho de porco, já pensei em algum joelho alemão.
Speaker:Joelho é da cidade do Rio.
Speaker:E italiano. Não é italiano. É um bagulho quadrado.
Speaker:Nossa, mano. Na minha cabeça... Em São Paulo e Minas é meio que o bauru.
Speaker:É um salgado que eu amasso enrolado com presunto. Ah, já traduziu. Ok, ok.
Speaker:Alguns tem tomate também.
Speaker:Tá muda.
Speaker:Eu ia falar que o bauru tem tomate. Com tomate é bauru, sem tomate é mitsuquente.
Speaker:Não, mas não é aquele no pão. É um que é no... Que é numa massa enroladinha.
Speaker:Ah, então é enroladinha.
Speaker:Não. É enroladinha. é que a gente entra no Brasil a gente chama de bauru sabe.
Speaker:É a água e fala nada. Eu e o Evandro aqui também maioria então.
Speaker:Sabe como é que é bauru no Rio de Janeiro?
Speaker:Você sabe como é que é não? Não não é o pão petrópolis que é um pão de forma grande,
Speaker:com hambúrguer batata frita.
Speaker:Esse é o bauru e queijo né? Errado! Esse é o Bauru!
Speaker:Jundiaí é mais perto de Bauru, então eles devem entender mais, olha!
Speaker:Mas não é um lanche comum, é assim, sabe? Tá um bom aí, bagulho.
Speaker:Mas, Comina, vamos continuar. Mais uns 4 anos, é importante.
Speaker:E eu ia falar uma coisa. Vamos dividir esse episódio em mais.
Speaker:Então, acho que a gente pode falar de comida, o que a gente deixaria aqui, o que a gente gostou,
Speaker:o que a gente bastante dedicaria, até o que não gostou.
Speaker:Vamos falar os dois.
Speaker:E aí, a gente faz um outro episódio só pra falar, assim, tá,
Speaker:quais são as coisas mais legais dessa experiência morando fora há tanto tempo, o que a gente mudou.
Speaker:Eu acho que fica a conversa mais dividida. Então vamos acabar essa primeira parte com comida.
Speaker:A gente já falou aqui do que gostou do que não gostou eu.
Speaker:Que são os doces em geral com exceção da nata que é muito boa.
Speaker:Estou tentando lembrar de algum outro doce mas eu não lembro.
Speaker:Até porque eu não experimentei muito. Acho que todas as primeiras que eu peguei foi sendo com gosto de ovo,
Speaker:e aí eu parei automaticamente já no primeiro mês. Fiquei só na nata e acho que só na nata mesmo.
Speaker:Pastel de nata.
Speaker:No Brasil a gente vai cozinhar com bastante belem no geral. eu acho. Acho que o meu gosto por doce é muito parecido, eu curto as matas e um que
Speaker:eu comi também que eu curti foi o tachinho do Abade. Não comi. Tem amêndoas, foi alguma
Speaker:coisinha de limão. Ah mano, bem lembrado. Eu comi uns doces com amêndoas também que
Speaker:é da... alguma coisa da barca, faltou o nome agora da cidade, mas a menina do meu time
Speaker:tinha trazido de ponte da barca era os docinhos também muito bom o formato um
Speaker:deles era como se fosse uma nata outro é como se fosse uma barquinha mesmo e.
Speaker:Caramba não lembro o que era mas tinha algumas amêndoas assim também no meio e
Speaker:E era bom demais, tu me lembrou demais do nosso.
Speaker:Mas nem uma porra recheada vocês não gostaram?
Speaker:Desculpa.
Speaker:Jesus.
Speaker:Agora o podcast é mais Jesus. A quinta série que é a minha e o meu.
Speaker:Não podia perder. Do nada.
Speaker:Saúda a quinta série que é a minha e o meu. Ah, mas por que que é isso, né? Porque vai recar.
Speaker:Ou deixa assim. É isso que é pra ti. Deixa quieto, deixa aí.
Speaker:O que é isso? Quem pesquisar comenta aí né? Não, mas aqui tem...
Speaker:Digamos o churros que existe no Brasil Tem aqui com outros nomes Eu não lembro o outro nome Que é...
Speaker:Fartura mesmo? Fartura? Fartura não mesmo Mas fartura mostra que é diferente
Speaker:Se você olhar a imagem parece um churros É muito parecido E tem o porrechado que é...
Speaker:Eu não sei dizer a diferença não mas é muito parecido ali também.
Speaker:E é uma coisa que é o nome comum. Fica só aberto assim.
Speaker:Mas é o nome comum é o nome que tem na barraquinha quando você vai lá,
Speaker:na festa lá de São João tem a barraquinha Escrito até em letras piscando.
Speaker:Mas eu não sei explicar... é um doce então eu não sei acho porque vem um pouco do espanhol, né?
Speaker:O churros espanhol ele não é recheado, ele é só a massa e daí normalmente você tchotcha no chocolatinho lá tchotcha?
Speaker:É vou dar um chuchado é você, tchotcha no meu Brasil também é chucha é, chuchada chucha ali,
Speaker:e daí o recheado é o churros com recheio basicamente é isso, é isso Agora.
Speaker:Pô, acho que eu vou falar uma parada que eu sinto saudade. Barraquinha Santos lá.
Speaker:O último lugar que eu morei era ali no Macuco, né? A estória é Macuco.
Speaker:Pra quem estiver ouvindo de Santos, aqui é o código agora. 013.
Speaker:E, tipo, eu tinha um CEOzinho em frente ao Sesc ali. Pô, eu ia passar de bike, comprar uns churros,
Speaker:depois eu ia pra praia comprar um caldo de cana.
Speaker:E pra acabar um...
Speaker:Ou água de coco. Porra, fazia isso no sábado da vez que era... Saudades.
Speaker:Torta de banana, tá vendo? Esqueci os nomes do lugar tudo agora, olha só. No Gonzaga.
Speaker:Caramba. Eu não sou muito de doce, assim. Eu sou muito mais pra salgado.
Speaker:Então os doces aqui eu nem experimentei.
Speaker:E quando você vai nas padarias tem tanta opção que é até confuso, né? Sim, é...
Speaker:É muito bonito de se ver. Mas eu nem sei pra onde começar.
Speaker:E depois o salgado, eu gosto muito dos peixes.
Speaker:Assim, eu gosto muito.
Speaker:O peixe é algo que eu consumo assim, em consequência. Acho que um dos melhores peixes da minha vida,
Speaker:e talvez eu tô me repetindo o podcast, porque eu já devo ter falado, mas foi em...
Speaker:Indo mais pro norte. Na outra vez que eu falei também, eu acho que eu não lembrava o nome da cidade, como sempre. Mas é...
Speaker:Caramba, se a gente for mais pro norte aqui, como é o nome? Viana!
Speaker:Viana do Castelo! Vila do Ponde? Viana do Castelo!
Speaker:Era uma táscara, tipo, porque era domingo, então tá tudo fechado, então tinha uma
Speaker:táscara lá, tipo, bem local assim, sabe, o pessoal bebendo, a gente entrou, e aí
Speaker:eu vi no menu peixe e espada, e tinha que pedir todo mundo junto, né, então a gente
Speaker:pediu, eu falei, pô, nunca comi peixe e espada, vamos nesse?
Speaker:Então, vamos embora!
Speaker:Mano, era muito bom, talvez o melhor peixe, eu, eu, eu colocaria até na frente do bacalhau,
Speaker:Eu não sei que lugar foi esse.
Speaker:Eu gosto bastante do bacalhau aqui, muito mesmo. Mas o peixe se desfazia, tinha sal grosso,
Speaker:então o sal grosso dava um toque às vezes assim, sabe?
Speaker:Cara, eu acho que foi o melhor...
Speaker:O melhor é muito forte, mas é uma memória muito boa. Foi, memorável. Foi, foi.
Speaker:Marcou, marcou. Eu brinco que tem as vezes, sabe aquelas vezes que tu come algo
Speaker:que dá aquela vontade de falar, cara, não é possível que alguém fez isso.
Speaker:Tipo, já. Já teve essa sensação que tu come assim e fala mano não é possível.
Speaker:A pessoa tem mais um agarrafador. A gente come chorando assim daquela vontade de chorar.
Speaker:Não foi e não era tão legal porque o pessoal foi meio mal educado assim não sei se é tipo estava atrapalhando.
Speaker:Até falei a gente estava atrapalhando o momento talvez de família ali sabe que o bar estava só para o pessoal conhecido.
Speaker:O entendimento não estava legal. Quando chegou o peixe eu falei que pode me tratar mal. eu perdi!
Speaker:O peixe era muito bom caramba, depois tem que lembrar e passar pra nós
Speaker:eu vou lembrar, preciso lembrar.
Speaker:Eu também estranhei um pouco eu passei a comer mais sardinha
Speaker:sardinha não é muito comum, pelo menos churrasco de sardinha
Speaker:lá em jundiaí não é comum
Speaker:mas aqui, o churrasco deles normalmente tem sardinha,
Speaker:É...
Speaker:No churrasco eu vejo muito no São João. Tipo, no churrasco que eu fui, né?
Speaker:Sempre foi misturado de brasileiros e portugueses, principalmente da empresa, assim.
Speaker:Então, não rolou saída.
Speaker:Agora, no São João, sim. Inclusive, tem um que é aqui no restaurante do prédio na frente. E é uma merda.
Speaker:Fica cheio de sadinha na minha casa por uma semana. É embaixo, juro. Não adianta nem fechar a janela aqui mesmo, assim fica cheio.
Speaker:Mas sim, a sardinha aqui também, eu acho que...
Speaker:Mas só no São João, né? Eu como mais do que no Brasil. no Brasil, nunca fui tão fã. Pesadinha não.
Speaker:Meu sogro, ele entende muito de peixe e ele fala que a sardinha daqui realmente ela é diferente do do Brasil.
Speaker:Ela não tem aquele sabor tão forte quanto a sardinha brasileira.
Speaker:Então... e aí é mais comum no São João porque é mais ou menos naquela época ali que a época de pescar ela.
Speaker:Então, fora... por exemplo, agora se tu quiser comer uma sardinha, até tu consegue, mas é uma sardinha que tá congelada 7, 8 meses e aí ela não é tão boa.
Speaker:Então, geralmente o pessoal não come mesmo.
Speaker:Então, às vezes nem vê em menu de restaurante.
Speaker:Então, nessa época ali entre maio, junho até julho, que é a época da sardinha na brasa.
Speaker:E que também é uma coisa que eu gosto muito.
Speaker:Com pimentão verde, eles cafam pimentão verde na brasa. Eu acho que combina muito.
Speaker:Acho que no Brasil eu gostava mais da quantidade de lata mesmo do que a sardinha frita ou churrasco.
Speaker:E aqui realmente eu acho que ela é mais gostosa mesmo.
Speaker:Não sei. Eu acho que uma coisa que eu recomendaria é sempre esses peixes anabrasa aqui.
Speaker:Que eu acho que eles fazem muito bem.
Speaker:Principalmente se for algum mais tipo bairro de pescador.
Speaker:Aqui no Porto tem a Furada de Jain Gaia, né? que é um lugar que eu gosto muito de comer peixe e frutos do mar na brasa.
Speaker:Polvo também era uma coisa que eu não comia e hoje eu gosto muito.
Speaker:Ali mais a norte, Motozinhos, ali tem.
Speaker:Anjeiras, é um lugar que também tem muito restaurante de peixe na brasa.
Speaker:É muito bom, eu gosto muito.
Speaker:Depois do Sol da Furada, que é bem legalzinho mesmo. Não virá mais difícil, né? Porque é muito cheio.
Speaker:Mas sim, para comer alguma coisa... parece muito mais caseiro a comida ali então é bem legal mesmo
Speaker:sim, eu gosto bastante da furada lá tem uma francesinha boa também, em Braga
Speaker:mas a gente tem que regionalizar um pouco, a francesinha é famosa aqui no Porto,
Speaker:no Norte, Porto e Braga deixa eu pegar esse ponto, porque essa outra coisa a gente comentou muito da diferença do Brasil
Speaker:E é também surpreendente como aqui as regiões são bem diferentes também.
Speaker:As pessoas o sotaque tem diferença e às vezes de uma uma vila assim um pouco mais da cidade já percebe o sotaque,
Speaker:um pouco mais difícil de entender para a gente né.
Speaker:Pelo menos para mim e o país apesar de ser pequeno a população também ser pequena é muito diferente.
Speaker:É só 10 quilômetros pode ser. a comida vai mudar, os doces as vezes tem variações pequenas
Speaker:porque eles vão falar que nem o doce de tal cidade tem uma variação pequena assim,
Speaker:mas a natureza muda bastante quando a gente vai pro Algarve por exemplo pra mim parece outro país.
Speaker:Algarve é bem mais diferente por causa da época que os árabes vieram a arquitetura do lugar muda
Speaker:Mas a vegetação também é diferente.
Speaker:Tu sente... parece que tá mais num lugar como um deserto. Assim, muito seco.
Speaker:Parece aqueles lugares que se tiver alguém que fizer churrasco aqui, vai pegar fogo.
Speaker:Vai queimar tudo. que parece diferente, parece meio seco.
Speaker:Sensível a essa pressão. Mas eu acho que o clima também muda.
Speaker:Eu acho que é incrível. Portugal é um país minúsculo e a gente tem todos os climas, até neve, sabe?
Speaker:Então aqui no norte é bem frio.
Speaker:Daí você vai ali pro centro, é um calor, nossa! Daí mais pra baixo é mais calor ainda.
Speaker:Já tem as praias, então no frio tem neve, no calor tem praia.
Speaker:Temos as situações bem definidas, assim.
Speaker:Talvez hoje nem tanto por causa do aquecimento global, mas...
Speaker:Não é algo que, por exemplo, em São Paulo a gente percebe muito.
Speaker:Em São Paulo temos as quatro estações no mesmo dia.
Speaker:E aqui não. Aqui a gente percebe o passar das estações. Primavera, verão, outono, inverno.
Speaker:Isso foi algo que eu achei bem fixe.
Speaker:Bem fixe. Boa. Mas além assim da estação e dessa diferença, né,
Speaker:também tem a diferença cultural.
Speaker:Porque do mesmo jeito que eu falei que a gente brasileiro, o Valtter Meier, falava, não, a gente não fala tal coisa.
Speaker:Aconteceu com os portugueses, porque minha equipe tinha pessoas em Lisboa, mas que era de uma cidadezinha do interior,
Speaker:aí tinha outras pessoas que estavam aqui no porto, então tinha pessoas de Braga.
Speaker:E algumas vezes também, tipo, a mesma coisa que eu falei com a gente brasileiro, que na conversa normal passa,
Speaker:mas quando alguém ia falar assim no Brasil, você falava dessa forma, alguém falava assim no Brasil, ali no estado.
Speaker:Eles faziam, aconteceu com eles também, né, tipo, essa diferença de Lisboa mais próximo da cidade, Lisboa ali no interior, mais pro interior, né,
Speaker:não sei se seria a melhor forma de definir, Braga, Porto, né. Então, novamente, é meio surpreendente pra mim, né, foi surpreendente pelo país ser menor e tu ainda vê essas diferenças.
Speaker:O Açores, né, a Coruja de Ilhas, os sotaques são diferentes, né, eu já conheci outras pessoas do Açores que eu não achei tão difícil quanto eu achava o Rui falando,
Speaker:e depois eu descobri que a Coruja de Ilhas é diferente, aí eu falei, caralho, então tem a ilha lá, que não lembro qual que é, que pra mim, sei lá, tinha um...
Speaker:Tipo, parecia um pouco francês, sei lá, algumas palavras como ele falava, né?
Speaker:Então é uma das coisas que me surpreendeu bastante. Eu imaginava que ia ser muito mais como estar dentro de um estado.
Speaker:É que a gente também... Por exemplo, São Paulo. A gente tem vários sotaques em São Paulo.
Speaker:Sotaque Lado do Sun, sotaque do interior, sotaque do capital, sotaque Mano Brown.
Speaker:No Rio também, cara. Se você pegar alguém que cresceu ali na Zona Sul, no cartão postal, o sotaque da pessoa é totalmente diferente do meu.
Speaker:É aquele sotaque estereotipado do Rio, sabe? Mais arrastado, não sei o que, mas ainda mais ainda.
Speaker:Como é que é? Faz aí. Pô, é um sotaque mais assim, sabe? Mais cantado e tal, mais arrastado, sabe?
Speaker:Um negócio mais...
Speaker:Talvez seja parecido comigo, normal, mas... Mas eu sinto... Mas eu vejo essa diferença, sabe?
Speaker:De... Algumas expressões, assim...
Speaker:Isso é uma coisa... É uma teoria que eu tenho, né? Que as pessoas que...
Speaker:Cresceram assim perto da praia tem um sotaque mais arrastado é uma coisa que
Speaker:eu se bem que aqui né aqui no porto todo mundo mora perto da praia não tem um
Speaker:sotaque arrastado mas sei lá né os mineiros.
Speaker:É mas cara tem muita diferença se você pegar alguém que cresceu sei lá em uma pessoa que cresceu em Realengo. Cara, é muito diferente assim.
Speaker:De tudo. De referência, de de vivência, né? Por motivos óbvios e cara, é é uma coisa que meio que no Brasil passa
Speaker:despercebido porque tá todo mundo falando igual você, você nem você nem percebe, cara, você tá porque o ritmo no no
Speaker:no Brasil, no nosso Brasil, é diferente, né? Tipo, é muito, muito corrido a questão de trabalho,
Speaker:é tudo muito corrido, você tem que estar sempre correndo, você sai do trabalho, tem que correr
Speaker:pra pegar o ônibus, né, o autocarro, aí você corre pra chegar em casa, aí você tem que pegar
Speaker:não sei mais o quê, tem que ir pra academia e volta, sabe? É tudo muito assim. E você nem
Speaker:É meio que tu cresce, mas tu só percebe essas diferenças.
Speaker:Eu tava vendo do... é tipo, sei lá, será aquela parada de o peixe não sabe que ele tá na água, né?
Speaker:O peixe tá lá. Eu acho que é a mesma coisa. Quando a gente vai saindo, eu começo a perceber as diferenças muito maiores do Brasil agora que eu tô fora.
Speaker:Porque não era coisa que eu pensava.
Speaker:Eu fui pro sul, fui pra Porto Alegre uma vez a trabalho e eu senti a diferença.
Speaker:Fui pra Maringá também a trabalho e senti a diferença. Mas não chama atenção tão fortemente como agora.
Speaker:Normalmente, acho que é esse exercício de explicar pra alguém que não, no Brasil isso é bauru.
Speaker:Aí tu já fica, não, cara, não, isso não é bauru.
Speaker:Sabe? Tipo, tua reação já é mais fácil. Se fosse alguém no Brasil te falando, beleza.
Speaker:Falaram, não, não é. Mas quando alguém tá explicando, tu quer falar, não, isso não é o Brasil.
Speaker:Sabe? O Brasil é aquele que eu conheço. Acho que esse sentimento é um pouco mais forte, né?
Speaker:Essa percepção, né? E a gente fica meio protetor, né? Do meu Brasil.
Speaker:É, protetor. Eu acho que a gente aprende mais as nossas diferenças também.
Speaker:Acho que a gente fica muito mais sensível a ver essas coisas assim do que quando está dentro do ambiente, porque a gente está crescendo agora.
Speaker:Acho que é um autoconhecimento maior do que a gente, do que são os outros brasileiros, o que são os portugueses,
Speaker:qual é a diferença de regiões.
Speaker:E o contrário também, a gente está falando de diferença, mas eu acho bem engraçado que às vezes eu falo uma gíria que para mim é totalmente
Speaker:regional de São Paulo interior ali e a pessoa que é lá do sul,
Speaker:entende normal e tem várias coisas que são,
Speaker:a gente como se tivesse em outra ponta da Europa para o Brasil um continente inteiro ali quase de tamanho
Speaker:e tem as pessoas de muitos lugares muitos distantes se entende normal e tem o mesmo contexto assim
Speaker:é muita coisa de fazer essa piada interna assim que a gente faz A pessoa entende, tem muita semelhança, que é engraçado de saber que existe.
Speaker:Sim, sim, sim, sim. Eu estenderia isso até pra Portugal. E também vou repetir isso que eu já falei várias vezes no podcast, mas
Speaker:quando eu cheguei, aqueles primeiros meses, era tudo muito diferente.
Speaker:Muito diferente mesmo, tanto de pessoas, comportamentos. Aí quando você começa a viajar, tipo, os primeiros meses não dava pra viajar tanto,
Speaker:e a viagem era mais ágil, mas começa a viajar, começa a conhecer mais estrangeiros, sabe.
Speaker:Tu vai se expondo a mais culturas.
Speaker:Aí tipo, pra mim é, cara, a gente é muito diferente. Aí começa o que? A gente é mais parecido.
Speaker:Tipo, toda vez que alguém me pergunta sobre essa experiência, eu sempre lembro disso, de que,
Speaker:é... começo, né, talvez se tu tiver de férias vai parecer que é muito diferente, mas tu vai ficando mais tempo,
Speaker:ok, tu vai vendo mais diferença. Agora, começa a conhecer outras culturas, outras comidas,
Speaker:outra música, outro jeito, outros costumes de como que é um aniversário, sabe?
Speaker:E aí tu vai cada vez mais voltando, assim, e fala, putz, acho que a gente ainda não é
Speaker:um pouco menos diferente do que eu achava nesses primeiros seis meses, sabe?
Speaker:E a mesma coisa do Brasil, são vários sotaques, mas se a gente tá juntando uma roda com os brasileiros, né, tipo...
Speaker:A gente, ontem no restaurante, né, começa a conversar, conversar, e a gente até esquece que tá todo mundo de estados diferentes nas cidades, né?
Speaker:Esquece que tem coxinhas de queijo em algumas outras cidades.
Speaker:Eu tive uma experiência um pouco diferente da sua, porque assim, até então eu nunca tinha ouvido falar em Portugal, morar em Portugal, era muito remoto, foi muita coincidência eu ter vindo pra cá.
Speaker:E quando eu cheguei, eu lembro que eu me mudei lá pra Matosinhos e eu ia de autocarro pra Forfetch.
Speaker:E daí um dia eu tava no autocarro, eu tava ali e daí tinha duas senhoras conversando,
Speaker:daí o motorista deu uma freada meio forte, daí a senhora já foi lá e gritou com o motorista,
Speaker:daí o motorista já começou a responder.
Speaker:E daí eu falei, nossa, isso é muito parecido, a galera começar a interagir dentro do ônibus
Speaker:falar com gente estranha assim e daí eu falei nossa tipo nós somos bem parecidos,
Speaker:eu acho que foi um momento assim que veio de várias coisas a gente pega muitos portugueses aquele tipo jeitinho brasileiro que a gente fala na
Speaker:fairfax trabalhando com os portugueses eles também dava os jeitinhos portugueses
Speaker:assim eu falei acho que foi daí que a gente pegou isso aí,
Speaker:então pra mim foi um pouco diferente Mas hoje tu mudou tua percepção de ter menos do que tu achava?
Speaker:Ah, hoje eu acho que eu consigo perceber o que a gente pegou dos portugueses, mas eu acho que a gente ainda tem muito mais semelhança com o continente africano.
Speaker:Eu acho que a gente tem muito mais de lá do que de Portugal.
Speaker:Sim.
Speaker:É, mas eu não, tipo, acho que... É, não, assim, se tu falar de percepção mesmo, dependendo do que tu me perguntar, eu vou apontar outros países.
Speaker:Com o continente africano eu teria mais dificuldade porque eu conheço poucas pessoas da África,
Speaker:mas eu consigo apontar várias semelhanças com os espanhóis e italianos, sabe, da gente.
Speaker:Que aí eu acho mais do que mais parecido com os portugueses, sabe.
Speaker:Eu acho que no jeito, na fala, sabe, de ser um pouco mais expansivo, eu acho que eu me
Speaker:sinto mais próximo quando eu tô no grupo de italianos ou espanhóis, assim, sabe.
Speaker:Acho que os portugueses são, no geral, um pouco mais educados, mais conscientes do espaço pessoal.
Speaker:Então, eu falo assim, no geral, eu sentia muito diferente e depois eu acho mais parecido.
Speaker:Mas em algumas coisas pontuais, eu acho que talvez a gente está mais próximo do jeito de falar espanhol e italiano.
Speaker:Eu acho que deve também depender um pouco da região, por exemplo, o Jundiaí tem muita imigração italiana.
Speaker:Então tipo tem muito alianjo onde ir. Agora eu não sei dizer mais o interior, sei lá André, lá em Patos de Minas
Speaker:Patos é mais... é o único. Não, não, Patos acho que tem uma ascendência mais portuguesa, por exemplo a minha família.
Speaker:Isso foi uma coisa que eu fiquei sabendo depois de vir pra cá, um historiador, um cara que é nascentes também
Speaker:também, que ele escreveu um... a árvore genealógica, ele fez uma pesquisa genealógica da família
Speaker:Nascentes e o primeiro Nascentes que foi pro Brasil é aqui do Porto.
Speaker:Então, eu acho que Minas... depois eu vi até numa outra matéria que Minas foi muito...
Speaker:Aquele território foi muito ocupado por pessoas da região do Minho, né?
Speaker:De Braga, ali naquela região. Então assim, entre Douro e mim, né. Então foi muita gente
Speaker:aqui do Porto e da região de Braga, Coimbra, não, Guimarães. Então assim, aí depois
Speaker:até, por exemplo, comecei a ver algumas coisas da minha avó, né, que ela fazia uma galinha
Speaker:lá, que ela fazia o frango, colocava sangue assim, eu achava aquilo um absurdo, né. Mas
Speaker:e tem o arroz de cabidela, que é daqui também.
Speaker:Acho que tem um bocado, pelo menos ali, da minha região, dessa origem portuguesa.
Speaker:Mas eu acho que sim, foi, por exemplo, esse Nascentes foi pra Minas no final do século XVIII, 1790,
Speaker:um negócio assim, então já é um bocado distante, vai, não dá pra...
Speaker:O mineiro é mineiro mesmo, assim, já é muito distante. Mas sim, a cidade que eu nasci também tem uma história muito de imigrantes,
Speaker:mas acho que primeiro Itália, depois Japão, Portugal, Espanha, Peru também,
Speaker:eu não sabia, mas teve muito.
Speaker:Isso eu descobri há pouco tempo, até fazer uma apresentação de pessoas,
Speaker:cada um falava da sua história, e eu fui pesquisar mais a cidade que eu nasci.
Speaker:Você falou do nascentes, eu tenho um fato interessante, O Golveia que foi pro Brasil foi Pedro Álvares Cabral.
Speaker:Foi o primeiro mesmo. Provavelmente ele é o primeiro em várias coisas, né?
Speaker:Porque ele é um nome gigante. Mas ele era Golveia.
Speaker:Eu também descobri que os dois sobrenomes, Ramos e Golveia, são sobrenomes portugueses e espanhóis.
Speaker:Tem lá o Brazão dos Golveia.
Speaker:O meu acho que também é português, o Rubens, mas aqui é Ruben normalmente, então não sei.
Speaker:Mas é, não sei, porque se eu for olhar, eu fiz o teste de DNA da minha avó e deu mais provável que ela não saiba de onde é a família.
Speaker:Tipo, muita história de cidade pequena, chegou alguém falando diferente lá, eles não sabiam, tipo, na cidade pequena,
Speaker:e não conseguem saber de onde ele era, era só estrangeiro, mas provavelmente região ibérica pelo teste de DNA dela.
Speaker:Mas boa parte da minha família é negra, só que eu não, meu avô faleceu antes do teste de DNA chegar, foi coincidência muito,
Speaker:uma semana, três dias antes de chegar, ele faleceu, então não vou saber, mas ele é negro, minha avó também.
Speaker:Minha bisavó, uma é índia e aí o marido dela era negro, então tem uma mistura gigante aí, tem parte da Europa,
Speaker:mas a maior parte, se for contar de quantidade de avós, na última parte da África.
Speaker:E tem minha bisavó nativa brasileira, então tem uma mistura bem legal.
Speaker:É, isso que você falou eu achei interessante, porque assim, depois que eu vim pra cá, eu fiquei com um interesse um pouco maior em saber das minhas origens, assim, sabe?
Speaker:Eu acho que conversando com vários portugueses que eu trabalhava, e eles sempre falavam, tipo, meus pais, meus avós são todos portugueses.
Speaker:Eles tinham essa, eles sabiam de onde eles vieram, sabe? E quando eu cheguei pra cá, depois de um tempo, eu passei a ligar com muito mais frequência
Speaker:pra minhas avós e querer saber dela.
Speaker:Tipo, não, mas quem é? Mas quem é sua mãe, seu pai, seu avô?
Speaker:Eu senti um pouco essa necessidade.
Speaker:Não sei como foi pra vocês, mas pra mim surgiu um pouco disso.
Speaker:Eu já tinha no Brasil, eu já comecei a fazer o Árvore Genealógica no Brasil, mas a gente
Speaker:esbarra na parte da minha família que é negra né, os nomes foram mudados, documentação
Speaker:foram queimadas, então é uma pena que meu avô faleceu de chegar o Tad DNA porque eles
Speaker:não conseguem entender o resto da história, de onde que foram exatamente, eles nunca vão
Speaker:saber porque ele fala, chega a certo ponto da família que o nome é trocado, é isso,
Speaker:então eu nunca, infelizmente ficou uma parte aí, talvez o Tad DNA da minha mãe deve ajudar
Speaker:um pouco né também vai dar um pouco dos traços mas mas sim eu já tenho eu já
Speaker:montou tenho aquele my heritage o site já tô montando isso há muito tempo e.
Speaker:Aí tu faz a dna ele vai começando a te dar mais né só fez a minha avó então
Speaker:mas eu quero fazer demais pra vocês e minha família quando saibam as promoções.
Speaker:É uma coisa que eu quero saber. Mas assim, eu sempre quis montar essa árvore, mas saber de raízes aumenta um pouco.
Speaker:Eu fiquei muito mais quando eu fiz o intercâmbio Canadá.
Speaker:E aí o pessoal começava a perguntar, e aí deu um pouco mais forte, né?
Speaker:De, cara, qual que é a ligação.
Speaker:Mas tu falou da África, e aí a gente tá desviando bastante, mas eu acho que, enfim...
Speaker:Isso é morar fora, faz parte do que a gente descobre, né?
Speaker:Mas uma coisa que eu lembro, que eu lembro assim, é que assisti a Culpa do Mundo, eu sempre me identifiquei como criança com as seleções africanas.
Speaker:A minha torcida sempre era para o Brasil, depois as seleções africanas.
Speaker:E eu lembro da lembrança de que eu falei, pô, os caras são muito mais alegres.
Speaker:Eu achava mais legal assistir criança, sem ter essa consciência ainda de país, cultura, diferença, não sabia nada dessas coisas assim.
Speaker:Mas eu lembro, eu lembro, pô, eu gostava muito da... teve uma época que eu assisti a seleção da Nigeria, depois a seleção da Ghana.
Speaker:Eu achava muito legal a forma de eles agirem, como os caras estavam em campo, muito mais leve, né.
Speaker:E eu achava que parecia com brasileiros, que todo mundo criticava, né, tipo, de como que eram os brasileiros.
Speaker:Que era, a pessoa falava, é mais festa do que jogar futebol, né. Mas eu falava, pô, mas...
Speaker:Acho que é isso, né. Então, essa proximidade eu sentia quando criança, assim.
Speaker:Mais forte, assim. Primeira consciência que eu tive, né.
Speaker:Porque eu não entendia que minha avó era nativa, assim, tipo, nativa brasileira.
Speaker:Não tinha essa consciência ainda, né, pra muito pequeno.
Speaker:Mas eu acho que morar fora, isso é uma coisa que muda a maneira como a gente vê o Brasil e o lugar que a gente veio, né.
Speaker:A percepção que a gente tem, coisas que pra gente eram absolutamente normais, que são do jeito que são, porque sim, porque sempre foram.
Speaker:Foram, tu começa a ver que não, que não é, que tem outras maneiras de aquilo ser, né, de viver, de ver as coisas, então não tem jeito, depois que tu muda e passa um tempo fora,
Speaker:tu começa a olhar essas coisas de diferente, muita coisa, né, do país, às vezes da nossa família até, de costumes e coisas assim, então...
Speaker:Chuveiro elétrico, parada boba.
Speaker:Que cara, no Canadá o profissional acreditava que o chuveiro era elétrico.
Speaker:Água, eletricidade, tipo...
Speaker:E eu defendi aquilo com esses dentes. Hoje eu já paro a pensar se foi a verdade. Tipo, sei lá.
Speaker:Às vezes pode não dar muito certo. Tipo, beleza. Mas a percepção muda.
Speaker:Não, não tá errado. Não, não tá. Cada país teve a sua história, o porquê as coisas foram feitas.
Speaker:Mas é, eu nunca mesmo fui... Eu sempre achei estranho quando não tinha proteção.
Speaker:Eu sempre fui um cara não fã de eletricidade.
Speaker:Mas nunca me questionei. Ué, por que não fazem de outra forma isso, né?
Speaker:Isso né e aí eu sei que é um exemplo muito bobo né mas no dia a dia a gente começa a ver né a reciclagem de lixo como é feita tal coisa como fazer comida o que que eles acham estranho né tipo
Speaker:ou porque ou porque sei lá top less pra gente é um absurdo em alguns lugares mas no carnaval tudo bem ou porque sabe tipo coisas bobas assim que tu vai começando a ver assim,
Speaker:às vezes o certo e o errado, o que é um absurdo no país ou pro outro, é só a percepção do que você tá, do que as pessoas te falaram e vira um absurdo.
Speaker:E aí quando tu vai em outro país, tu fala, putz, que absurdo, tipo, sei lá, short curto no ceno da cidade.
Speaker:Aí a pessoa fala, pô, mas no Brasil, no carnaval, sei lá, e aí tu começa a pensar assim, cara, tipo, tem toda coisa que tu, só tá na tua cabeça porque você cresceu nesse modelo, né.
Speaker:Então é uma oportunidade legal de se questionar, de pensar, e que existem outras formas de viver, né?
Speaker:Outras formas de comer, que tu começa a pensar assim, cara, o mundo é gigante.
Speaker:Então essa consciência mesmo, ela vai ficando mais forte, pra mim, pelo menos, por morando fora.
Speaker:E eu acho que é das coisas melhores que eu tirei desse tempo, assim, sabe?
Speaker:De estar aqui, de a Europa ser tão diversa e ser geograficamente muito pequena, né?
Speaker:Porque, pô, aqui pega o carro, dirige 100km e já tá na Espanha.
Speaker:Já tá em... já é outro costume, outro jeito, né?
Speaker:Os espanhóis já são diferentes dos portugueses e é muito fácil viajar,
Speaker:é muito mais barato que viajar no Brasil e ter contato com culturas e jeitos tão diferentes de ver o mundo.
Speaker:Eu acho que isso é das melhores coisas e que mais me fez mudar estando aqui.
Speaker:Acho que essa foi a das mais importantes.
Speaker:É, acho que é aquela coisa de tipo, nós somos hoje, mas provavelmente outras pessoas do que nós éramos há 4 anos atrás, né?
Speaker:Totalmente, totalmente. Assim, a vida, pra mim, eu sou outra pessoa.
Speaker:Eu sei que mesmo se eu estivesse no Brasil eu seria outra pessoa em 5 anos, mas acho que mudou muito.
Speaker:A gente falou ontem no restaurante, né? A gente tava na mesa gigante, então não deu, né?
Speaker:Mas no lado de que a gente tava, chegou...
Speaker:Tava o Monte falando isso. Vocês não quiseram se juntar com a gente, né?
Speaker:O nosso lado, né? O nosso lado não teve isso.
Speaker:O nosso lado, e aí a Gil. O Monte de vocês tava... A gente tava falando sobre isso, né?
Speaker:Que a mudança é gigante, tipo, para pra olhar...
Speaker:E acho que essa seria a ideia desse episódio mesmo, né? Para pra olhar naquela pessoa que chegou no aeroporto, né?
Speaker:Ali, eu com minha malinha vazia, humilde, e vocês cheios de coisa.
Speaker:O caso inteiro mudou muita coisa né.
Speaker:E fica então o convite para a próxima parte. A gente não falou né, a gente tinha tipo um bullet point aqui do que a gente queria falar e parou no primeiro.
Speaker:É, até conferir, mas acho que talvez a gente tenha abordado alguma coisa do segundo.
Speaker:É sim, mas eu acho que... e aí legal isso.
Speaker:Eu quero mesmo que esse episódio seja com essas soltas e reflexões.
Speaker:As informações. Então vamos agora vamos marcar os outros. Acho que vai ser alguns.
Speaker:Eu vou soltando. Bora marcar. Esse aqui eu comecei a marcar há dois três meses atrás e saiu agora.
Speaker:Então vamos ver o próximo. Já joga no calendário. Mas vamos fechar porque tem coisas que a gente
Speaker:falar que acho que é na linha desse finalzinho aqui. Do que a gente mudou. Então seria o que
Speaker:abordar ainda, as coisas mais legais de morar fora. A gente foi com só na comida, né.
Speaker:Que a gente passou as coisas, as que a gente gostou e não gostou, mas quais são no geral
Speaker:as coisas legais, quais são as coisas que a gente gostou menos, o que a gente não sente
Speaker:falta do Brasil, o que a gente sente, sabe? Então eu queria que a próxima fosse mais
Speaker:nessa linha que aí vai ser muito sobre mudança.
Speaker:Talvez vai ser mais de um, eu acho que isso entra num papo um pouco mais filosófico, né?
Speaker:Que é como eles falam.
Speaker:Mas beleza, seja como for, a gente faz mais de um.
Speaker:E galera, muito obrigado, vamos ver se na próxima vez vai ter mais um aqui que vai ser o Thiago, né?
Speaker:Hoje tá até fazendo deploy no fim do dia, na sexta-feira, tipo...
Speaker:Ai não liga o participante. Desculpinha, né? Desculpinha, né?
Speaker:Eu acho que foi desculpa.
Speaker:Eu acho que deu ruim a francesinha e tal, né? Mais um no banheiro.
Speaker:Quem tinha fome de dar desculpa era eu, hein? O André mudou.
Speaker:O André mudou. Ele tomou bronca da Gabi um dia.
Speaker:A gente foi pra Gerês e ela começou a falar, né?
Speaker:Ele começou a reclamar. Ele teve lá uma ideia que a gente tinha.
Speaker:O André, ele fica dando desculpa.
Speaker:Ele não vai. Ele não me avisa, Gabriel. Me dá um pacotinho do meu, Romero.
Speaker:Manda pra mim. A gente chama a Gabi. Caô, caô. Eu sou as moda ruim.
Speaker:Eu falei, se ele falar que não vai, eu vou falar contigo.
Speaker:Ele não me avisa.
Speaker:Aí eu fiquei, ah, é verdade, ele me avisa. Ah, então tá explicado. Não, pô, caô, caô.
Speaker:Então qual que era a desculpa? Quando eu não fui, porque era um motivo legítimo. Eu não queria.
Speaker:Não queria é um motivo legítimo. Não, mas galera, só pra fechar, eu vou falar uma coisa assim.
Speaker:Eu acho que na minha vida eu sempre falo que eu tenho muita sorte.
Speaker:Eu acho que eu fiz bastante coisa, eu trabalhei pra caceta pra chegar, mas eu tenho sorte
Speaker:porque eu conheço pessoas legais em todo lugar que eu passo.
Speaker:E vocês são mais os assim...
Speaker:No Porto também eu conheci muita gente legal aqui, que eu trabalho.
Speaker:Eu não vou falar a lista que eu posso ficar aqui e eu vou esquecer de alguém, mas tem
Speaker:mais pessoas que eu tenho muito próximo, como família, que me encontram com frequência.
Speaker:Então eu não vou falar a nome porque provavelmente vai ficar alguém de fora.
Speaker:Mas a gente chegou junto, né? Mesma semana, a gente continua com contato. A gente...
Speaker:É uma vez a cada seis meses, mas a gente sai. É sempre muito legal, né?
Speaker:Então, pô, eu fico felizão de fazer esse episódio com vocês.
Speaker:E vamos fazer os próximos, porque não acabou esse.
Speaker:Mas eu acho que daqui a cinco anos, vamos trocar outra ideia.
Speaker:Quem sabe vai ter alguém no Brasil, em outro país.
Speaker:Não sei. Mas eu acho que, tipo, a gente vai até lá. Acho que vai ser outro momento também.
Speaker:E fica os próximos episódios. E, cara... Cara, eu tenho essa mania.
Speaker:Vou fechar aqui, novamente, muito obrigado mesmo, muito obrigado pelo esse episódio, por fazer parte dessa minha jornada aqui.
Speaker:A gente continua os papos, então não vou falar tchau, vou falar até daqui a pouco.
Speaker:E um abraço! Beijão, tchau!